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As aparições de Lourdes fazem parte de uma série de aparições de Nossa Senhora no século XIX, que culminam com Fátima e a afirmação do Reinado de Maria.
A aparição de Lourdes, portanto, está num pontilhado de aparições que, nas noites extremas de nossos dias, são como que uma clarinada anunciando que o Reino de Maria virá.
Em cada uma dessas aparições, está presente a ideia da mediação universal das graças e do Reinado de Maria.
Mas isso em Lourdes se pode dizer debaixo de um título especial.
Santa Margarida Maria vê o Sagrado Coração de Jesus
Na França, por exemplo, há um santuário magnífico consagrando uma devoção estupenda a Ele, que é o Santuário de Paray-le-Monial, onde o Sagrado Coração de Jesus fez suas revelações a Santa Margarida Maria Alacoque.
Ele poderia perfeitamente fazer com que esses milagres se dessem lá.
Poderia fazer dar em todos os santuários consagrados a Ele.
Mas não é verdade. Ele quis que a maior fonte de milagres que houve na História da Igreja e do mundo, fosse num santuário consagrado a Nossa Senhora.
Quer dizer que Ele quis que aquelas curas todas só fossem obtidas sob a égide de Nossa Senhora, depois de uma aparição de Nossa Senhora, como uma graça de Nossa Senhora, e mediante um pedido feito a Nossa Senhora.
Quer dizer, todas essas curas estupendas Ele quis que passassem pelas mãos dEla.
Quis que passassem para que? Evidentemente para documentar a verdade de fé da mediação universal.
E que se passassem para que? Para os homens compreenderem bem até que ponto Ela pode tudo.
As piores doenças, os maiores males, os sofrimentos mais horrorosos Ela cura.
Ela toma as leis mais inflexíveis da natureza e Ela as elimina. Ela vence tudo: é um tal domínio de Nossa Senhora sobre a natureza, como mais não se pode imaginar.
Bem, isto tudo é feito para mostrar que todas as graças vêm por meio d’Ela.
E a presença de todas as graças nas mãos d’Ela para serem distribuídas quer dizer que Ela é a Rainha do Céu e da Terra. Por Ela passa tudo.
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Fonte: blog Lourdes e suas aparições. (Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, 4 de fevereiro de 1965. Sem revisão do autor).
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