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Quero render aqui um especial preito de homenagem Àquele que tudo é, e sem o qual nada nem ninguém existiria.
Àquele que, se deixasse de pensar e sustentar o mundo e os homens, estes simplesmente se desfariam.
Entretanto, o dia 10 de dezembro, escolhido pelo orgulho humano “libertado de preconceitos religiosos” como data comemorativa de seus direitos;
Os quais, na maioria das vezes, têm significado o espezinhamento puro e simples dos Direitos de Deus — é na realidade a data da festa de Nossa Senhora de Loreto.
D’Aquela que, por sua humildade, encontrou graça diante de Deus e cuja casa foi transportada milagrosamente do Oriente por Anjos, encontrando-se hoje na Itália.
Com efeito, Deus é Senhor nosso por direito e por conquista.
Por direito, por ser o nosso Criador, o único a nos dar a vida e o único com o direito de tirá-la.
E por conquista, por nos ter remido pelo preço de seu preciosíssimo Sangue vertido até à sua última gota por nós na Cruz.
Pois bem, o Criador não nos criou e deixou-nos em seguida à deriva.
Para que pudéssemos cumprir a razão de ser de nossa existência;
Conhecer, amar e servir a Deus e depois gozar da felicidade eterna no Céu;
Ele nos transmitiu os seus preceitos, consubstanciados nos Dez Mandamentos.
Trata-se do mais perfeito dos códigos, cuja observância nos traria toda a felicidade possível nesta Terra de exílio.
Mas também, ao nos ensinar no Pai-Nosso “venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade, assim na Terra como no Céu”;
Ele quis nos mostrar que os Dez Mandamentos não foram ditados apenas para serem praticados na esfera individual, mas devem regular toda a vida em sociedade;
Penetrando as leis, as artes, os costumes, a literatura, as instituições do Estado, etc.
Assim, ao invés de milhões de leis, de várias dezenas de ministérios, de autarquias, e de quanto mais se queira, todos ineficazes ou quase tanto;
Tudo funcionaria indizivelmente melhor se os homens fizessem caso do preceituado em somente dez pontos pelo nosso Criador;
Que é também nosso Pai;
Com vistas a alcançar a felicidade terrena e eterna.
Foi o que aconteceu na Idade Média, A doce Primavera da Fé, cujos detratores insistem em chamar de Noite de mil anos;
Embora vivam visitando as maravilhas surgidas de suas “trevas” e frequentando as suas Universidades em busca de luz…
Com efeito, na Idade Média, a generalidade das pessoas, das instituições e dos Estados procurava se inspirar na doutrina católica;
Dando origem a uma sociedade teocêntrica, ou seja, que tinha a Deus no centro.
Mais tarde, por ocasião do “Renascimento”, o mundo ocidental se “emancipou”;
Indo exumar os restos do paganismo com os quais construiria uma sociedade antropocêntrica;
Cujo auge estamos vivendo com a exaltação dos direitos humanos e o completo olvido dos Direitos de Deus.
Quem quiser se aprofundar a respeito, recomendo vivamente a obra-prima;
Revolução e Contra-Revolução, do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira.
Concluo com estas palavras lapidares da Encíclica Immortale Dei, com as quais o Papa Leão XIII descreveu a Idade Média:
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“Tempo houve em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. Nessa época, a influência da sabedoria cristã e a sua virtude divina;Penetravam as leis, as instituições, os costumes dos povos, todas as categorias e todas as relações da sociedade civil.
Então a religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era florescente;Graças ao favor dos príncipes e à proteção legítima dos magistrados.
Então o sacerdócio e o império estavam ligados em si por uma feliz concórdia e pela permuta amistosa de bons ofícios.
Organizada assim, a sociedade civil deu frutos superiores a toda expectativa, frutos cuja memória subsiste e subsistirá;Consignada como está em inúmeros documentos que artifício algum dos adversários poderá corromper ou obscurecer.”
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Fonte: abim.inf
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