A autêntica nobreza de alma comporta dois importantes traços, que se manifestam na coragem e no desprendimento. Na alma santíssima de Nossa Senhora ambas características resplandeceram de modo incomparável.
Nosso Senhor Jesus Cristo viveu trinta anos com sua Mãe amantíssima e o castíssimo São José. Este Lhe servia admiravelmente de pai. Nosso Divino Redentor consagrou três anos à sua atuação pública, ao cabo dos quais Nossa Senhora, que tinha perfeito conhecimento das Escrituras, sabia que Ele haveria de morrer crucificado.
Também ao longo desses três anos, Nossa Senhora acompanhou passo a passo — pessoalmente ou em espírito — seu Divino Filho.
Após o falecimento de São José, Ela viu que a glória de seu Filho maravilhava e encantava as multidões, no primeiro ano de seu apostolado junto aos judeus.
Isso, muito naturalmente, Lhe causava grande alegria, mais ainda por Ele ser Deus do que pelo fato de ser seu Filho.
No segundo ano, começou Ela a notar os ódios e as intrigas articuladas contra Nosso Senhor pelos sacerdotes do Templo, escribas e fariseus. E compreendeu bem que, em meio a toda aquela conspiração, se preparava o momento em que uma tempestade haveria de desabar sobre seu Divino Filho, levando-O à morte.
Maria Santíssima, com total desprendimento, considerava a aproximação da hora em que Ela deveria, uma vez mais, renunciar ao maior tesouro que jamais foi dado a uma criatura possuir: o próprio Homem-Deus.
Ela concordou plenamente com que seu Filho cumprisse até o fim sua missão sendo morto como vítima expiatória pelos pecados dos homens. E adorando-O como ninguém, entregou-O nas mãos da justiça divina com coragem e desprendimento.
Fonte: Artigos do Professor Plinio Corrêa de Oliveira. Revista Catolicismo, julho de 1992.
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Virgem Maria exemplo de M
Nossa Senhora, exemplo de mulher de DEUS.
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