Todos já ouviram, no fundo da alma, uma voz que inspira uma conversão profunda a Deus.
Essa voz interior pode ser uma graça divina, sugerindo um desejo sincero de servi-Lo completamente, em um caminho de maior perfeição e santificação.
Por “conversão” não se entende apenas mudar de religião, como no exemplo do Apóstolo São Paulo, mas também uma mudança completa de vida.
Assim, alguém que já é católico pode desejar uma conversão para se tornar um católico de verdade, perfeito em suas ações, praticando virtudes em alto grau.
Sem dúvida, este é um caminho difícil, especialmente nos dias de hoje.
Mas a graça divina pode proporcionar os meios de santificação até mesmo para os que estão na vida pecaminosa, como no caso conhecido de Santo Agostinho.
A parábola do “Filho Pródigo” exemplifica bem isso.
Após abandonar a casa do pai, esse filho mergulhou no mundo do pecado e dos prazeres. Mas a graça divina tocou seu coração, e ele sentiu saudade do pai. Foi o primeiro passo para seu arrependimento, sua conversão, seu retorno à casa do pai (Lc 15, 11-32).
Mesmo que as pessoas de hoje estejam mergulhadas na decadência moral, a graça do arrependimento pode tocar suas almas e levá-las de volta à “casa paterna”.
Deus, como pai infinitamente misericordioso, deseja e espera o retorno desses “filhos pródigos”. Para ajudá-los, Ele oferece a todos uma advogada e mãe. Ela, que é Sua própria Mãe, a Rainha do Céu e da Terra, dos anjos e dos homens.
Antes, durante e depois dos castigos previstos em Fátima (1917), certamente uma nova, grande e irresistível graça, como a de Nossa Senhora do Grand-Retour, pode impulsionar a humanidade ao arrependimento, à total conversão, a um “Grande Retorno” à casa paterna.
Um verdadeiro renascimento da Cristandade, rumo ao reinado do Sapiencial e Imaculado Coração de Maria.