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À medida que os furacões passavam por tantas partes dos Estados Unidos, a maioria das pessoas estava pensando sobre os danos materiais que arruinariam a vida de tantos.
Contudo, o desastre teve um aspecto espiritual. Em tempos de sofrimento, as pessoas se voltam mais facilmente para Deus.
Foi o que aconteceu após o furacão Harvey no Texas.
Esta história é sobre a experiência de dois jovens americanos, voluntários da campanha da TFP norte-americana America Needs Fatima (A América necessita de Fátima), que sobreviveram no Texas aos ventos e às chuvas do furacão Harvey e decidiram ajudar os outros de uma maneira diferente.
Pensando nas necessidades espirituais dos milhares de deslocados, eles decidiram distribuir tantos exemplares do Rosário do Centenário de Fátima quanto fosse possível.
Como o nome o indica, esse Rosário especial foi confeccionado para celebrar o centésimo aniversário das aparições de Nossa Senhora em Fátima.
Com isso em mente, tão logo os jovens da TFP conseguiram chegar ao Centro de Convenções George R. Brown, no centro de Houston, após a tempestade, eles começaram a ajudar os milhares de pessoas ali refugiadas, cuja resposta foi surpreendentemente positiva, se não entusiasmada.
De fato, a última coisa que as pessoas esperavam ver do lado de fora do Centro de Convenções era dois jovens distribuindo exemplares do Rosário.
No entanto, foi o que Cesar Franco e Zechariah Long fizeram ao longo do dia junto a um fluxo constante de refugiados que acolhiam com calor a mensagem que lhes era levada.
Na verdade, as pessoas se reuniam em torno dos dois voluntários para ouvir sobre o Rosário.
Ambos, contudo, se entristeceram vendo quão pouco a maioria das pessoas conhecia sobre essa importante oração.
Sobretudo porque muitas delas pareciam ter sido criadas católicas, mas se afastaram e usam hoje o Rosário como se fosse um colar, e não como o magnífico instrumento de oração e salvação.
A fim de garantir que o Rosário seria rezado, os dois jovens tefepistas ensinavam às pessoas como fazê-lo.
E a muitos que não conheciam sequer a Ave-Maria, esta também lhes ia sendo ensinada, deixando-os profundamente tocados.
Em particular a passagem “rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte, Amém” ––, cuja recitação lhes trazia lágrimas aos olhos.
Limpando uma que escorria em sua face, um homem disse:
“Lembro-me de aprendê-la com a minha mãe. Faz muito tempo que rezei esta oração. É hora de eu voltar.”
O policial na cena também simpatizou com a mensagem do Rosário.
Ao ser-lhe oferecido um Terço, respondeu sorrindo: “Tudo bem. Eu conservo o meu aqui.” E deu um tapinha no peito para indicar onde o guardava.
Os dois voluntários ofereceram a esse e a outros policiais também a medalha de São Miguel, uma vez que o papel deles é manter a ordem.
Sempre que a recebiam, cumprimentavam com um aperto de mão e se mostravam extremamente gratos. Um policial disse: “Bem, eu já uso, mas vou pegar uma para meu amigo, ele precisa.”
Exemplares da medalha de São Miguel foram igualmente oferecidos aos que estavam no abrigo, muitos dos quais às vezes não sabiam quem era o Arcanjo.
Ao ser perguntado a respeito por um casal, Zachariah Long tentou sem sucesso dar várias explicações: que era o líder do Anfitrião celeste ou o Anjo guerreiro que protege a sociedade e os que lutam contra o mal, como fazem os soldados e policiais.
Finalmente, ao dizer que “São Miguel foi quem chutou Lúcifer e os demônios do Céu”, os dois se acenderam e disseram: “Isto é tudo o que você tinha que dizer, dê-nos um destes, nós amamos São Miguel!”.
Muitos outros receberam as medalhas, observando o quanto ela é hoje necessária para ajudar a restaurar a ordem.
Após distribuir todos os exemplares do Rosário e da medalha de São Miguel, os dois jovens voluntários voltaram para casa. O dia agitado lhes deixara muitas lições bonitas para reflexão.
A primeira delas foi de que a calorosa recepção de todos mostra como não se pode ter medo de levar a Fé Católica à praça pública. As pessoas apreciam e são atraídas pela fé.
Uma segunda lição é que o sofrimento faz com que as pessoas se voltem para Deus, buscando por ajuda.
Pessoas de todos os setores da vida, dos policiais às crianças, receberam com avidez o Rosário.
Algumas delas nunca o tinham rezado, outras já haviam esquecido, enquanto outras o rezavam regularmente.
O sofrimento causado pelo furacão Harvey tornou-as mais humildes e inflamou nelas o desejo de voltar para Deus.
Finalmente, os dois voluntários aprenderam que, em ocasiões como esta, todos, especialmente os jovens, deveriam procurar atender às necessidades espirituais dos outros.
Os católicos precisam aproveitar oportunidades assim para difundir a devoção ao Santo Rosário e trazer as almas perdidas de volta para Deus.
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Fonte: abim.inf.br
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