Uma cura milagrosa alcançada por meio de Jacinta. Saiba mais.
Lúcia, neste texto relata uma graça alcançada por meio de Jacinta
Numa viagem de Lúcia até Olival (Vila antiga Portuguesa), Jacinta a acompanhou. Quando chegaram à aldeia, era noite.
Apesar disso, a notícia da chegada não tardou a divulgar-se e a casa, onde estavam hospedadas, achou-se logo cercada de inúmeras pessoas. Queriam ver-nos, interrogar-nos, pedir graças, etc.
Havia aí uma piedosa mulher que costumava rezar em sua casa o terço, com as pessoas da pequena aldeia. Veio, pois, pedir para lá irmos a sua casa rezar o terço.
Quisemos escusar-nos, dizendo que o rezávamos com a Senhora Emília, mas as instâncias foram tantas que não houve outro remédio senão ceder.
À notícia de que íamos, o povo correu em massa para a casa da boa mulher, com o fim de apanhar lugar;
Ainda bem que assim nos deixaram o caminho mais livre. Quando íamos a caminho, saiu-nos ao encontro uma mulher, talvez dos seus vinte anos, a chorar.
Prostra-se de joelhos e pede para entrarmos em sua casa a rezar sequer uma Ave-Maria pelas melhoras de seu pai, que havia mais de três anos não podia descansar, com um contínuo soluço.
Impossível resistir a umas cenas destas. Ajudei a pobre mulher a levantar-se; e, como a noite era já bastante adiantada (caminhávamos à luz dumas lanternas), disse à Jacinta que ficasse ela ali, enquanto eu ia rezar o terço com o povo, que na volta a chamava.
Ela aceitou. Quando voltei, entrei também nessa casa. Encontrei a Jacinta sentada numa cadeira, em frente dum homem também sentado, de aspecto não muito velho, chorando de comoção.
Rodeavam-no algumas pessoas mais, que julgo serem da família. Ao ver-me, levantou-se, despediu-se prometendo
não o esquecer nas suas orações, e lá viemos para a casa da Senhora Emília.
No dia seguinte, saímos de manhãzinha cedo para o Olival, e voltámos só passados uns três dias.
Ao chegar a casa da Senhora Emília, lá nos apareceu a ditosa mulher, acompanhada já de seu pai, de aspecto bastante melhor, sem aquela aparência de tanto nervosismo e de tão extremada fraqueza.
Vinham agradecer a graça recebida, porque, diziam, não tinha tornado mais a sentir o importuno soluço. Todas as vezes que ainda por aí passei, sempre essa boa família me vinha mostrar o seu agradecimento, dizendo que estava completamente curado, que não tinha sentido mais o menor assomo de soluços.
Fonte: Memórias da Irmã Lúcia, Pe. Luis Kondor
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