A Real Confraria da Entrada de Jesus em Jerusalém e Maria Santíssima do Amor faz a sua procissão no entardecer do domingo.
Os confrades portam túnica verde, capa dourada, capirote (chapéu cônico), cíngulo e luvas brancas. O andor da frente representa Nosso Senhor entrando na Cidade Santa, sentado num jumento. No andor seguinte, a Mãe de Deus contempla a tragédia que se avoluma.
“A entrada de Jesus em Jerusalém, no Domingo de Ramos, patenteia quanto o povo O apreciava incompletamente. Aclamavam-No, é verdade, mas Ele merecia aclamações incomensuravelmente superiores, e uma adoração bem diversa!
Humildemente sentado num burrico, Ele atravessava aquele povo, impulsionando todos ao amor de Deus. Em geral, as pinturas e gravuras O apresentam olhando pesaroso e quase severo para a multidão.
Para Ele, o interior das almas não oferecia segredo. Ele percebia a insuficiência e a precariedade daquela ovação.
Nossa Senhora percebia tudo o que acontecia, e oferecia a Nosso Senhor a reparação do seu amor puríssimo. Que requinte de glória para Nosso Senhor!
Porque Nossa Senhora vale incomparavelmente mais do que todo o resto da Criação. Este é o lado misterioso da trama dos acontecimentos da Semana Santa.
Maria representava todas as almas piedosas que, meditando a Paixão, haveriam de ter pena d’Ele e lamentariam não terem vivido naquele tempo para tomar posição a seu lado”.
* Cfr. Prof. José Sánchez Herrero, catedrático de História Medieval da Universidade de Sevilla, La evolución de las Hermandades y Cofradías desde sus momentos jundacionales a nuestros días, http://www.hermandades-de-sevilla.org/hermandades/historiahermandades.htm.
Fonte: Revista Catolicismo