O PNDH-3 é a temerária tentativa de implantação no Brasil da utopia igualitária decorrente de uma concepção do universo – Weltaunchauung – diametralmente oposta à estabelecida por Deus. Este criou desiguais e hierarquizados num maravilhoso plano, os reinos mineral, vegetal e animal, para que seus elementos constitutivos espelhassem algo da perfeição infinita do Criador.
Os planetas e os satélites, por exemplo, constituem uma hierarquia, na qual estes obedecem àqueles; o ouro, o diamante, as pedras preciosas, valem segundo suas respectivas hierarquias; existem as madeiras de lei, consideradas nobres, e as comuns, pelas quais ninguém paga o mesmo que pelas nobres; quem vai pretender que o rei dos animais – não se zanguem os evolucionistas – seja o gorila, e não o leão?
No topo de tudo, como rei da criação, Deus colocou o homem, feito à sua imagem e semelhança. E não achando conveniente que ele ficasse só, deu-lhe em companhia a mulher.
Deus amou de tal modo essa ordem, cuja observância conduz as almas para o Céu, que não hesitou enviar seu Filho para resgatá-la com o preço do próprio sangue, quando ela corria grande risco de fanar pela infidelidade de nossos primeiros pais, colocados no Paraíso para iniciarem a sociedade humana.
Ei-los na condição de remotíssimas sementes da grande forjadora da sociedade e dos Estados que é a família – este pequeno reino com um rei, uma rainha e súditos, onde o amor e o respeito recíprocos dos primeiros se estendessem sob a forma de carinho e proteção aos últimos, que retribuem por sua vez com gratidão e acatamento.
A propriedade é um corolário da família, cuja propensão natural é melhorar as condições de existência de seus membros com vistas a assegurar um futuro promissor aos filhos e às gerações seguintes.
Com imperfeições maiores ou menores causadas pelo livre arbítrio humano e as vicissitudes dos séculos, essa ordem de coisas desejada por Deus funciona no Brasil até os nossos dias.
O PNDH-3, entretanto, a contraria frontalmente, e sua aplicação redundará na constituição de uma sociedade atéia, igualitária e utópica sonhada pelos socialistas radicais, onde os símbolos religiosos, o aborto, o “casamento” homossexual, o ensino de doutrinas perniciosas à infância, o enfraquecimento do pátrio-poder, a perseguição à propriedade privada e às Forças Armadas, o controle da imprensa etc., constituirão práticas comuns.
Lutemos antes que as chamas desse possante lança-granadas incendeiem o Brasil inteiro!
Texto de Hélio Viana, publicado originalmente no IPCO