Barrie Schwortz é uma das maiores autoridades mundiais sobre o Santo Sudário.
Como técnico em fotografia, ele participou o primeiro grande exame em profundidade dessa preciosa relíquia em 1978, na equipe do famoso Shroud of Turin Research Project (STRUP).
O STRUP inaugurou uma longa série de análises e aprofundamentos do ponto de vista das mais variadas ciências, que revelou – aliás, continua revelando – detalhes surpreendentes e nunca antes imaginados sobre o Homem do Sudário.
A convergência dos resultados dessa imensa série de exames é tão espantosa que ficou muito difícil negar que o Homem do Sudário não seja outro que Nosso Senhor Jesus Cristo.
Barrie Schwortz é um hebreu não praticante que aceitou com relutância participar do STRUP. Ele estava plenamente convencido de que o Santo Sudário era alguma fraude montada na Idade Média.
Mas após muitos anos de pesquisa e reflexão, passou a acreditar em
sua autenticidade.
Preocupado com a informação imprópria veiculada pela mídia sobre o Sudário de Turim, ele criou um site onde difunde a verdadeira história da relíquia e os resultados dos testes de que ela vem
sendo objeto.
Barrie Schwortz concedeu uma entrevista com valiosas informações ao Catholic World Report (CWR). Reproduzimos alguns excertos:
CWR: quais são alguns dos argumentos mais impressionantes em favor da autenticidade do Sudário?
Barrie Schwortz: Há 37 anos, quando fui à Itália com a equipe do STRUP, eu achava que era algo falso, algum tipo de pintura medieval. Mas após apenas 10 minutos de análise, percebi que não era uma pintura.
CWR: Quais são algumas das falsidades mais comuns que se falam do Sudário?
Enquanto fotógrafo profissional, fui procurar as pinceladas.
Mas não havia tinta nem pinceladas!
Durante mais de 17 anos eu me recusei a aceitar que o Santo Sudário fosse autêntico. O argumento que me fez mudar de ideia está relacionado com o sangue.
O sangue no Sudário é avermelhado. Porém, o sangue num pano de roupa, em poucas horas fica marrom ou preto.
Eu conversei pelo telefone com Alan Adler, um químico especialista em sangue, e manifestei-lhe minhas reservas. Ele ficou chocado e perguntou: “Mas você não leu o meu estudo?”
Ele havia detectado uma alta proporção de bilirrubina no Sudário, fato que explica por que o sangue ficou vermelho.
Se um homem é ferido e não bebe água, seu fígado começa a produzir bilirrubina. Isso faz com que o sangue fique vermelho para sempre.
Para mim foi como achar a última peça do quebra-cabeça. Eu não tinha mais argumentos contra.
Essa foi a evidência final que me convenceu. Não é que uma só evidência prova a autenticidade do Sudário. Mas todo o conjunto das evidências sim, prova isso.
Um dos meus testemunhos favoritos em favor da autenticidade do Sudário é de minha mãe, que é judia. Ela veio da Polônia e só estudou na escola.
Ela assistiu a uma de minhas palestras. Depois, voltando de carro para casa, após ficar em silêncio um longo tempo, eu lhe perguntei:
– Mãe, no que está pensando?
Ela respondeu:
– Barrie, é evidente que é autêntico. Eles não o teriam conservado durante 2.000 anos se
não fosse.
Pela lei judia, um sudário manchado de sangue devia ser mantido no túmulo. Tirando-o dali, você de fato assumiria o risco de violar a lei.
Para mim, a explicação mais plausível sobre o Sudário, do ponto de vista da ciência e de meus fundamentos pessoais judeus, é de que o pano foi usado para envolver o corpo de Jesus.
Schwortz: Tomaria horas compor essa lista. Parece existir uma cacofonia constante de insensatez funcionando contra o Sudário.
CWR: O que é que fala o Sudário sobre os sofrimentos físicos de Cristo?
Schwortz: Ele é, literalmente, um documento da Paixão e da tortura que Jesus sofreu. Seu rosto foi duramente golpeado, está inchado sobretudo em volta dos olhos. Eu sou fã de boxe profissional. A imagem do Sudário me lembra de um boxeador que perdeu a luta.
O homem foi severamente açoitado. Isso se observa não só nas feridas nas costas, mas podem-se ver as tiras de couro que o atingiram, envolvendo o corpo, e que bateram pela frente também.
De um ponto de vista forense, a imagem do Sudário fala mais do que as representações comuns que vemos na arte.
Ele tem um ferimento de lança no lado. Suas pernas não estão quebradas, como era geralmente o caso quando os homens eram crucificados. Sua cabeça e o couro cabeludo estão cobertos de feridas.
Mais uma vez, na arte muitas vezes vemos a coroa de espinhos como se fosse um pequeno círculo que se assemelha a folhas de louro em torno da cabeça de Cristo. Mas isso não é realista. Os soldados na verdade puseram um espinheiro sobre sua cabeça e o esmagaram sobre ela.
Vemos a parte externa de uma mão, indicando que os pregos não foram cravados pelo centro da palma da mão, mas uma polegada mais perto do pulso.
Isso faz sentido para um soldado romano crucificando 20 ou mais pessoas ao mesmo tempo. É o lugar perfeito para se colocar um prego que vai segurar, e então você pode passar para a sua próxima vítima.
Em relação aos pés, é impossível para nós julgar se foi usado um único prego para ambos os pés, ou se foi usado um em cada pé.
Nós temos os restos reais de duas vítimas da crucifixão, e nesses casos foram usados dois pregos, um em cada pé.
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2 Comentários
Minha fé é viva, mesmo sem ver, nunca tive dúvidas de que o Santo Sudário é verdadeiro.
Eu ainda não entendi porque as pessoas duvidam tanto da existência desses fatos. Eu acredito que a marca e/ou, formato deixado no tecido tenha sido proposital, principalmente que ela tenha resistido até os dias de hoje. Talvez uma forma de mostrar as pessoa a verdadeira feição da face de Cristo e da sua existência. A maior parte das imagens e fotografias de Jesus espalhadas pelo mundo tem feições finas, pele branca, olhos azuis e cabelos loiros. Pelo que é mostrado na foto do Santo Sudário não parece assim. É uma imagem forte. Mais independente desses pequenos detalhes, só o fato desse material resistir o tempo não deveria existir dúvidas. Eu não tenho uma fé tão forte, não porque eu não queira, mas a minha condição humana (fraqueza)…, mais eu acredito que Jesus veio ao mundo e que deixou rastros de sua existência e permanência na terra, para que as pessoas que não viveram na sua época de condição humana tivessem dados de que Ele esteve aqui.