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No dia de São Valentim, faleceu o mais bem-sucedido empresário de doces e bombons da Itália.
Nascido em 1924, Michele Ferrero possuía uma fortuna calculada em 20,5 bilhões de euros, a maior do país e a quarta da Europa.
Embora megamilionário, Ferrero era muito diferente do “jet-set”: um ativo devoto de Nossa Senhora de Lourdes, a quem atribuía a vertiginosa ascensão de sua empresa, segundo a Fundação Cari Filii.
Esse filho de chocolateiros da pequena cidade de Alba não se fez rico com malabarismos ou manobras confusas.
Ele continuou com a tradição familiar, aplicando muito trabalho e inteligência, mas depositando suas esperanças em Nossa Senhora.
Em 1964, melhorando uma fórmula de seu pai, Ferrero criou Nutella. Lançou também o ovo de chocolate Kinder e as linhas Ferrero Rocher e Mon Cheri.
Sua empresa vendia o equivalente a oito bilhões de euros por ano, sendo superada somente pela Nestlé, que possui um leque muito mais vasto de produtos, no setor dos doces.
Na entrada de cada uma de suas 20 fábricas existentes no mundo ele mandou colocar uma coluna com uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes.
Segundo o insuspeito quotidiano britânico The Guardian, a marca Rocher é uma alusão à pedra da Gruta de Massabielle, onde Nossa Senhora apareceu para Santa Bernadette.
Michele foi um exemplo vivo de que ninguém é ruim por ser rico, e que a riqueza é dada por Deus para fazer o bem.
Michele organizava todo ano uma peregrinação de seus empregados franceses ao Santuário de Lourdes, onde ele próprio costumava presidir a procissão das velas no final do dia.
E levava altos diretores de sua holding para participarem do ato religioso, invocando a intercessão de Santa Bernadette ante Nossa Senhora.
“As estratégias do grupo se debatiam entre terços e orações”, garante Giuseppe Rossetto, prefeito da cidade de Alba durante dez anos.
“O sucesso da Ferrero é mérito da Virgem de Lourdes. Sem ela, nós pouco podemos”, defendeu o multibilionário em uma de suas raríssimas declarações públicas, pois era muito reservado: não concedia entrevistas e há muito poucas fotos dele na mídia ou na Internet.
Giacomo, seu segundo filho, garantirá a continuidade do grupo familiar, que emprega 36.000 pessoas em todo o mundo.
Na Itália as greves são frequentes, mas elas não existiam em suas fábricas. O fato impressionava.
Michele Ferrero criou em 1983 uma Fundação que leva o nome de sua mulher e de seus filhos.
Ela proporciona bolsas para estudantes, serviço de saúde, aposentadoria, conferências, exposições
e concertos.
Sempre sob o sinal harmonizador emanado d’Aquela a cujos pés ele deve agora eternamente encontrar-se e sobre a qual canta uma antífona:
“Eu moro no mais alto dos céus e meu trono está sobre uma coluna de nuvens”: Nossa Senhora de Lourdes.
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Fonte: luzesdeesperanca.blogspot.com.br
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