Quando se fala nas aparições de Fátima, muitos se lembram dos três pastorinhos e das mensagens de Nossa Senhora. No entanto, poucas pessoas conhecem a história de um dos maiores defensores dessas aparições: o Padre Manuel Nunes Formigão.
Curiosamente, ele não foi um dos primeiros a acreditar. Pelo contrário, começou sua jornada como alguém que duvidava da autenticidade dos relatos das aparições. Mas algo extraordinário aconteceu e transformou completamente sua visão.
A dúvida e desconfiança do Padre Manuel Nunes Formigão
Em 23 de julho de 1917, um artigo publicado no jornal português O Século trouxe ao conhecimento do público as aparições de Fátima. O texto, no entanto, não era favorável. Com um título carregado de ironia — “Uma embaixada celestial ou especulação financeira” — a reportagem insinuava que tudo poderia ser uma invenção ou um engano popular.
Foi por meio dessa publicação que o Padre Manuel Nunes Formigão, professor no Seminário de Santarém, ficou sabendo do que acontecia na Cova da Iria.
Na época, ele via tudo com muita desconfiança. Para ele, poderia ser apenas superstição popular ou um exagero dos camponeses. Mesmo assim, algo o inquietava, e ele decidiu ver com os próprios olhos.
A primeira visita a Fátima
No dia 13 de setembro de 1917, o Pe. Formigão fez sua primeira viagem a Fátima. Observando a multidão e o que acontecia no local, não ficou impressionado. Pelo contrário, reforçou suas dúvidas, chegando a escrever em um jornal que suas primeiras impressões não foram animadoras.
Durante algum tempo, ele manteve uma atitude de prudente expectativa, evitando conclusões precipitadas. Mas o destino lhe reservava uma grande reviravolta.
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O encontro com os pastorinhos e o choque da verdade
Duas semanas depois de sua primeira visita, o Pe. Formigão recebeu um pedido do Arcebispo de Milene, D. João Evangelista Lima Vidal. Como sacerdote formado em Teologia e Direito Canônico, ele foi designado para investigar os acontecimentos com imparcialidade.
No dia 10 de outubro de 1917, ele voltou a Fátima, dessa vez determinado a conduzir um inquérito rigoroso. Conversou com padres locais, moradores e, principalmente, com os três pastorinhos.
Ele interrogou Lúcia, Francisco e Jacinta diversas vezes entre outubro e novembro de 1917. Foi extremamente minucioso, fazendo perguntas duras para tentar encontrar falhas em suas histórias. Mas, para sua surpresa, as crianças respondiam com coerência e simplicidade, sem se contradizerem.
Cada resposta dos pequenos videntes começou a desfazer as dúvidas do sacerdote. Mas foi no dia 13 de outubro de 1917 que o último sinal foi dado.
O Milagre do Sol: a prova que mudou tudo
Naquele dia, uma multidão de cerca de 70 mil pessoas estava reunida na Cova da Iria. Chovia muito, e o solo estava encharcado. Mas, de repente, o céu se abriu, e algo incrível aconteceu: o sol começou a girar, mudar de cor e parecia se aproximar da Terra.
O Milagre do Sol, como ficou conhecido, foi presenciado não apenas pelos fiéis, mas por jornalistas e até pessoas que estavam a quilômetros de distância do local.
O Padre Formigão viu tudo com os próprios olhos. Diante desse acontecimento extraordinário, ele não podia mais negar: as aparições de Nossa Senhora eram reais.
Mais tarde, ele escreveu no jornal A Guarda:
“Mas só no dia 13 de outubro, quando presenciei o fenômeno solar, é que reconheci a importância dos sucessos maravilhosos de Fátima e resolvi proceder por minha iniciativa e por mero prazer intelectual a um inquérito tão profundo e minucioso quanto comportava o cumprimento dos meus deveres profissionais.”
De incrédulo a defensor fervoroso de Fátima
Depois dessa experiência, o Pe. Formigão se tornou um dos maiores divulgadores das mensagens de Nossa Senhora de Fátima.
Ele escreveu diversos artigos, sempre sob o pseudônimo “Visconde de Montelo“, para evitar críticas da Igreja, que ainda avaliava os acontecimentos.
Seu desejo era escrever um estudo crítico definitivo sobre as aparições, algo que nunca conseguiu concluir. Mas sua contribuição foi essencial para a aceitação dos eventos de Fátima.
Ele não foi o único a passar por essa transformação. Padre Pio, o santo das chagas, também foi um grande devoto de Nossa Senhora de Fátima. Assim como Formigão, acreditava que Maria vinha ao mundo para nos chamar à conversão.
O que essa história ensina para nossa vida?
A trajetória do Padre Formigão mostra que a fé pode nascer até nos corações mais céticos. Às vezes, temos dúvidas e dificuldades para acreditar nos planos de Deus, mas Ele sempre encontra um jeito de nos mostrar a verdade.
Assim como o Pe. Formigão, podemos ter momentos de incerteza. No entanto, a fé não exige que entendamos tudo de imediato. Pelo contrário, muitas vezes é no tempo de Deus que as respostas chegam.
Se até um sacerdote altamente instruído precisou ver para crer, quantos de nós não passamos pelo mesmo?
O convite de Nossa Senhora continua vivo. Fátima é um chamado à conversão, à oração e à confiança em Deus.
E você? Já se preparou para fortalecer sua fé e permitir que Nossa Senhora toque seu coração?
Então, convidamos você a fazer um gesto de fé:
Inscreva-se na Missa de Súplicas para Nossa Senhora de Fátima.
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Nossa Senhora espera por você com amor e misericórdia!