Não foi só no templo que Maria ofereceu o Filho à morte. Ofereceu-o em todos os momentos de sua vida. Ela mesma revelou a Santa Brígida que essa dor, profetizada por Simeão, só se apartou de sua alma quando de sua Assunção ao céu.
Diz-lhe por isso Eádmero: “Ó Senhora, eu não creio que pudésseis viver assim um só momento, se o próprio Deus, doador da vida, não vos tivesse confortado com sua divina virtude. Também São Boaventura fala da grande aflição que Maria experimentou precisamente neste dia, afirmando que ela “vivia morrendo a cada instante”. Pois cada instante erra assaltada pela dor da morte do seus amado Jesus, “dor mais cruel que qualquer morte”.
De que sublime grandeza é por isso o mérito que, na salvação do mundo, adquiriu Maria por meio de tão grande sacrifício!
Justamente, pois, Santo Agostinho a chama “reparadora do gênero humano”, São Epifânio, redentora dos escravos, Eádmero , renovadora do mundo perdido, são Germano, auxílio em nossa misérias, São Ambrósio, mãe de todos os fiéis, André de Creta, a mãe da própria vida.
O abade Arnold de Chartres diz que Maria na morte de Jesus uniu de tal modo sua vontade à do Filho, que ambos ofereceram um só e mesmo sacrifício. Por isso ambos operaram a humana redenção e obtiveram a eterna salvação aos homens: Jesus, satisfazendo pelos nossos pecados, e Maria, impetrando que nos fosse aplicada uma tal satisfação.
Pelo mesmo motivo igualmente afirmava o Venerável Dionísio Cartuxo que a divina Mãe pode chamar-se salvadora do mundo. E isso porque pelas penas sofridas em compadecer o Filho (por ela voluntariamente sacrificado à Divina Justiça), mereceu que fossem comunicados aos homens os merecimentos do Redentor.
Extraído do livro: Glórias de Maria – S. Afonso de Ligório
4 Comentários
QUAL E O PROBLEMA, DONA SILVIA ???
MAE DE DEUS, DERRAMAI SOBRE A HUMANIDADE INTEIRA AS GRACAS EFICAZES DA VOSSA CHAMA DE AMOR, AGORA E NA HORA DA NOSSA MORTE…AMEM.
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