Você pediu e aqui está o tema escolhido desta semana: Por que os católicos rezam pelos mortos? Esperamos que o texto abaixo seja esclarecedor. Compartilhe-o com seus amigos através das redes sociais.
Não deixe também de visitar o Oratório da Medalha Milagrosa e rezar pela salvação de seus entes queridos.
Porque a Sagrada Escritura ensina que é santo e salutar o pensamento e a prática de rezar pelos mortos. Por isso nos apresenta São Paulo recomendando essa salutar prática.
De fato, no 2º Livro dos Macabeus, capítulo 12, vers. 43 a 46, está dito: “(Judas Macabeu) tendo feito uma coleta mandou doze mil dracmas de prata a Jerusalém para serem oferecidas em sacrifícios pelos pecados dos mortos, sentindo bem e religiosamente a ressurreição porque, se ele não esperasse que os que tinham sido mortos, haviam um dia de ressuscitar, teria por uma coisa supérflua e vã orar pelos defuntos; e porque ele considerava que aos que tinham falecido na piedade estava reservada uma grandíssima misericórdia. É, POIS, UM SANTO E SALUTAR PENSAMENTO ORAR PELOS MORTOS, para que sejam livres dos seus pecados”.
Este texto do Antigo Testamento tem confirmação em vários outros do Novo Testamento. Vejamos:
São Paulo, na 2ª Epístola a Timóteo, cap. 1, vers. 18, roga a Deus pelo amigo Onesíforo: “Que o Senhor lhe conceda a graça de obter misericórdia do Senhor naquele dia”.
Onesíforo já era morto, porque nestes textos (vers. 15 a 18 do cap. 1º, com o vers. 19 do cap. 4º desta mesma Epís), S. Paulo se refere nominalmente a outras pessoas, e quando seria o caso de nomear Onesíforo, seu grande amigo e benfeitor, ele não o faz, mas só se refere “à casa” e “à família de Onesíforo”. Daí se conclui que ele não era mais do número dos vivos. E S. Paulo reza por ele, pedindo ao Senhor misericórdia.
Portanto, nós, católicos, rezamos pelos mortos, porque, de acordo com a Sagrada Escritura e a Tradição – bem como ensinam os grandes teólogos – cremos na existência do Purgatório.
Que se entende por Purgatório?
Purgatório é o lugar de purificação em que as almas dos justos, que não se santificaram suficientemente neste mundo, hão de completar a sua purificação, “por intervenção do fogo”, para serem admitidas no Céu, “onde nada de impuro entrará”. (Apocalipse 21,27) É, pois, o lugar em que as almas dos que morrem na amizade de Deus, isto é, em estado de graça – mas com alguma dívida por culpas leves, ou por culpas graves já perdoadas sem a devida expiação – se purificam inteiramente para entrar no Céu, a visão e posse de Deus. Ali gozarão para sempre da sua perfeita felicidade na glória celeste. Por enquanto, só a alma. E depois da ressurreição da carne, unida ao próprio corpo.
A Sagrada Escritura fala deste lugar de purificação? Sim:
1) Ela fala, na 1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios cap. 3, vers. 13 e 15, de um fogo misterioso que salva: “Manifestar-se-á a obra de cada um. O dia do (julgamento) demonstrá-lo-á. Será revelado pelo fogo, e o fogo provará o que vale o trabalho de cada um”. “Se a obra de alguém se extinguir, sofrerá a perda. Ele mesmo, porém, será salvo, mas passando de qualquer maneira através do fogo”.
2) Fala também de um perdão na outra vida. O próprio Nosso Senhor Jesus Cristo afirmou, no Evangelho de São Mateus cap. 12 vers. 32: “Todo o que tiver falado contra o Filho do homem, será perdoado. Se porém, falar contra o Espírito Santo não alcançará perdão nem neste mundo, nem no que há de vir.”
Vê-se, pois, que Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensina que há pecados que serão perdoados também no outro mundo, isto é, após a morte.
3) A Sagrada Escritura fala também de uma prisão temporária na “outra vida”. São Mateus cap. 5, vers.25-26, exorta a reconciliação com os irmãos nesta vida para que “não suceda que o adversário te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao seu ministro, e sejas posto em prisão. Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo.”
É evidente que esta prisão é temporária, um lugar de perdão na outra vida, através de um fogo que purifica e salva, e de onde se sairá depois de pagar o último ceitil. Não pode ser o Céu, “onde nada de impuro entrará” (Apocalipse 21,27). E nem o inferno, “onde não há redenção” e onde o fogo é eterno. (Mt. 25,41)
Só resta concluir que esses textos se refiram a um lugar intermediário, transitório e de expiação, que a Igreja, com toda a propriedade, chama de Purgatório.
O Purgatório é, portanto, um lugar de purificação que Deus, em sua Sabedoria e Bondade infinitas, criou por um ato de sua misericórdia. Estão, pois, em erro os que só admitem a existência do Céu e do Inferno, e por isso não rezam pelos mortos.
Podemos e devemos, pois, fazer orações e oferecer sacrifícios pelos mortos em geral. Devemos rezar por todas as almas, porque não sabemos com certeza, quais estejam realmente precisando, e em condições de receber o mérito impetratório das nossas orações e sacrifícios oferecidos a Deus por elas. Em qualquer hipótese, estas orações e sacrifícios, não ficarão sem efeito. Sobretudo as Santas Missas que fizermos celebrar por elas, pois Deus fará a sua aplicação às almas que mais estiverem precisando.
Fonte: Catequisar
5 Comentários
Sou devota de Nossa Senhora de Fatima, porque tenho toda confiança e fé na imaculada Mãe de Jesus. Amém
Sou devota de N S de Fatima e peço a Ela que passe na frente e resolva os problemas da minha familia e que ela nos conceda suas bençaos e graças.
Sou católica praticante, sou legionária, mas tenho dúvidas, como por exmplo:pagar para celebrar missa pra almas principalmente quando marca o prêço da missa. É certo?
Estimada Mailde,
1) Tudo que é humano está sujeito a abusos. Não me refiro aqui, pois, a situações abusivas que possam surgir num ou noutro lugar. Vamos considerar tão-somente as situações normais da vida da Santa Igreja.
2) Propriamente não há “pagamento” pela realização dos sacramentos (inclusive e sobretudo pelo Santo Sacrifício da Missa). Os Sacramentos são impagáveis porque custaram o Sangue infinitamente precioso de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nada “paga” o valor de uma Santa Missa, por exemplo.
3) O que há são as chamadas “Espórtulas”. Para honrar a Deus, como Ele merece, é necessário o culto público. E para a Igreja subsistir tal como Jesus Cristo a fundou, são necessário os Bispos, auxiliados pelos sacerdotes na obra do culto de Deus e na salvação das almas. Ora, o exercício do culto e a sustentação dos ministros de Deus acarretam despesas. Estas despesas devem ser custeadas pelos fiéis, como uma conseqüência necessária do primeiro mandamento da lei de Deus e da instituição da Igreja, feita por Nosso Senhor Jesus Cristo. Então, cabe à legítima autoridade eclesiástica estabelecer as ofertas (espórtulas) convenientes ao exercício do culto e para a honesta sustentação dos ministros de Deus.
4) O modo de fazer estas ofertas pode variar com os tempos, os lugares e as necessidades. São Paulo, numa Epístola, diz o seguinte: ”Que cada um dê conforme decidiu em seu coração, não com tristeza ou por obrigação, pois Deus ama a quem dá com alegria” (2 Cor. 9,7)
5) Agora, o que foi sempre normal é que, em se tratando de fiel sem condição financeira por ser pobre, os sacerdotes, zelosos, celebrarem o Sacramento, mesmo sem receber nenhuma espórtula, sobretudo o Santo sacrificio da Missa especialmente quando pedido na intenção das almas.
6) O católico – ainda mais quando é praticante (todo católico deve ser praticante, mas enfim…) – não deve manter-se em dúvida a respeito das questões de Fé, de moral e de práticas litúrgicas da Santa Igreja. Para isto precisa se instruir à medida que suas indagações forem surgindo. O melhor meio é recorrer a pessoas de cultura católica, de confiança, bem como obter livros de formação apropriados, também de confiança.
In Jesu et Maria
Marcos Aurélio Vieira
sou devota de nossa senhora de fatima ela ja me concedeu varias graças na minha vida ecada dia que passa minha´fé aumenta cada vez mais que nossa senhora de fatima continue me abençoando a mim e a minha familia. amém