Religiosos "artistas" e "celebridades": ser contra ou a favor?

 

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Carta Aberta ao Excelentíssimo Senhor Cardeal Dom João Braz de Aviz, DD. Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica
Excelência Reverendíssima,
No Brasil, cuja realidade é bem conhecida de V.Revma, está cada vez mais frequente a presença de religiosos na grande mídia, especialmente a televisão.
Popularmente chamados “padres celebridades”, tais religiosos levam uma rotina de vida quase semelhante à de artistas, cantores, etc., afirmando fazer parte de uma estratégia de evangelização.
Mas, Excelência, com frequência temos que lutar com a perplexidade de ver esses religiosos participando de programas totalmente inadequados, tanto para sua condição quanto para o bom exemplo e formação espiritual dos fiéis.
Há ocasiões em que, questionados sobre temas polêmicos, omitem ou tergiversam, evitando de dar as respostas claras da Doutrina Católica. Os chamados princípios não negociáveis defendidos pelo Papa Bento XVI.
Enquanto isso, Excelência…
As igrejas estão cada vez mais vazias e Nosso Senhor, no Sacrário, abandonado;

  • Crianças e jovens crescem sem formação religiosa e os pais têm dificuldade de inclui-los em cursos de catecismo;
  • Igualmente difícil é batizar uma criança, tal a quantidade de exigências que desestimulam pais e padrinhos;
  • Encontrar uma igreja aberta – mesmo aos Domingos! – passou a ser uma tarefa difícil em certos horários do dia. Durante a semana, o problema se agrava;
  • Mais difícil ainda é encontrar na igreja um padre disponível para o atendimento dos fiéis que muitas vezes o procuram em busca de um conselho;
  • Cerimônias funerárias já são conduzidas até por sacristães e ministros da eucaristia;
  • As procissões em dias Santos praticamente desapareceram, e muitas sobrevivem apenas como manifestação cultural;
  • Os confessionários praticamente desapareceram dos templos, como se tivessem perdido o sentido de sua existência;

E fala-se o tempo todo que “faltam sacerdotes”…
E fala-se o tempo todo que diminuem os católicos e aumentam os evangélicos, bem como o número dos que se declaram sem religião!
O que pensará o católico vendo a sua Igreja passar por esse declínio e uma legião de religiosos atuando como “artistas”, em busca dos aplausos mundanos?
Santa Teresinha do Menino Jesus, carmelita de clausura, ofereceu sua vida pelos missionários e pela conversão das almas. A Igreja a proclamou Padroeira das Missões, sem que ela nunca tivesse cruzado os limites da clausura do convento!
O que mudou Excelência?
Entristece-nos, sobretudo, constatar que este não é um fenômeno que atinge apenas a Igreja no Brasil.
Ainda recentemente tivemos outro triste episódio dessa suposta “evangelização” superstar na Itália:
– a apresentação da freira italiana Cristina Scuccia no programa da RAI, “The Voice”, no último dia 15/3.
O que leva uma esposa de Cristo, da Congregação das Ursulinas da Sagrada Família de Milão, subir ao palco de um programa mundano e cantar uma melodia tão ou mais mundana ainda?
Ao som da canção popular “No one”, a Irmã Cristina surpreendeu (para não dizer escandalizou) até os jurados.
E em poucas horas virou notícia em todo o mundo, tendo o filme desse triste exemplo atingido a marca de mais de 40 milhões de expectadores!
Veja o Senhor mesmo Excelência: https://www.youtube.com/watch?v=TpaQYSd75Ak
A Irmã Cristina estava evangelizando?
Questionada por um dos jurados do programa sobre o que o Vaticano diria de sua performance, ela respondeu de forma irreverente:
– “Olha, eu não sei, espero um telefonema do Papa Francisco de saudação. Ele nos convida a sair, evangelizar, a dizer que Deus não nos tira nada, pelo contrário, nos dá ainda mais. Eu estou aqui por isso”.
Perplexitante…
De onde é que a Irmã Cristina tirou a ideia de que “Deus não nos tira nada”? Se foi o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, que disse:
“Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” (São Mateus 16:24)
Deus não apenas nos tira algo, mas muitas vezes Ele pede que renunciemos a nós mesmos, que deixemos de lado aquilo que nos afasta dEle, seja o que for.
Assim fizeram os santos que a Igreja nos apresenta como modelos elevando-os à honra dos altares.
Se a Irmã Cristina quis sair ao mundo para “evangelizar”, e “dar ao mundo o seu dom” – segundo suas próprias palavras – porque não o fez através de um dos inúmeros meios que a Igreja oferece?
Por que escolheu “evangelizar” através de um programa totalmente secular e inapropriado para a presença de uma religiosa?
Para seguir a regra do programa, ela escolheu continuar concorrendo (ou seja, vai se apresentar muitas vezes ainda) fazendo parte do “time” de Pelu, ex-vocalista da banda “Litfiba” – que fez muito sucesso com a música “El Diablo”.
É essa pessoa quem trabalhará com uma esposa de Cristo num programa com alto índice de audiência em todo o mundo.
O que aparece no vídeo, com mais de 40 milhões de visualizações, é uma religiosa entusiasmada com aplausos e vibrações humanas. Que parece desejar ser reconhecida como uma cantora, uma “superstar”.
No mesmo vídeo vemos também outras religiosas empolgadas e saltitantes, “torcendo” por ela, e dando mostras de que tal programa deve ter grande audiência no Convento em que vivem…
A Congregação das Irmãs Ursulinas, fundada por Santa Angela Merici, sempre foi conhecida pela virtude da caridade e da obediência.
Em mensagem às Irmãs Ursulinas da Sagrada Família no ano de 2002, disse o Papa João Paulo II:
“Santa Angela pedia que cada Ursulina fosse ‘verdadeira e intacta esposa do Filho de Deus’ (Carta preliminar da Regra de Santa ngela Merici): ideal exigente, que requer uma incessante tensão para a santidade.”
Tensão para santidade que as freiras do mundo inteiro sempre mantiveram, por tantas e tantas gerações.
Quem nunca ouviu falar de suas missões pelo mundo todo para ajudar enfermos, pobres, pessoas necessitadas de alimento para o corpo e para alma?
Ou de colégios onde sempre se cultivou o respeito, a disciplina, a virtude da obediência, da prudência e da serenidade através de irmãs consagradas que dedicavam sua vida à educação de milhares de crianças?
As freiras que outrora andavam pelas ruas, recebendo cumprimentos e merecendo o respeito e a veneração de todos, hoje aparecem cantando as chamadas “músicas pop” em busca dos aplausos daqueles que estão pouco ou nada interessados no bem da Santa Igreja Católica.
Será esse acontecimento mais uma prova viva da crise total de valores que atravessa o nosso mundo atual?
Crise que também se constata na conduta de religiosos e religiosas que mais parecem se preocupar com a aparência que suas ações resultam do que com a conversão de almas pecadoras?

Excelência, pedimos vênia para manifestar nossa preocupação a Vossa Reverendíssima.

Estamos preocupados com a drástica diminuição de sacerdotes em todo o mundo nos últimos anos, especialmente no Brasil.

Estamos preocupados por ver desaparecer nos Religiosos o ideal de santidade e vida interior, alma de todo o Apostolado.

Estamos preocupados com a indiferença de muitos católicos quanto às verdades fundamentais da Fé e da Doutrina Católica.

Estamos preocupados com a carência do verdadeiro catecismo para crianças e adultos. Se há 30 anos qualquer jovem conhecia os mandamentos da lei de Deus, a necessidade da Santa Missa e a importância dos sacramentos, hoje vemos crianças que acreditam que padrinhos são aqueles que dão presentes, que a Santa Missa é um culto como qualquer outro de qualquer religião e que não tem ideia do que significa “não pecar contra a castidade”.

Estamos preocupados com os sacerdotes que trocam o altar pelos palcos de “shows” musicais, nos quais não se percebe qualquer movimento no sentido da conversão.

Estamos preocupados de ver que os confessionários – quando ainda existem – estão cada vez mais vazios e as pessoas perdendo o sentido da necessidade de se confessarem.

Estamos preocupados com a falta de ensinamentos relacionados à devoção a Nossa Senhora, aos Anjos, aos Santos, enquanto as pessoas procuram mais argumentos para a legalização do aborto, a aceitação da união homossexual, a liberação das drogas…

De minha parte, Excelência, junto com esta súplica vai minha promessa de orações para que o Imaculado Coração de Maria vos conceda as melhores graças para exercer a dura tarefa que a Providência vos confiou como Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
Dizei uma palavra que acalme nosso coração angustiado. As ovelhas gostam de ouvir a voz do pastor.
Rezemos para que nossas religiosas sejam verdadeiras e intactas esposas de Cristo, para que sejam “lírios do campo”, como um grande benfeitor da Ordem das Ursulinas se referia a elas.
Rezemos para os sacerdotes brasileiros sejam verdadeiros missionários e se espelhem no exemplo do Beato José de Anchieta que em breve receberá a honra dos altares.
 

 
 
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74 Comentários

  • “Em entrevista ao G1, “Cardeal João Braz de Aviz criticou a postura de alguns padres cantores, mas preferiu não citar nomes… Afirmou, “nem tudo nos nossos padres cantores está claro, basta olhar. É preciso voltar ao essencial, questionar o porque se está ali cantando aquela música na televisão. Qual a razão que me faz estar aqui? É Jesus Cristo? Minha fama? O dinheiro?”
    Então, acredito que, sabiamente, Dom Braz deixa lacunas para receber opiniões. Obviamente criticas construtivas capazes de agregar e colocar Padres e a música católica em seus devidos lugares. E mais, sendo brasileiro, Dom João Braz deve estar bem informado sobre o assunto.
    Eu particularmente prefiro os padres cantando nas missas, onde a Musica é um Meio de Evangelizar, não um Fim para autopromoção.
    Nesse contexto, cito Padre Reginaldo. Ele também canta e prega para multidões, mas sempre priorizando rezar missas na sua “Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe” em Curitiba, para onde destina toda a arrecadação dos seus shows, etc.
    Então, vamos aguardar a resposta do Cardeal João Braz. Enquanto isso, vamos rezar por nossos sacerdotes e seus Bispos. Paz e Bem!

    Resposta
  • As palavras dirigidas por Marcos Aurélio ao dr. Júlio foram muito importantes para mim. Eu gostaria de saber quem é o Marcos Aurélio. É sacerdote? Além de sacerdote, seria teólogo? Seria um leigo muito bem preparado em matéria cristã e suficientemente corajoso para enfrentar uma tendência que só os cristãos autênticos podem enfrentar? Observei os pontos básicos do texto: a) na polêmica religiosa atual, “não se trata de pontos de vista diferentes”, mas de interpretação certa ou errada da Doutrina e da Moral católica; b) na situação atual não cabe o paralelismo com o que aconteceu com São Pedro e São Paulo, pois… c) hoje o que se quer é mudar os ensinamentos perenes da Santa Igreja por meio de sofismas e utilização de formas dúbias de linguagem …; d) por que não designar, sempre São Pedro e São Paulo…? e) a expressão “quem sou eu para julgar também não calha, porque não se trata de julgar por arbítrio próprio….f) todo católico autêntico deve ter o que se chama “senso católico” e …”; g) todo católico deve saber julgar …; h) o amor a Deus sobre todas as coisas não importa que o católico seja indiferente aos acontecimentos …; i) o cristão deve julgar tudo em função do amor de Deus….; j) quem não tem amor de Deus é que é frouxo.
    Os tópicos alinhados acima do dr.Júlio por uma entidade realmente católica. Aguardarei a publicação do, digamos, segundo examinador.

    Resposta
  • Como eu gostaria de ver a resposta de Sua Eminência, Cardeal Dom João de Aviz, a esta carta aberta!

    Resposta
  • Gostaria de saber o motivo pelo qual meu comentário não está mais publicado. Está ainda sob avaliação?
    Grato.

    Resposta
    • Dr. Júlio,
      Boa Noite!
      De fato o seu comentário, postado na manhã de hoje, ainda não foi liberado para ser melhor analisado também por outros membros da Associação. A questão é que, à primeira vista, parece transparecer nele uma certa ideia de ecumenismo. Na realidade, na polêmica religiosa atual, não se trata de “pontos de vista diferentes”. Trata-se de interpretação certa ou errada da Doutrina e da Moral católica.
      Também na situação atual não cabe o paralelismo com o que aconteceu com São Pedro e São Paulo. Pois São Pedro reconheceu o erro, acatou os argumentos de São Paulo e lhe deu total aprovação. Hoje, pelo contrário, o que se quer é mudar os ensinamentos perenes da Santa Igreja por meio de sofismas e utilização de formas dúbias de linguagem para os fieis irem acostumando com heresias disfarçadas. Por exemplo, porque não designar, sempre, São Pedro e São Paulo com a menção daquilo que mais os dignifica que é a Santidade, mas dizer apenas Pedro e Paulo? Os protestantes é que fazem isso! Ora, devemos nos diferenciar completamente da mentalidade protestante…
      A expressão “quem sou eu para julgar” também não calhar porque não se trata de julgar por arbítrio próprio, mas segundo as sentenças sabidas e conhecidas da Tradição da Igreja. Todo católico autêntico deve ter o que se chama “senso católico” e perceber quando alguma atitude, maneira de ser ou de proceder não coaduna bem com aquilo que sempre foi bom. Todo católico deve ser militante! Portanto, todo católico deve saber julgar e não ir aceitando quaisquer inovações tanto litúrgicas quanto morais.
      O “amar a Deus sobre todas as coisas” não importa que o católico seja indiferente aos acontecimentos. Pelo contrário. É mesmo por isso que ele deve julgar tudo em função do amor de Deus. E portanto com mais empenho e radicalidade em função do grau de seu amor de Deus. Quem não tem amor de Deus é que é frouxo no rejeitar e no combater tanta heresia e tanta blasfêmia.
      Assim sendo, nos termos em que está redigido o seu comentário, na minha opinião, não dá para ser liberado. Mas deverá ser também analisado por mais um cooperador da Associação. Por ser que na sua intenção não tenha o que eu disse. Contudo devemos ponderar não a intenção mas aquilo que se deduz do que está efetivamente escrito.
      Cordialmente,
      Marcos Aurélio Vieira
      30.7.2014

      Resposta
  • @Daniela
    Daniela, não estamos condenando as maneiras de evangelizar mas apontando alguns exageros que não condizem com o comportamento de nossos religiosos, principalmente no meio secular.
    A carta expõe uma preocupação pertinente.

    Resposta
  • Concordo com evangelização através da música desde que seja uma canção católica apostólica romana e longe do assédio da mídia secular.
    Graça e Paz
    ENS – Brasil

    Resposta
  • Caro irmão em Cristo
    Boa tarde!!
    Sinceramente,de fato, a sua opinião expressa nessa carta é bem pertinente, porém discordo em alguns pontos. O próprio Jesus nos envia dizendo que nós não somos do mundo mas precisamos estar nele sendo sal e luz!! Nós nao conhecemos o coração ( no sentido de sentimentos, personalidade, problemas, enfim a vida do outro) das outras pessoas, portanto é muita pretensão julgar o próximo! Não sabemos o que esses religiosos pensam, como se setem, além disso os nossos dons nos foram dados para a edificação da Igreja! Irmã Cristina rezou firmemente um Pai-Nosso ao término do programa mesmo que praticamente sozinha! Aquele que é verdadeiramente sacrário vivo, é capaz de com a sua presença manifestar a presença de Jesus, e eu enxerguei essa qualidade nela! Aquele jeitinho carismático, santo à sua maneira, que pode muito bem ter conquistados os corações de muitas pessoas através do acolhimento em seu olhar, não sabemos, ao certo, quais são suas ações concretas, mas uma vida intensa de oração sabemos que ela tem, sabe por que? Porque ela transmite isso para a gente somente com sua maneira de ser. Existem, meu caro, n maneiras de evangelizar, e acredite, uma expressão muitas vezes fala mais que mil palavras! Padre Fábio de melo, por exemplo, nos fala de Jesus através de suas canções, como diz Santo Agostinho: “quem bem canta reza duas vezes”, e essas canções são poderosamente capazes de converter a nossa vida! Ele não para por aí, ele prega na CN e tem sua vida de oração pessoal que é de extrema importância para a intimidade com Deus. O que eu quero te dizer é que não sabemos, mas muitos corações provavelmente foram tocados através dessas e de tantas outras pessoas que entregam suas vidas ao Senhor! A palavra da Irmã Cristina de que Jesus não nos tira nada talvez tenha sido no sentido de que o que temos que renunciar já não era nada, mas nós tínhamos como se fosse algo quando na verdade fosse superficial diante da grandeza do Sim a Deus! O fato de ela ser do time daquele cantos todo tatuado não em si mal, mas, quem sabe, ela não tenha conseguido mudar algo dentro dele com o testemunho de cristã autêntica. Não dá, meu irmã, para julgarmos as pessoas como se fossemos o próprio Deus. É bem verdade que temos padres que nao dão o testemunho necessário em suas paróquias, mas a nossa Igreja é muito mais que essa picuinhas, é muito mais do que nossas humildes opiniões, é a Esposa de Cristo e nós a somos!! Muitas coisas são preocupante sim, mas antes de olhar o cisco no olho do outros vamos olhar a trave em nosso olho, será que estamos dando o nosso sim à vontade de Deus? Será que estamos ajudando o próximo? estamos sendo Luz do mundo e sal da terra? estamos sendo sacrários vivos e propagando o nome santo de Jesus? Não é porque são padres e religiosas que tem mais deveres do que a gente, leigos, não!! Todos somos igualmente filhos de Deus e O conhecemos dependentemente da nossa intimidade como Ele, e isso somos nós quem escolhemos em particular!! é claro que existem coisas erradas, afinal somos uma Igreja santa e pecadora, santa por que somos de Deus e pecadora por que somos humanos, da carne, e portanto pecadores, mas o que estamos fazendo para mudar essa realidade? nem que seja uma pequena ação na nossa paróquia, mas Deus vê a ação mas simples do coração mais pobre e a ação mais pobre do coração mais simples, o que importa, meu amigo, é o nosso amor a Deus e ao próximo!! Admiro sua preocupação, realmente nao é infundada, mas precisamos primeiro, em particular, sermos uma Igreja viva e atuante, sermos imagem de Jesus e portanto, mansos e humildes de coração!

    Resposta
  • Sra. Maria Cristina Castanheira,
    Boa Tarde!
    Com relação à sua “mensagem” (transcrita abaixo) criticando minha posição sobre a publicação de seu “comentário” contrário à nossa Carta Aberta a Dom João Braz de Avis, a propósito de apresentações televisivas especificamente do Padre Fabio de Melo, parece-me que a divergência toda se prende à uma questão de mentalidade e na concepção de alguns pontos da doutrina católica.
    Por exemplo, a Igreja sempre ensinou que os inimigos dos homens são: o mundo, o demônio e a carne. O demônio e a carne é mais fácil de se ver o que é. Por “mundo” se entende tudo aquilo que gira em torno de 4 coisas: o prestígio, o poder, o dinheiro e os prazeres de modo geral (viagens, comidas, bebidas, divertimentos, etc.). Ou seja, aquilo que desvia a pessoa da sua finalidade última: ir para o Céu. Uma das vitórias de Nosso Senhor Jesus Cristo foi que Ele venceu o mundo. Agiu de modo a recusar o prestígio, o poder, o dinheiro e os prazeres para realizar a redenção do gênero humano. Ele, Nosso Senhor, é a fonte de todo bem e o exemplo a ser seguido pelos católicos, antes de tudo por aqueles que são seus dignos ministros.
    Ora, é sabido que os meios de comunicação social, sobretudo a televisão, está em poder completo do mundo, promove os desígnios do demônio (perder as almas) e a imoralidade. Tanto é assim que qualquer televisão está completamente fechada para qualquer pessoa que seriamente combata o mal, dando a doutrina católica como ela foi ensinada pelos Doutores e Santos ao longo dos tempos. Para aqueles que ensinam a autêntica doutrina católica, por inteiro, na televisão não existe “voz nem vez”. Se falam uma vez, se tanto, e depois desaparecem… Agora, se aparecem sempre em programas e deles até se faz propaganda, é porque de alguma forma favorecem o mal, não tem como escapar.
    Quanto ao conceito de “democrático” também é conveniente um esclarecimento. A ideia de “democracia” no sentido de que todo mundo é igual em tudo, e todos têm os mesmos direitos e valores, é uma mentira. É um slogan criado pelos promotores da Revolução Francesa. No conceito verdadeiro, dado pelo Papa Leão XIII em suas Encíclicas, democracia autêntica é aquela pela qual se leva em consideração, no governo, os bons costumes dos povos. Por definição, o “povo” nunca é feito para governar. Foi feito para ser governado. E para que ele seja bem governado é preciso que os seus bons costumes sejam observados, pelos que governam. Os bons costumes de um povo nascem do seu feitio psicológico, da recusa às más tendências e da valorização das boas tendências. Ou seja, da tradição formada pela prática da virtude. Essa “democracia” em que se diz que o “voto” é igual para todos e vale igualmente, é uma irrealidade, com a qual a demagogia está levando os países para a derrocada da civilização. A própria Revolução Francesa – cujos erros espalharam pelo mundo – não foi nada democrática.
    A senhora diz:
    1) “Continua colocando aqui apenas aquelas mensagens que o senhor julga conveniente”.
    Sim, é perfeitamente isso. Mensagens inconvenientes preferimos não publicar. Quais são consideradas inconvenientes? São aquelas com apenas afirmações vazias, sem conteúdo doutrinário autêntico, insultantes ou com opiniões sem nenhuma relação com a matéria em questão. Não tem sentido dar ao leitor bem intencionado um texto que não vai lhe acrescentar nada de proveitoso para a alma. Pelo contrário, os “comentários” com argumentos criteriosos, mesmo se discordantes, esses são publicados.
    2) “Um site que precisa ter uma aprovação do que se publica não é nada confiável”.
    É exatamente o contrário: um site que não tem aprovação do que se publica esse é que não merece confiança, pois então publicaria qualquer coisa, sem um critério definido!
    3) “… Enquanto temos tantos outros padres praticando pedofilia…”
    Não é porque “tantos outros” padres praticam pedofilia que se possa “praticar” qualquer outra forma dita “evangelizadora”, ainda mais quando é escandalosa. Todo religioso que procura viver com gente mundana, correndo atrás de prestigio e de dinheiro, aparentando fazer o bem do jeito e na forma como os maus fazem (adotando jeitos e trejeitos dos mundanos), na realidade está é traindo sua vocação. O religioso, para ser autêntico, necessita relegar o mundo, inclusive do ponto de vista do celibato. Ele não escolhe o celibato por opção. Uma vez sendo sacerdote, essa opção ou não do celibato já foi tomada antes de sê-lo. Depois, não tem mais opção! É como o matrimônio, perante Deus. Uma vez assumido, é para sempre…
    Marcos Aurélio Vieira
    ———————————————————————————————————–
    “Comentários” da senhora Maria Cristina Castanheira Silva:
    “É, Sr Marcos Aurélio Vieira, percebo que o senhor continua colocando aqui apenas as mensagens que quer, ou melhor, aquelas que o senhor julga conveniente.
    Um site que precisar ter uma aprovação do que se publica não é nada confiável.
    Lançar uma carta dessas contra Pe Fábio e publicar apenas as considerações favoráveis demonstra que este site não está aberto a outro tipo de opinião que não seja favorável ao ato insano do conteúdo desta carta.
    Eu não leio mais nada, para mim está mais que provado que o senhor como analista das mensagens está tendencioso e isso não é democrático, foge totalmente dos objetivos de uma página aberta a comentários, já que se publica apenas o que o senhor julga estar correto.
    Isso sim é hipocrisia pura.
    Me desculpe os termos usados, mas infelizmente não encontro outra forma de colocar minha opinião que julgo ser humilde, mas de grande valor, pois demonstra meu respeito ao trabalho de um padre que está apenas evangelizando enquanto temos tantos outros padres praticando pedofilia. Nem vou falar dos homossexuais, pois ao meu ver a vida íntima de um ser humano mesmo que seja padre não compete ao julgamento de seres humanos, e sim ao julgamento de Deus no dia que isto acontecer.
    Não somos nada nesta vida, o que levamos desta vida são nossos atos e com toda certeza eu não levarei em minhas costas a culpa de lançar aos leões um ser humano como Pe Fábio de Melo. A ele todas as glorias, a ele todas as honras…”
    Maria Cristina Castanheira Silva

    Resposta
  • ola eu quero responder não concordo com esses padres cantor que esquece que é padre
    e fica dando uma de gala eles dão mais importância é para para os aplauso do que a palavra de
    DEUS; na verdade eles não querem assumir ser padre; gosta é de fazer sucesso usando calça
    tão apertada que dá vergonha naqueles que dedicam a vida por amor A JESUS, de verdade de todo coração; na verdade são impostores que atravessam o caminho dos q tem coração cheio de amor de DEUS que são verdadeiros apóstolos de JESUS // esses que só querem aparecer usando / pulseiras relógios anéis de ouro // essas coisas não agrada
    JESUS

    Resposta

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