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“Batizado, deixa o exército e vai estudar então com o grande doutor das Gálias, Hilário de Poitiers.
“O desejo de converter os seus parentes, que eram pagãos, reconduziu-o à Panônia.
Mas depois ele volta para a Gália e funda ali o mosteiro de Ligugé, que é um dos mais famosos da França.
Os seus milagres se tornam célebres e os discípulos vêm povoar a sua solidão.
Ele passa a ter uma vida contemplativa e pratica muitos milagres e depois de ser um santo à procura dos homens, foi para o isolamento, onde foi um santo procurado pelos homens.
Por ocasião da morte de Santo Hilário, ele foge dos habitantes de Poitiers que queriam tê-lo como bispo.
Os habitantes da Turíngia (Tours) serão muito mais hábeis.
Em 371 confiscam-no por uma espécie de esperteza: levam-no a ordenar-se sacerdote para ser bispo.”
Também não é um episódio tão comum em nosso século um padre que foge do episcopado, ou o povo indo atrás de um bispo santo… candidatos santos ao episcopado, nem os santos são tão comuns em nosso século…
Considerem que isto se dá no século IV da época chamada de “decadente” e de “miséria”, em que os santos pululam e os povos vão correndo atrás deles…
Como isto é diferente do pseudo–progresso, do pseudo–esplendor da época contemporânea!
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Sua vida contemplativa
“Quando se torna bispo, entretanto lembra-se de sua vocação contemplativa.
Funda então Marmoutier, um convento a três quilômetros de Tours, que é sua diocese.”
Esse mosteiro se torna um centro de estudos, um seminário, onde muitos futuros bispos se formaram, trabalho muito importante porque de um bom seminário sai um bom clero e um bom episcopado.
Estão vendo então o selvagem da Hungria colocado à testa de uma diocese, de um seminário, formando o futuro clero, fazendo milagres… e um ex-soldado romano.
Observem como durante sua vida foi fazendo mais ou menos de tudo.
“Muitas vezes vai à solidão de Marmoutier onde Nossa Senhora lhe aparece e o demônio o persegue de todas as maneiras.”
É o próprio daqueles que se isolam: são aqueles a quem Deus mais frequentemente concede graças, mas também são mais perseguidos pelo demônio.
Santo Inácio de Loyola afirma que a prova de que um retiro vai bem é quando uma alma consegue muitas graças extraordinárias, mas ao mesmo tempo é muito perseguida pelo demônio.
Compreende-se então que em seu retiro, na solidão, isto lhe acontecesse.
“Seu zelo transborda os limites de sua diocese.
Ele é visto nas dioceses vizinhas, e até em Artois, na Picardia, Trèves, na Bélgica e até na Espanha, e por toda a parte – sustentada por sua caridade e seus milagres – a sua palavra faz maravilhas.”
Então esse homem passa a ser um missionário sem deixar de ser bispo e percorre as regiões mais distantes, numa época em que isso é muito incômodo;
Fazendo verdadeiras maravilhas pela palavra e pelos milagres, porque continua sempre um grande taumaturgo.
“Esse amor de Deus o leva a Flandres em novembro de 397, para ali estabelecer uma concórdia entre os monges, problema sempre difícil, e foi ali que morreu na paz de Deus, idoso de mais de 80 anos.
São esses os homens, os santos que põem em ordem as coisas que outros santos fundaram.
É uma grande vida, quando ela é considerada sob esse ponto de vista.
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Fonte: pliniocorreadeoliveira.info
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