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Ultimamente têm saído notícias de suicídios de atores famosos e de pessoas do mundo das artes. Para não falar do número sempre crescente de jovens em todo o mundo, principalmente no Japão.
Ora, afirma o 5º Mandamento da Lei de Deus: “Não matar”. Isso não se refere somente a tirar a vida do próximo, mas sobretudo a não tirar a própria.
Por isso o suicida era visto como pessoa que cometera uma grande ofensa a Deus, Autor da vida.
A Igreja, para manifestar seu horror a esse ato extremo, não lhe concedia cerimônias fúnebres públicas — como Missa de 7º Dia ou enterro no campo santo. (Ao mesmo tempo, como Mãe misericordiosa, não lhe negava os sufrágios em privado, desde que o escândalo fosse evitado).
Entretanto, em nossa época de relativismo, a ateização das mentes é tal, que leva a retirar na consideração do suicídio todo o aspecto religioso da questão, ou seja, a ofensa a Deus.
É verdade que uma das grandes causas dos suicídios em nossos dias é a falta de esperança num porvir, o que provoca em muitos casos a depressão e a falta de objetivo na vida, levando por sua vez ao desespero.
Isso acaba de certo modo, se não justificando essa atitude desesperada, pelo menos atenuando-a em muitos casos.
Em conseqüência, essa violação da Lei de Deus passou a ser vista com indiferença, ou até com certa simpatia, como mais um dos “direitos” reclamados por um mundo “emancipado” de Deus e da Lei moral.
Por isso o chamado “suicídio assistido” e a “eutanásia” estão se tornando comuns entre os povos ditos civilizados.
Alegam seus partidários, geralmente da esquerda, que é preciso conceder às pessoas uma “liberdade de eleição”.
Essa posição vem curiosamente junto com a luta para a aprovação da eutanásia, do aborto, do “casamento” homossexual, da absurda “teoria de gênero” e demais bandeiras dos movimentos ditos progressistas.
Um dos países que está liderando essa investida contra a vida é o Canadá.
Em Quebec, enquanto desde 2016 se dá todo o apoio ao suicídio assistido, somente 30% da população tem possibilidade de acesso aos cuidados que conservariam a vida ou aliviariam os sofrimentos dos pacientes terminais.
O problema que alegam os hospitais é a falta de verba para atender os pacientes terminais.
O Colégio dos Médicos de Quebec pediu repetidas vezes mais verbas para isso ao Ministro de Saúde, Gaetan Barrette, mas não recebeu resposta.
Muitos médicos opinam que essa falta de fundos é programada, para obrigar os pacientes em estado terminal a pedirem o “suicídio assistido”. Esse problema não é só de Quebec, mas de todo o Canadá.
O site do The Star apresenta um exemplo típico dessa luta entre os que querem continuar a viver e aos quais se oferece, pelo contrário, o que é hipocritamente chamado “morrer com dignidade”, ou seja, o “suicídio assistido”.
Trata-se de Roger Foley, de 42 anos, diagnosticado com ataxia cerebral, patologia que lentamente afeta a capacidade de mover-se e de falar, internado num hospital de Ontário.
Ele denunciou a província de Ontário quando o hospital, para continuar a administrar-lhe o tratamento adequado, apresentou-lhe uma conta de 1.800 dólares diários, esclarecendo que, caso ele não pudesse pagar, lhe oferecia o acesso gratuito ao “suicídio assistido”.
Algo semelhante ocorreu no Estado de Oregon, nos Estados Unidos, onde o suicídio assistido é legal desde 1997.
Um caso famoso é o de Randy Stroup, diagnosticado com câncer de próstata e a quem os médicos se negaram a tratar com quimioterapia porque o tratamento era muito caro.
O Estado opôs-se ao tratamento, mas ofereceu pagar os gastos com a eutanásia.
Randy exclamou:
“Quase desmaiei quando me disseram isso. Como é possível que não paguem o tratamento para ajudar-me a viver, e se ofereçam a assumir o gasto para fazer-me morrer?”.
Já na Califórnia, onde o suicídio assistido foi legalizado em 2015 (e temporariamente suspenso há algumas semanas por razões legais), Stephanie Packer, ainda viva, mãe de quatro filhos, viu seu seguro-saúde negar-lhe tratamento em 2016.
“Antes que a lei da eutanásia entrasse em vigor, estavam dispostos a pagar.
Depois da aprovação do suicídio assistido, me disseram que, como não me restava muito para viver, não cobririam o tratamento de minha esclerodermia.
Mas acrescentaram que, se escolhesse o suicídio assistido, gastaria somente um dólar e vinte centavos”, declarou ao Washington Times.
Esses absurdos só são possíveis no atual mundo materialista, voltado contra o Criador de todas as coisas!
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Fonte: ipco.org.br
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