Última aparição de Nossa Senhora das Graças e difusão da Medalha Milagrosa
Tendo aparecido já duas vezes à Irmã Catarina Labouré, noviça das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, a Santíssima Mãe de Deus, ainda vai agraciar-lhe com uma terceira aparição para esclarecer as últimas informações necessárias para a compreensão da medalha que mandou cunhar.
Ultima Aparição — Dezembro de 1830.
Muito semelhante à segunda aparição, com um diferencial, Nossa Senhora ter se dirigido para cima e atrás do tabernáculo.
O mesmo quadro da medalha aparecido anteriormente, mas desta vez, junto ao tabernáculo. Em seus dedos viam-se anéis de pedras preciosas, uns com raios de um brilho belíssimo, outros apagados. No fundo do seu coração Catarina ouve a Virgem Santíssima dizer-lhe:
“Estes raios são o símbolo das graças que espalhei sobre as graças que me pedem…”.
E, para explicar os anéis que não projetavam raios, acrescenta:
“É a imagem das graças que as pessoas esquecem de me pedir”.
Além disso, Irmã Catarina ouve no seu coração:
“Minha filha, doravante não mais me verás, porém ouvirás minha voz durante tuas orações”.
É o final das aparições.
Difusão da Medalha Milagrosa
Catarina comunica os pedidos da Virgem Maria a seu confessor, o Padre João Maria Aladel, CM. Este num primeiro momento não acolhe bem, e inclusive lhe proíbe de pensar e falar nisto.
Embora tenha sido um golpe terrível para ela, Catarina obedeceu seu confessor.
No dia 30 de janeiro de 1831 encerra o tempo de Noviciado e Catarina professa como Filha da Caridade.
No dia seguinte é designada para o Asilo num bairro cheio de miséria, Catarina atenderá os Pobres durante 46 anos, em silêncio e total anonimato. Só no leito de sua morte as irmãs descobriram que ela era a alma que tinha recebido tamanha graça.
Visto a demora no cumprimento do seu pedido, Nossa Senhora comunicou à Irmã Catarina seu desgosto. “Mas querida Mãe”, disse a Irmã Catarina, “Vós vedes que ele (o Padre Aladel) não acredita em mim”.
“Não tenhais medo” – foi sua resposta – “chegará o dia em que fará o que eu peço, porque ele é meu servo e não irá querer me desapontar”.
Comunicado acerca do desgosto da Virgem Maria para com ele, Padre Aladel, afinal de contas, havia se passado sete meses desde que a Santíssima Virgem pediu que se cunhasse e distribuísse a medalha, mas ainda não tinha sido feito nada. Ele pensou:
“Se Maria está desgostosa, não pode ser com a jovem irmã, pois em sua situação ela é incapaz de fazer qualquer coisa. Sendo assim, deve ser comigo”.
O arcebispo de Paris autoriza a Medalha
Padre Aladel, consultando seu superior Padre João Batista Ettiénne, decidiu que um assunto assim tão importante deveria ser levado ao Arcebispo.
Os dois padres chamaram o Arcebispo e lhe apresentaram um detalhado relato das aparições de Nossa Senhora à irmã Catarina Labouré.
O Arcebispo de Paris, Dom Jacinto-Luís de Quélen, ouviu com grande interesse a maravilhosa história e deu sua autorização para a confecção das medalhas.
Tendo recebido a permissão eclesiástica, o Padre Aladel agilizou para que a medalha fosse feita. Nesta primeira leva, 2.000 medalhas milagrosas cunharam-se.
O diretor espiritual entregou uma destas medalhas à Ir. Catarina, como forma de reparar sua prolongada oposição. O único comentário da Ir. Catarina foi:
“Agora deve propagar-se”.
Tal se deu e muitas graças foram alcançadas graças a intercessão e a proteção de Nossa Senhora das Graças por meio da sua Medalha milagrosa.
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