“Um pouco mais de um mês, e vai chegar a festa mais importante do ano, a celebração do acontecimento central e máximo de toda a história da humanidade.
Está se aproximando a Páscoa. E porque ela é tão grande, merece uma preparação à altura.
Começa nesta quarta-feira a nossa preparação para a Páscoa. E como inauguramos esta preparação?
Colocando cinza sobre a nossa cabeça, como sinal de penitência, isto é, como sinal de que estamos dispostos a seguir o verdadeiro caminho de Deus para obtermos justiça e paz para todos.
Além disso, passamos esse dia fazendo jejum, também como sinal de penitência. Serão então quarenta dias de preparação: Quaresma…
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Quarta-feira de cinzas!
Celebramos neste dia o mistério do Deus misericordioso que aceita nossa penitência, nossa conversão, isto é, o reconhecimento de nossa condição de criaturas limitadas, mortais, pecadoras.
Conversão consiste em crer no Evangelho, isto é, aderir a ele, viver segundo o ensinamento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Numa palavra, trata-se de entrar no caminho pascal de Jesus.
“Convertei-vos, e crede no Evangelho”: é o convite que Jesus faz (cf. Mc 14,15).
Esta palavra, a gente ouve, recebendo cinzas sobre a nossa cabeça. Por que cinzas? É para lembrar que, de fato somos pó! Mas não reduzidos a pó!…
A fé em Jesus ressuscitado faz com que a vida renasça das cinzas.
Quando o homem reconhece sua condição de criatura realmente necessitada da ação de Deus, em Nosso Senhor Jesus Cristo e no Divino Espírito Santo, então Jesus Cristo faz brotar frutos de vida eterna de nossa condição mortal.
Reconhecer-se assim, é entrar numa atitude pascal, isto é, de passagem com Cristo da morte para a vida.
Esta páscoa, a gente vive através dos exercícios da oração, do jejum e da esmola, no espírito do Sermão da Montanha.
Páscoa que celebramos na Eucaristia, na qual recebemos Aquele que corrige nossos vícios, eleva nossos sentimentos, fortifica nossa alma e, assim nos garante uma eterna bem-aventurança.
Por isso que o sacerdote canta na Oração Eucarística:
‘Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso…, vós acolheis nossa penitência como oferenda à vossa glória.
O jejum e abstinência que praticamos, quebrando nosso orgulho, nos convidam a imitar vossa misericórdia.
Pela penitência da Quaresma, vós corrigis nossos vícios, elevais nossos sentimentos, fortificais nosso espírito fraterno e nos garantis uma eterna recompensa.”
Frei José Ariovaldo da Silva da Ordem dos Frades Menores.
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