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Nossa Senhora de Copacabana, no lago de Titicaca, na Bolívia. — No fim do XVI século, um índio da atual Bolívia, muito devoto de Maria Santíssima;
Resolveu erigir-lhe um pequeno santuário em sua choupana.
Gomo não era rico, não lhe foi possível arranjar bastante dinheiro para comprar urna estatuazinha, na cidade vizinha.
Mas o zelo supera todas as dificuldades; o piedoso servo de Nossa Senhora resolveu esculpir ele mesmo a imagem da Virgem de que precisava.
Fez uma estátua com todo o esmero; como entendia pouco de escultura, apesar de muita aplicação, a obra lhe saiu tão ruim que quando a apresentou ao Padre da freguesia para que a benzesse, este recusou;
O rosto da imagem tinha grosseiras feições de índios e era por demais informes.
Na sua humildade, o índio não se ofendeu por ver rejeitado o seu trabalho. Resignou-se e levou a grosseira estátua da Virgem para sua cabana.
Arranjou-lhe algumas flores naturais, no lugar mais decente da pobre morada, dentro de um armário, e, à noite, venerou-a antes de entregar-se ao sono.
Maria Santíssima não podia deixar de recompensar tamanha piedade: perto de meia-noite, uma luz milagrosa saiu do armário e iluminou a choupana durante varias horas, com grande alegria do índio.
Como o mesmo prodígio se repetisse a cada noite, em breve, a notícia dele se espalhou ao longe e muitas pessoas vieram venerar e invocar a imagem milagrosa.
Os favores do céu não tardaram a recompensar a fé dos visitantes cujo concurso foi sempre aumentado.
O vigário do lugar veio também, reconheceu que o prodígio era sobrenatural e, como justa reparação devida a Nossa Senhora, desta vez, benzeu a imagem com grande pompa.
Em 1572, a estátua milagrosa foi transportada da choupana do índio para um santuário mais decente, regido nas margens do lago Titicaca, onde ela se venera ainda hoje, sob o vocábulo de Nossa Senhora de Copacabana.
Perto de Lima, em um lugar chamado Cercado e povoado de índios, havia uma capela onde se venerava uma copia da imagem de N. S. de Copacabana.
Numa noite, alguns malfeitores, para vexar os índios, tiraram o telhado da capela; o arcebispo de Lima, são Turíbio, ao saber do ocorrido;
Ordenou que se fizessem as diligências necessárias para a descoberta e o castigo dos miseráveis culpados.
Entretanto, resolveu que já houvesse reparação a Maria Santíssima pelo ultraje que acabava de sofrer na profanação da capela.
Mandou que se expusesse o Santíssimo em todas as igrejas da arquidiocese, pedindo-se perdão a Nosso Senhor pela culpa cometida contra sua Mãe;
E, depois, se transportasse a cópia de N. S. de Copacabana, em solene procissão, até a catedral de Lima, onde lhe preparou um rico altar.
O povo de Lima, justamente horrorizado, acudiu à voz de seu pastor; quando o cortejo chegou à praça maior, eis que as imagens de Maria e do divino Menino;
Como prova de clemência e perdão, começaram a verter suor em tanta abundância que o arcebispo, São Turíbio;
Pode encher dois copos desse líquido milagroso, durante as quatro horas que durou o prodígio.
Todos os enfermos que tiveram a felicidade de tocar um pouco desse suor milagroso, foram logo curados.
Um marinheiro holandês, protestante, feito prisioneiro alguns meses antes, no estreito de Magalhães, pela frota espanhola, achava-se paralisado das pernas;
Pediu que o transportassem na praça pública para verificar o prodígio ou rir-se à custa dos crédulos.
Quando viu tantas curas instantâneas, exclamou: “Se fordes verdadeiramente a Mãe de Deus, curai-me também, e crerei”.
No mesmo instante; ergueu-se bom das pernas.
Abjurou a heresia, tornou-se fervoroso católico e pediu com instâncias ao santo arcebispo, que lhe concedesse o favor de ser o sacristão de Nossa Senhora;
Obteve esse emprego que desempenhou com muito zelo até a hora da morte.
Essa imagem encontra-se hoje na igreja de São Lázaro, em Lima.
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