Thácio Siqueira
Brasília, 29 de Setembro de 2014 (Zenit.org)
Para evitar o que ocorreu em Paris, com a profanação da Catedral de Notre Dame (invadida por feministas)…
Jovens católicos que atuam contra a prática do aborto em nosso País, liderados pelo Prof. Hermes Rodrigues Nery e Flavia Camargo, defenderam a Catedral de Campinas, no dia 27 último.
Na praça da Catedral, tomada por petistas e integrantes do MST e feministas pró-aborto, realizava-se o evento, por elas mesmas denominadas, “Marcha das Vadias pela Descriminalização do Aborto”.
Mas a Catedral de Campinas foi preservada por um grupo de “bravos soldados de Cristo”, como relata em entrevista a ZENIT (29-9-14) o Prof. Hermes Nery.
ZENIT: O que aconteceu na Catedral de Campinas nesse fim de semana?
Prof. Hermes: Fomos avisados na sexta-feira, a noite, por volta das 22 horas, de que haveria uma “Marcha das Vadias pela Descriminalização do Aborto”, às nove horas da manhã do dia seguinte, 27 de setembro, diante da Catedral de Campinas.
A exemplo do que tem acontecido em outros países, elas poderiam inclusive invadir a Catedral para atos blasfemos.
Tínhamos uma agenda de compromissos em São Paulo, com a Flavia Camargo, e resolvemos cancelar e ir até a Catedral, com um único objetivo: evitar que elas entrassem na Catedral.
Sentimos a necessidade de uma mobilização, em cima da hora, e a urgência em defendermos o templo, que tem sido alvo das feministas, que durante a Jornada Mundial da Juventude fizeram atos sacrílegos. O nosso intuito, portanto, foi de defender a igreja de algum ataque nesse sentido.
ZENIT: Como reagiram os jovens católicos e pró-vida?
Prof. Hermes: Conseguimos agregar um pequeno grupo de jovens católicos e pró-vidas, dispostos a ir lá. Graças a Deus, providências foram tomadas nesse sentido, como, por exemplo, o Cônego Álvaro, avisado em tempo da situação, foi firme também nessa iniciativa, de defender o templo de alguma profanação.
Fechou a porta principal da Catedral e deixou uma porta lateral aberta para a entrada dos fiéis, cujo fluxo sempre é maior num sábado de manhã.
Ficamos lá de sentinela, enquanto um outro pequeno grupo ficou na praça para ver alguma movimentação e avisar de alguma coisa. O próprio Cônego Álvaro circulou pela praça, enquanto conversamos. Ficamos lá o tempo todo, de modo que assim a Catedral foi defendida.
ZENIT: Qual era o discurso das feministas? O que significa, em um estado laico, uma ameaça de profanação de um templo católico?
Prof. Hermes: No folheto que elas estavam distribuindo na praça (cheia de petistas com bandeiras pró-Dilma, integrantes do MST e feministas pró-aborto), dizia que “nenhuma religião pode ter a prerrogativa de interferir nas políticas públicas de um Estado laico.
Independente de nossas crenças individuais , como cidadãos e cidadãs, não podemos impor nossa fé para outras pessoas”.
Mas estivemos lá para deixar claro que elas não podem em nome do laicismo serem hostis aos cristãos, e, como fizeram as feministas em Paris, entrarem no templo para o profanarem.
Elas vieram com a aquela fala já conhecida, cheia de chavões, com decoreba mesmo, fazendo apologia ao laicismo, aos direitos reprodutivos, ao direito de escolha da mulher, com estatísticas exageradas de mortes maternas por aborto, sendo que os dados do SUS não batem com os números apresentados por elas, etc.
Ouvimos seus argumentos, mas deixamos claro que lá dentro elas não entrariam, pois estávamos lá para defender o templo católico. Uma delas, que tinha 26 anos, disse: “Idade que minha mãe tinha no ano em que nasci”.
E acrescentei: ” Reflita sobre isso, se ela tivesse me abortado, eu não estaria aqui agora. A vida humana deve ser acolhida, promovida, respeitada, valorizada e amada, desde a concepção!”
ZENIT: Que tipo de heroísmo nos é pedido nesses tempos em que vivemos?
Prof. Hermes: Precisamos de uma militância católica que não tenha medo de assumir publicamente a identidade católica e defender o direito à liberdade de expressão e crença religiosa, garantida pela Constituição, e não podemos nos acuar diante de um laicismo agressivo e provocador.
Graças à presença desses jovens que lá estiveram, foi possível evitar que o templo fosse profanado, afirmando assim a necessidade que temos, sim, de defendermos nossos princípios e valores, e também nossos espaços de culto.
Enquanto batizados, somos chamados a fazer esta defesa.
Fonte: blogdafamiliacatolica.blogspot
2 Comentários
Não sei onde isto tudo vai parar. Dou meu total apoio às suas palavras, faço delas minhas palavras. Nós Cristãos sabemos muito bem que há tempo para tudo. Veremos até onde estes ateus nos forçarão a ir com nosso destemor. Espero que não nos forcem muito.
Estado Laico não é Estado Ateu. A liberdade religiosa, garantida pela Constituição, dá direito aos católicos de livre e ordeira expressão e defesa de sua fé. Ademais, nossas leis têm penas previstas no Código Penal, artigo 208, como ultraje e impedimento de culto religioso.
Os jovens católicos de Campinas são dignos de admiração e aplauso pela sua coerência e destemor!