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Quando na Santa Ceia, Jesus instituiu o Sacerdócio, Ele o instituiu para o Sacrifício, o Sacrifício da Cruz, porque esse Sacrifício é a fonte de todos os méritos, de todas as graças, de todos os Sacramentos; a fonte de toda a riqueza da Igreja.
Isso devemos recordar, ter sempre presente essa realidade, divina realidade.
Portanto, é o Sacrifício da Cruz que se renova sobre nossos altares, e o Sacerdócio está em relação com ele, em relação essencial com esse Sacrifício.
Não se compreende o Sacerdócio sem o Sacrifício, porque o Sacerdócio foi feito para o Sacrifício.
Poder-se-ia dizer também: é a Encarnação de Jesus Cristo, séculos a fora: “usque ad finem temporum”, o Sacrifício da Missa será oferecido.
Se Jesus Cristo quis esse Sacrifício, quis também ser nele a vítima, uma vez que é o Sacrifício da Cruz que continua, Ele quis que a vítima fosse sempre a mesma, quis ser Ele próprio a vítima.
Para ser a vítima, Ele tem que estar presente, verdadeiramente presente nos nossos altares.
Se Ele não estiver presente, se não houver a Presença Real nos nossos altares, não haverá vítima, não haverá Sacerdócio.
Tudo está ligado: Sacerdócio, Sacrifício, Vítima, Presença Real, portanto transubstanciação.
Aí está “o coração” do tesouro – o maior, o mais rico – que Nosso Senhor concedeu à Sua Esposa, a Igreja e a toda a humanidade.
Assim podemos compreender que, quando Lutero quis transformar, mudar esses princípios, começou por combater o Sacerdócio; como o fazem os modernistas.
Pois Lutero bem sabia que se o Sacerdócio desaparecesse, não mais haveria Sacrifício, não mais haveria Vítima, não haveria mais nada na Igreja, não mais haveria a fonte das graças.
Além disso, Lutero faz ainda uma distinção entre os fins do Sacrifício da Missa. Ele diz que um dos fins do Sacrifício da Missa é render graças a Deus.
A Eucaristia é um sacrificium laudis, mas não um sacrificium expiationis, não um Sacrifício de expiação, mas de louvor, de eucaristia.
Por isso é que se certos protestantes ainda falam de Sacrifício, nunca o é no sentido de sacrifício expiatório, que remite os pecados.
No entanto se trata de um dos principais fins do Sacrifício da Missa, a remissão dos pecados.
Lutero deu também outro passo à frente, após a supressão do Sacerdócio. Ele não acreditou mais na Transubstanciação, nem no Sacrifício.
E disse claramente que a Missa não é um Sacrifício. A Missa é uma Comunhão.
Podemos então chamar a Missa de Comunhão, Ceia, Eucaristia, tudo, menos Sacrifício.
Não há, portanto, Vítima, nem Presença Real, mas apenas uma presença espiritual, uma recordação ou comunhão.
Foi por isso que Lutero sempre combateu as Missas privadas; foi uma das primeiras coisas feitas por ele, porque uma Missa privada não é uma Comunhão. É preciso que os fiéis comunguem.
A Missa privada, então, não está conforme a verdade, é preciso suprimir todas as Missas privadas.
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Fonte: texto retirado da internet.
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