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O casamento e a família, de acordo com a doutrina tradicional da Igreja Católica, se fundam em princípios inerentes à natureza humana.
Tais princípios são a expressão da vontade divina.
Por isso mesmo se consubstanciam eles em três mandamentos da Lei de Deus.
IV – Honrar pai e mãe;VI – Não pecar contra a castidade;
IX – Não desejar a mulher do próximo.
É nestes preceitos, imutáveis como tudo quanto constitui ordenação fundamental da natureza humana;
Que se baseiam a família, o casamento, a unidade e a indissolubilidade do vínculo conjugal, o pátrio poder.
Nosso Senhor Jesus Cristo elevou à dignidade de Sacramento o contrato matrimonial.
No Catecismo dos Párocos, vulgarmente conhecido como Catecismo Romano;
Redigido por decreto do Concílio de Trento e promulgado em 1566 pelo Papa São Pio V, lemos o seguinte:
“Se como união natural fôra, desde o início, instituído para a propagação do gênero humano;
“O Matrimônio foi depois elevado à dignidade de Sacramento, a fim de que se gerasse e criasse um povo para o culto e adoração do verdadeiro Deus e de Cristo Nosso Salvador.
“Querendo dar uma imagem adequada de sua íntima e estreita união com a Igreja, e de seu imenso amor para conosco;
“Cristo Nosso Senhor indicou a dignidade de tão grande Mistério, principalmente pela comparação que fez com a sagrada união entre o homem e a mulher.”
Duas posições opostas a respeito da família
Há, em nosso País, duas posições bem definidas que dividem o público a respeito do instituto da família.
Mas isso não significa que todo o mundo está entre uma ou outra posição;
Existe a grande massa de indecisos, dos que não se definem nem de um lado nem do outro.
É neste campo que as duas posições opostas procuram influenciar e atrair as pessoas para o seu núcleo.
A primeira delas opta decididamente por tudo quanto, nessa matéria, reflita a fidelidade e clareza de princípios imutáveis de nossa tradição cristã.
A outra, inspirada ou pelo materialismo histórico ou pelo hedonismo pagão, visa de maneira clara ou velada, a destruição da família.
Hoje, contudo, esse combate se faz de maneira mais agressiva.
É o que constatamos em recentes declarações de pessoas com pensamentos de esquerda.
A criança não pertence aos pais, mas à sociedade e ao Estado
Neste sentido, a procuradora dos Direitos do Cidadão, dra. Deborah Duprat, afirma:
“Essa percepção equivocada de que a criança pertence à família, de que a família tem um poder absoluto sobre a criança não é verdade.“A Constituição diz que a criança é um problema da família, da sociedade e do Estado.(…)
“A educação fornecida pela família sequer pode prevalecer sobre a educação em sala de aula.
“Isto vai ser definido em questões específicas.
“Então, nós temos que combinar isso em pluralismo de ideias, liberdade de cátedra;
“Que vem na sequencia de uma Constituição que procura expurgar em seu texto qualquer resquício de autoritarismo;
“De período ditatorial, de período de censura e esta questão da família”[1].
Segundo a dra. Déborah, a nossa Constituição procura expurgar em seu texto “qualquer autoritarismo… e esta questão da família”.
Sobre isto já havia alertado o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, no best-seller :
“Projeto de Constituição Angustia o País”, (Editora Vera Cruz, São Paulo, 1987, 209 págs.) [2]
A procuradora Déborah Duprat afirma ainda que:
“A escola é um lugar estratégico para o fim das ideologias religiosas, que apresentam a escola como a criação dos deuses.”
Em outras palavras, o papel da escola seria destruir qualquer formação religiosa na criança.
A família é uma invenção do capitalismo e o pai é um déspota
Na mesma linha de pensamento, Marilena Chauí, filósofa do PT;
Numa palestra para alunos a partir do 9º ano, intitulada “A Fragilidade da Democracia” no Colégio Oswald de Andrade, da elite de São Paulo, afirma:
“A família, isso que nós entendemos de família, foi uma coisa inventada no final do século XVIII durante o século XIX.
“Pro (sic) grego o pai da família, esse que cuida de tudo da economia ele se chama despotes.
Ele é o déspota.
É isso que os gregos quando inventam a política, coisa que eles fazem é seguir o espaço privado da família despótica.
Pai de família e a mãe é a mesma coisa.
Isso que nós entendemos que é o pai, a mãe e os filhos e que tem e acrescenta avô e avó, tio e tia, primo e prima.
Isso é uma invenção do capitalismo do séc. XVIII e durante o século XIX.
Então tem data esse tipo de família, a chamada família conjugal.
A família restrita tem menos de dois séculos tem um século e um pouco, é recentíssimo”.
Falar sem apresentar dados ou fontes que corroboram seus pensamentos é próprio dos esquerdistas.
Assim como a sua doutrina, as suas premissas também são fictícias.
Numa clara alusão aos membros do IPCO, continuadores da obra de Plinio Corrêa de Oliveira, fundador da TFP brasileira, a “filósofa do PT” conclui:
“ É por isso que é um assunto divertido, os caras fazem barulho defendendo a família como uma instituição natural, eterna. Sabe, são uns bestas! ”[3]
Uma geração formada, não para a vida civil comum, mas para a agressão, o insulto e a brutalidade;
Parece ser o objetivo do socialismo com esse tipo de pessoas desprovidas de amor materno e paterno, e sem o convívio salutar de um lar.
Isto mais parece um ambiente de presídio do que uma vida em sociedade.
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[1] https://jornalivre.com/2017/02/23/video-procuradora-de-extrema-esquerda-diz-que-a-escola-deve-ser-usada-para-expurgar-a-familia-e-fica-sem-reacao-ao-ser-desmascarada/
[2] http://www.pliniocorreadeoliveira.info/livros/1987%20-%20Projeto%20de%20Constitui%C3%A7ao.pdf
[3] http://jovempan.uol.com.br/programas/radioatividade/marilena-chaui-afirma-que-quem-defende-familia-e-uma-besta.html
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Fonte: ipco.org.br
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