Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco visou traçar o novo perfil dos estudantes universitários do Estado. O resultado final é que eles estão muito mais conservadores do que se imaginava, informou “O Globo”.
A pesquisa ouviu 600 estudantes na faixa de 22 anos de universidades públicas e particulares de Recife.
81% dos entrevistados não quer a liberação da maconha, 76% são contra o aborto, a não ser em casos de estupro e risco à saúde.
Sobre as drogas “você tem que ver o melhor para a sociedade e o melhor não é a legalização”, disse a estudante Catalina Carvalho. Os jovens sonham com estabilidade no trabalho “para ver se consegue viver bem” explicou Tatiane Mendes. Os jovens apóiam uma “lei seca” que imponha limites ao consumo de álcool. “Eu acho que está correto”, afirmou o universitário Tiago Sales.
Nada de rebeldia, nem de inconformismo. O comportamento dos jovens está mudando. Eles estão mais conscientes e preocupados, não só com o futuro, mas com as questões do dia a dia.
O resultado contrariou preconceitos midiáticos que querem imaginar os jovens revoltados contra a moral sexual, favoráveis à liberalização da droga e do álcool e perfeitamente desinteressados e irresponsáveis pelo futuro da sociedade.
“O comportamento hoje é outro. É um comportamento de aceitação das leis e a gente vê questões como a religião influenciando muito na vida dos jovens”, explica o coordenador da pesquisa, Pierre Lucena.
“Esses jovens podem ser a grande esperança do nosso país”, comentou acertadamente a psicóloga Irinéia Catarino.
O antigo hippie, revoltado, drogado, permissivista sexual encarnado por Woodstock hoje fico encapsulado numa geração envelhecida. Essa geração hoje enche as manchetes e até a diretoria dos jornais, mas diante de enquetes como esta constata que é um fenômeno em extinção.
Fonte: Blog Luzes de Esperança