São Simão e São Judas Tadeu, apóstolos e mártires
Celebramos hoje a festa de dois dos Doze Apóstolos chamados por Nosso Senhor: São Simão, o cananeu, e São Judas Tadeu.
Devemos a eles a fé íntegra que professamos, pois guardaram e transmitiram até o derramamento do sangue, com a ajuda do Espírito Santo, a santa doutrina que escutaram e a Pessoa Divina que tocaram, motivo por que nos alegramos de pertencer à Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, fundada pelo próprio Verbo Encarnado.
Celebramo-los no mesmo dia porque, além de serem sempre mencionados um após o outro nas listas dos Doze (cf. Mt 10, 4; Mc 3, 18; Lc 6, 15; Act 1, 13) e estarem atualmente sepultados na mesma capela de São José, dentro da Basílica de São Pedro, os dois evangelizaram na região da Pérsia e juntos foram martirizados.
A devoção a São Judas Tadeu
Embora se celebrem conjuntamente há vários séculos, São Judas Tadeu tornou-se, por circunstâncias históricas relativamente recentes, mais popular entre a gente devota do que São Simão.
Isso se deve a uma revelação privada feita no séc. XIV a Santa Brígida da Suécia, a quem Jesus teria aparecido e revelado que a São Judas foi confiado o patrocínio das causas urgentes e impossíveis.
Vale a pena recordar ainda que São Judas, filho de Maria de Cléofas, era sobrinho de Nossa Senhora e, portanto, primo de Jesus, além de tio de dois outros Apóstolos, S. Tiago e S. João, evangelista.
Essas relações de parentesco fazem supor que ele devia ser algo semelhante a Nosso Senhor, razão por que algumas imagens suas o retratam com uma medalha ao peito na qual está impressa a imagem de Cristo.
Quem foi São Simão?
A Bíblia Sagrada não revela como era a vida de São Simão, mas é possível buscar algumas pistas e montar um quebra-cabeças.
Ele é chamado de Simão, “o cananeu”, pelos apóstolos São Mateus e São Marcos. Alguns estudiosos cristãos entendem que este “cananeu” pode ser uma referência a Canaã, a terra de Israel.
Mas quando São Lucas, no seu Evangelho, o chama de “o zelote”, parece querer indicar que Simão pertencera ao partido judeu radical que tinha o mesmo nome.
Os radicais zelotes pregavam a luta armada contra os dominadores. Como se vê, Jesus queria, mesmo, um colegiado de doze apóstolos que representassem todas as correntes políticas e religiosas da época.
Conta a antiga tradição que São Simão encontrou-se com o apóstolo São Judas Tadeu na Pérsia e, desde então, viajaram juntos. Percorreram as doze províncias do Império Persa.
Simão foi um revolucionário radical, mas após começar a conviver com Jesus se tornou um pregador da “paz na Terra e da boa vontade entre os homens“. Esse apóstolo era um grande argumentador.
Conforme um antigo registro atribuído ao famoso historiador Hegesipo, São Simão teria sido martirizado no ano 107, durante o governo do imperador Trajano, com cento e vinte anos de idade.
São Simão é representado na Igreja Católica por uma imagem com um livro aberto na mão direita. Na esquerda, há um longo serrote, ferramenta utilizada para o seu martírio.
A herança dos Apóstolos
Nosso Senhor quis seguir um roteiro para escolher e preparar seus discípulos, primeiro os fez discípulos, participantes da sua intimidade e de seus segredos: “Vinde”, para só então os enviar a pregar a toda criatura o Evangelho: “Ide”.
Portanto, não é um verdadeiro discípulo aquele que quer ser primeiro um mestre.
Hoje, porém, o que vemos é justamente o contrário: os que pretendem “sair em missão” muitas vezes não se encontram com Cristo nem, por isso mesmo, saem para fazer discípulos e converter o mundo, mas para aprender com o mundo e depravar-se com ele.
Nestes tempos precisamos resgatar a necessidade da oração, da contemplação e do estudo da doutrina católica, meditada e aprendida com total convencimento, como pré-requisitos à atividade apostólica.
Jamais converteremos a outros se não nos tivermos convertido nós em primeiro lugar, e jamais poderemos ensinar a fé católica se não a conhecermos de maneira suficiente e adequada: “O mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus […], este é o discípulo que dá testemunho”.
Peçamos, assim, a São Simão e São Judas Tadeu a graça de mantermos firme e guardarmos até o sangue a fé apostólica!
****
Hoje, dia 28 de Outubro, a Igreja Católica comemora o Dia de São Judas Tadeu, o grande padroeiro dos casos impossíveis e desesperados.
Se você precisa de uma graça que acredita ser impossível de ser realizada, este é o momento!
E inscreva seus pedidos e súplicas na Santa Missa que faremos celebrar no próximo sábado!
Não conseguiu falar conosco? Então acenda aqui a Vela de São Judas Tadeu pelas Causas Impossíveis.
A solução para seus problemas pode estar mais próxima do que você imagina. Reze e tenha fé!