Pe. David Francisquini
Imaginemos dois contendores disputando uma partida de xadrez cujo resultado signifique a vitória de um grande exército sobre outro não menos qualificado.
Um representa as hostes angélicas e os homens bons, fiéis a Jesus Cristo. O outro dispõe de riquezas, honras, posição social, influência política, bem visto até em certos meios religiosos.
Neste quadro, o bom contendor encontra-se em franca desvantagem na partida, pois já perdeu peças importantes, e as que lhe restam quase não têm espaço para se moverem.
Seu adversário, que conta com informações privilegiadas, apresenta-se seguro, além de possuir numerosa claque que ora o aplaude, ora vaia o seu adversário…
A realidade num campo de batalha entre dois comandantes não seria diferente. O exército que pugna pela civilização cristã encontra-se sitiado e o inimigo move contra ele intensa guerra psicológica.Sua situação é dramática.
Qual deveria ser a estratégia do enxadrista ou do general que quisesse reverter a situação e vencer o inimigo tão poderoso como desleal?
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Jesus Cristo, nas páginas do Evangelho, diz: “Qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se senta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?” (Lc 14,31).
Nosso Senhor alerta os homens, dando-lhes os meios necessários não apenas no tocante à prudência, mas também à coragem para bem armar o seu o exército.
O general tem assim desfraldada a bandeira de Jesus Cristo, símbolo de todo o bem, de toda a verdade e de todo o belo; tem seus dogmas, sua doutrina, suas leis, seus costumes e seus sacramentos; tem o corajoso exemplo dos santos e das santas que pelejaram neste Vale de Lágrimas contra o demônio, o mundo e a carne.
Nosso Senhor nos alerta para a importância da clarividência e da perspicácia na luta:
“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?
Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” (Lc 14, 28 a 30).
A missão do general é de salvar um grande reino, e para isso ele luta pela ortodoxia e pela moralidade rechaçando o adversário desse reino.
É no exemplo desse hipotético general que o povo fiel desenvolve sua infatigável luta contra o aborto, o casamento homossexual, a eutanásia, a degradação dos costumes e a prostituição oficializada.
Em Fátima, Nossa Senhora apontou a arma indispensável e decisiva para essa guerra: a devoção ao Imaculado Coração de Maria.
Rezando a Nossa Senhora e vigiando, não cairemos em tentação, pois, como afirma São Pedro em sua epístola, o demônio é como um leão que ruge em torno de nós, procurando a quem devorar.
O confronto imaginado acima entre dois enxadristas e dois generais representa a luta religiosa de nossos dias, cujo fundamento é a Fé.
São Boaventura afirma que um capitão que sitiado em uma praça não pede socorro a seu Rei, deveria ser tratado como traidor. Assim também Deus considera aquele que, assaltado pelas tentações, não recorre a Ele em demanda de auxílio.
Nesta batalha que ora se trava, o exército de Cristo deve ter presente que a sua arma mais eficaz é a oração, a qual leva o fiel a alcançar de Deus graças extraordinárias no momento trágico em que se encontra a Santa Igreja.
O oficial que não recorrer ao seu Rei – que lhe pode enviar em auxílio sua milícia celeste capitaneada por São Miguel – e for vencido, terá seu nome registrado no Livro da Vida como um traidor.
Como Nosso Senhor quer reinar neste mundo depois desta grande batalha, e diante da impossibilidade de nossas forças vencerem o inimigo, não nos resta alternativa: “Deus, in adjutorium meum intende” – Senhor, vinde em meu socorro!
Esta foi a atitude do Papa São Pio V diante da ameaça maometana à Europa no século XVI. Ele rezou e convocou os fieis a rezarem o Rosário pelo êxito dos exércitos católicos que se defrontavam com a armada turca no golfo de Lepanto em 1571.
E Nossa Senhora atendeu a sua súplica e lhe concedeu estrondosa vitória, que repercutiu em toda a Cristandade. A partir de então, a Santíssima Virgem recebeu mais um título: Auxiliadora dos Cristãos.
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(*) Sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria — Cardoso Moreira (RJ) — é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM).
Fonte: abim.inf
3 Comentários
O SANTO ROSÁRIO A MAIOR ARMA NA A BATALHA ESPIRITUAL .
OREMOS A NOSSA MÃE INTERCESSORA A VIRGEM DE FÁTIMA .
VIRGEN DE FÁTIMA, QUE VIESTES A TERRA DAI-NOS A PAZ E AFASTEIS A GUERRA. AMÉM !
Senhor Deus tenha Misericórdia de nós, livra nos da tentação, tire de mim a depressão, não deixe que a preocupação tomar parte de minha vida, faz com que eu mesma acredite em mim. Tire toda a desconfiança que tenho nas pessoas e até mesmo em mim. Obrigado por tudo Meu Senhor e Meu deus. Sei que vós não esquece de seus filhos. Amém !
Divulguemos a FÉ no Santo Rosário e na Mãe do Senhor da LUZ, Jesus CRISTO, a Imaculada Maria SANTÍSSIMA.