O milagre do Sol presenciado por um cientista. O que ele disse a respeito?
Milhares de pessoas se reuniram perto de Fátima, Portugal, em 13 de outubro de 1917, para testemunhar a aparição de Nossa Senhora. O fenômeno que eles viram ficou conhecido como o “Milagre do Sol”.
De acordo com várias fontes, o Dr. Gonçalo de Almeida Garrett, professor de Ciências Naturais da Universidade de Coimbra, esteve presente em Fátima e, mais tarde, recordou o ocorrido.
Um relato sobre o Milagre do Sol
O filho do professor, Dr. José Almeida Garret, divulgou o relato que o pai dele fez. A princípio, o cientista disse que nada de extraordinário ocorreu:
“Eu estava olhando para o local das aparições, numa expectativa serena, embora fria, de algo acontecer, e com curiosidade cada vez menor, pois muito tempo havia se passado sem que nada me chamasse a atenção.
Então ouvi um grito de milhares de vozes e vi a multidão, de repente, virar as costas e os ombros para longe do ponto para o qual até agora havia dirigido sua atenção e se virar para olhar o céu do outro lado.“
O que aconteceu a seguir, entretanto, desafiou todo o raciocínio científico:
“Deviam ser quase duas horas na hora legal e cerca de meio-dia pelo sol.
O sol, alguns momentos antes, havia rompido a espessa camada de nuvens que o escondia e brilhava clara e intensamente.
Desviei-me para o ímã que parecia atrair todos os olhos, e o vi como um disco de borda bem definida, luminoso e brilhante, mas que não machucava os olhos.
Não concordo com a comparação que ouvi fazer em Fátima – a de um disco de prata fosca.
Era uma cor mais clara, mais rica, mais brilhante, com algo do brilho de uma pérola.
Não se parecia em nada com a lua em uma noite clara, porque a gente via e sentia que era um corpo vivo.
Não era esférico como a lua, nem tinha a mesma cor, tom ou sombra. Parecia uma roda envidraçada feita de madrepérola.
Não poderia ser confundido, também, com o sol visto através do nevoeiro (pois não havia nevoeiro na altura), porque não era opaco, difuso ou velado.”
Paisagem diferente
A princípio, ele temeu o que estava acontecendo e tentou se afastar:
“Durante o fenômeno solar, que acabei de descrever em detalhes, ocorreram mudanças de cor na atmosfera. Olhando para o sol, percebi que tudo ao redor estava escurecendo.
Olhei primeiro para os objetos mais próximos e depois estendi meu olhar mais longe, até o horizonte. Eu vi tudo cor de ametista.
Os objetos ao meu redor, o céu e a atmosfera, eram da mesma cor. Um carvalho próximo lançou uma sombra dessa cor no chão.
Temendo estar sofrendo de uma afecção na retina, explicação improvável porque naquele caso não se viam as coisas de cor púrpura, virei-me e fechei os olhos, mantendo as mãos diante delas para interceptar a luz.
Ainda de costas, abri os olhos e vi que a paisagem estava com a mesma cor roxa de antes.”
Juízo perfeito
Ao final, o Dr. Garrett afirmou que estava em seu juízo perfeito e não sofria de alucinação:
“De fato, tudo (perto e longe) havia mudado, assumindo a cor do velho damasco amarelo. As pessoas pareciam estar sofrendo de icterícia, e lembro-me de uma sensação de divertimento ao vê-las parecer tão feias e pouco atraentes.
Minha própria mão era da mesma cor.
Todos os fenômenos que descrevi foram observados por mim em um estado de espírito calmo e sereno, e sem qualquer perturbação emocional. Cabe a outros interpretá-los e explicá-los.”
O Milagre do Sol inaugurou uma nova onda de devoção a Nossa Senhora que permanece até hoje.
Fonte: Aleteia
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