São Francisco Marto: O escolhido para consolar Nosso Senhor e Nossa Senhora.
Na segunda aparição em Fátima, Nossa Senhora disse: “A Jacinta e o Francisco levo-os em breve.” Essa predição se cumpriu rapidamente. Jacinta faleceu em Lisboa em 20 de fevereiro de 1920, menos de dois anos e meio depois, enquanto Francisco morreu em 4 de abril de 1919, cerca de dez meses antes.
A mãe deles, Sra. Olímpia, afirmou no processo oficial sobre Francisco:
“Deu um ar de riso e nunca mais respirou.”
O pai expressou-se com a mesma naturalidade: “Morreu sorrindo.”
Francisco sorria perante a morte porque acreditava que iria para o Céu, conforme prometido por Nossa Senhora nas primeiras aparições e dias antes de sua morte. Jacinta comunicou à prima Lúcia: “Nossa Senhora veio-nos ver e disse que vem buscar o Francisco muito breve para o Céu.”
Francisco fez tudo o que a Celestial Aparição pediu para alcançar essa graça. Na primeira aparição, Nossa Senhora disse: “O Francisco também vai para o Céu, mas tem que rezar muitos terços.” Desde então, Francisco se retirava para lugares solitários para rezar muitos terços. Mas, mesmo na doença, sua maior preocupação era o terço. Na véspera de sua morte, pediu às outras duas videntes que rezassem em voz alta junto à sua cama, já que ele não conseguia mais falar.
Quando perguntado sobre o que faria no Céu, Francisco respondeu a Lúcia:
“Lá, vou consolar muito a Nosso Senhor e a Nossa Senhora.”
Mas ele continuou sua vocação na terra, como explicou Lúcia:
“Enquanto a Jacinta se preocupava em converter os pecadores, Francisco parecia só pensar em consolar a Nosso Senhor e a Nossa Senhora, que lhe tinham parecido tão tristes.”
Aliás, em seu diário, Irmã Lúcia relatou sobre o primo:
“Francisco era silencioso; para orar e oferecer seus sacrifícios a Deus, gostava de se ocultar, até mesmo de Jacinta e de mim. ‘Gosto de orar a sós para pensar e consolar Nosso Senhor que está tão triste’. Francisco suportou muitos sacrifícios, inclusive longos jejuns.”
Aliás, a profunda vida contemplativa de Francisco foi destacada em sua causa de beatificação e canonização, algo impressionante para uma criança.
Os testemunhos de quem conheceu Francisco relatam que sua oração favorita era aquela ensinada pelo Anjo:
“Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão por aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam.”
História de Francisco Marto
Francisco Marto nasceu em 11 de junho de 1908 e foi batizado em 20 de junho na Igreja Paroquial de Fátima. Aliás, com apenas 8 anos, começou a pastorear o rebanho de seus pais junto com sua irmã, Jacinta Marto, na região da Cova da Iria.
Sendo assim, neste local, os dois e sua prima Lúcia testemunharam as aparições de Nossa Senhora entre maio e outubro de 1917, recebendo uma mensagem de penitência e conversão. Após as aparições, Jacinta e Francisco seguiram suas vidas normalmente. Lúcia foi para a escola, acompanhada por seus primos. No caminho, passavam pela igreja para saudar Jesus Eucarístico.
Francisco, sabendo que viveria pouco, preferia ficar na igreja para consolar o coração de Jesus. Por isso dizia: “Vão vocês ao colégio, eu ficarei aqui com Jesus Escondido.” Ao sair do colégio, as meninas o encontravam próximo ao Tabernáculo, em recolhimento.
Francisco era o mais contemplativo e queria consolar Deus, tão ofendido pelos pecados da humanidade. Aliás, Lúcia perguntou: “Francisco, o que prefere, consolar o Senhor ou converter os pecadores?” Ele respondeu:
“Eu prefiro consolar o Senhor.”
Em 18 de outubro de 1918, Francisco adoeceu de gripe pneumônica, conhecida como gripe espanhola, que assolou Portugal, matando dezenas de milhares de pessoas. No entanto, no ano seguinte, em 2 de abril, Francisco se confessou e recebeu a comunhão pela última vez, com grande lucidez e piedade, como registrado pelo pároco de Fátima no Livro de Óbitos, ao relatar sua morte em 4 de abril. Ele confirmou ter visto uma Senhora na Cova da Iria e Valinho.
Francisco foi sepultado no cemitério de Fátima, mas seus restos foram exumados em 17 de fevereiro de 1952 e transferidos para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em 13 de março de 1952, onde se encontram atualmente.
Por fim, Francisco Marto foi canonizado juntamente com sua irmã Jacinta pelo Papa Francisco em 13 de maio de 2017, durante as comemorações do centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima. A canonização ocorreu após o Papa aprovar o milagre pela intercessão dos pastorinhos, que envolveu a recuperação milagrosa de um menino brasileiro chamado Lucas, que caiu de uma janela de 6,5 metros de altura e ficou em coma.
1 Comentário
SAO FRANCISCO MARTO ROGAI POR NÓS!!!