De Fátima nunca se falará o bastante
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É conhecido o axioma mariológico segundo o qual de Maria nunquam satis — De Maria nunca se falará o bastante.
Pode-se aplicá-lo às aparições de Nossa Senhora em Fátima, em 1917 com o desdobramento de mensagens transmitidas à vidente, Irmã Maria Lúcia de Jesus, nas décadas seguintes.
Chama a atenção que a mensagem de Fátima tenha se disseminado pelo mundo inteiro, não como uma onda de mar impetuosa, mas suavemente e impossível de deter, como uma mancha de azeite.
Os acontecimentos rumorosos daquele ano reuniram, em torno da azinheira da Cova da Iria, um número crescente de pessoas: no começo, algumas dezenas; na última aparição, em outubro, a multidão de 50 mil espectadores estupefatos do Milagre do Sol.
A partir de então, o fluxo contínuo de peregrinos foi crescendo, convencidos como estavam de que naquele local se transmitira uma mensagem de importância excepcional para a humanidade.
Importância logo percebida também pelos inimigos do nome de Cristo, que não hesitaram em atear fogo às rústicas construções de culto logo erigidas no local.
Isso não atemorizou nem diminuiu o fluxo de devotos, o qual foi crescendo ao longo dos anos, e hoje chega a dezenas e mesmo centenas de milhares, que se reúnem na esplanada no Santuário, aos dias 13 de cada mês, sobretudo de maio a outubro.
Cumpre ressaltar a proveniência desses peregrinos: desde às três Américas até as longínquas terras do Japão, Austrália e Nova Zelândia, e obviamente da venerável Europa.
Põe-se, então, a pergunta: o que a mensagem de Fátima tem de tão especial para produzir essa atração no mundo inteiro? Ela é uma mensagem de tônus apocalíptico!
Com o abandono dos princípios que vivificavam a civilização cristã que desabrochara com todo o viço na Idade Média – sem atingir, porém, o pleno desenvolvimento – formou-se o que os historiadores e sociólogos chamam de Idade Moderna.
Nesta triunfaram os princípios revolucionários da liberdade, igualdade e fraternidade, enunciados paulatinamente e de forma cada vez mais explícita a partir do Renascimento e do Protestantismo,
em seguida claramente explicitados pela Revolução Francesa, e por fim levados à extrema radicalidade pela Revolução Comunista na Rússia em 1917, bem como pela Revolução Hippie da segunda metade do século XX.
Pois para esse mundo moderno assim constituído, Nossa Senhora veio anunciar em Fátima que a Providência divina o colocava diante da suprema alternativa:
Ou se converte – isto é, abandona seus princípios antinaturais, antievangélicos e revolucionários – ou será destruído. […]
Por isso, de Fátima nunquam satis, nunca se falará suficientemente de Fátima.
Fonte: Antônio Augusto Borelli Machado. De Fátima nunquam santis. In: Fátima, um apelo ao Coração da Igreja, do P. Serafino M. Lanzetta, FI.
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1 Comentário
Mim ajudá nossa senhora mim tira essa angústia do coração, mim tira essa ansiedade, mim ajudar tudo da certo na minha vida e da minha família, Amém