Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. / Antes que os montes fossem feitos, / ou que a terra e o mundo fossem formados, / tu és Deus desde toda a eternidade e por todos os séculos. / Não reduzas o homem ao abatimento, / pois disseste: Convertei-vos, filhos dos homens!
Porque mil anos aos teus olhos, / são como o dia de ontem, que passou, / e como uma vigília da noite (que somente dura três horas). / Coisas que em nada se estimam, assim serão os seus anos. / Como a erva, ele passa numa manhã; / pela manhã floresce e passa; / à tarde cai, endurece e seca.
Os dias da nossa vida são ao todo uns setenta anos / e nos mais robustos oitenta anos; / e o que passa destes não é mais que trabalho e dor; / porque então sobrevém a fraqueza (da velhice) e nós somos arrebatados.
Quem poderá conhecer o poder da tua ira, / e compreender quão terrível é a tua indignação? Ensina-nos a conhecer a tua destra, / e instrui o nosso coração na sabedoria. (Sl 89, 1-6.10-12)