São Pedro e São Paulo: as grandes colunas sobre as quais foi edificada a Igreja de Cristo.
Dentre os primeiros apóstolos, São Pedro é a figura principal por diversas razões. Em suas manifestações de fé em Jesus, vemos um coração ardente e confiante n’Aquele ao qual seguia.
Depois, em suas negações, também vemos a fragilidade de Pedro, sua humanidade e seu caminho de redenção. Conhecemos seu primeiro chamado, ao consertar as redes, e também o segundo – o definitivo – ao pescar outra vez e ali reencontrar-se com o amor misericordioso de Jesus (Jo 21).
São Paulo, embora não tenha sido um dos doze apóstolos iniciais, tornou-se uma figura essencial: o grande Apóstolo dos gentios – aquele que, por seu conhecimento e por sua entrega na evangelização, alcançou os mais diversos povos.
Juntos – São Pedro e São Paulo – fundaram a Igreja de Roma, impulsionando seu crescimento pelo testemunho de seu martírio.
Ainda no século I d. C., ambos entregaram-se, em momentos distintos, ao sacrifício em nome do Evangelho. Regaram a terra romana com seu sangue e ali frutificaram a Igreja que segue inabalável até hoje.
Para o Papa Bento XVI, São Pedro e São Paulo foram essenciais porque também representam uma refiguração: ambos tornaram-se antíteses de dois grandes episódios – um crime do Antigo Testamento e o mito fundacional de Roma.
Segundo o Papa, Pedro e Paulo podem ser vistos como uma redenção do crime cometido por Caim e Abel.
Enquanto Caim deixou-se dominar por suas más inclinações e manchou suas mãos com a morte, Pedro e Paulo, embora não fossem irmãos biológicos, tornaram-se irmãos de fundação da Igreja e de martírio e, com isso, converteram-se em um grande sinal de amor e irmandade.
Por outro lado, a fundação da Igreja Romana feita pelos dois apóstolos também atualiza e, em certa medida, refaz a fundação mitológica da cidade:
“De fato, a comunidade cristã desta Cidade viu neles uma espécie de antítese dos mitológicos Rómulo e Remo, o par de irmãos a quem se atribui a fundação de Roma” (Papa Bento XVI, em sua homilia de 2012 na Solenidade de São Pedro e São Paulo).
Portanto, com estes dois apóstolos, tudo se renova. Pela misericórdia e graça divina, podemos olhá-los e admirá-los como as grandes colunas sobre as quais foi edificada a Igreja de Cristo.
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