Na calada da noite, a Confraria penitencial do Cristo da Noite Escura leva, em cortejo, imagem altamente expressiva do Crucificado. A túnica e o capuz são marrom carmelita, o escapulário e o cíngulo são brancos com uma cruz no peito. Na escuridão, resplandece Jesus cruelmente morto, enquanto ouvem-se hinos de reparação.
“Consumatum est (Jo 19,30), a vítima expirou, o sacrifício foi consumado, opera-se a Redenção e o gênero humano foi salvo.
Nosso Senhor Jesus Cristo já tinha morrido quando a lança de Longinus O perfurou. O furor dos algozes atravessou o Sagrado Coração, e então foi derramado o último sangue e a última água por nós. Ó extremo da misericórdia, de bondade e de condescendência!
Meu Deus, quem sabe se às vezes eu cravei no Coração de Jesus a lança de Longinus? Não é só o pecado mortal.
É o velho hábito da tibieza: não se muda, não se progride nem se quer progredir, observa-se os outros progredirem, e o pecador não se incomoda.
Um pouco daquela água com sangue respingou no rosto de Longinus. Ele era catacego, adquiriu a vista, converteu-se e transformou-se, segundo a tradição, num santo.
Quem sabe agora eu recebo também esta graça? Esta graça, meu Senhor, Vos peço pelos méritos de vossa Mãe Santíssima, na hora em que Vós expirastes”.
Fonte: Blog Catolicismo