Conheça quem foi Bártolo Longo, o Grande Promotor do Santo Rosário
“Ó Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral, não te deixaremos nunca mais. Serás o nosso conforto na hora da agonia.
Seja para ti o último beijo da vida que se apaga. E a última palavra dos nossos lábios há-de ser o vosso nome suave, ó Rainha do Rosário de Pompeia, ó nossa Mãe querida, ó Refúgio dos pecadores, ó Soberana consoladora dos tristes. Sede bendita em todo o lado, hoje e sempre, na terra e no céu”. Beato Bártolo Maria Longo
Quem foi o Beato Bártolo Maria Longo?
Bártolo Longo nasceu em 10 de fevereiro de 1841, em Latiano (Itália), e foi batizado três dias depois. Desde muito pequeno, manifestou-se muito inteligente e decidido. Ele mesmo se definiu como “um menino vivaz, impertinente, e quase travesso”.
Ainda muito pequeno, quando ouvia o sino que anunciava o ângelus, interrompia imediatamente qualquer brincadeira, e corria para rezar em companhia de sua mãe.
Aos 18 anos de idade, foi estudar direito em Nápoles. Naquela época, o racionalismo e anticlericalismo faziam devastações no meio da juventude. Professores usavam as catedrais universitárias para difundir filosofias ateias.
Bártolo dedicou-se com ardor aos estudos e à musica, em especial o piano. Elegante por natureza, inteligente e de boas maneiras, vivia cercado de muitos amigos. Não lhe sobrava tempo para a oração… Da sua memória foram se apagando a ideia de Deus da Virgem Maria.
Terminou o curso de direito, em 1864, inteiramente desorientado pelas teorias filosóficas do materialismo e do racionalismo. Entretanto, como é natural, a perda da fé criou em sua alma um vazio que ele procurou preencher recorrendo ao espiritismo. Fez, inclusive, a consagração ao demônio. Chegou ao ponto de proferir palestras contra a Igreja.
Uma questão surpreendente e naturalmente inexplicável é que, apesar disso tudo, mesmo durante esse tempo, ele não deixou de rezar diariamente o rosário e conservou perfeita a virtude da castidade.
Para essa incrível preservação foi instrumento de Deus um professor de nome Vicenzo Pepe que, numa hora oportuna, o admoestou severamente por sua péssima conduta. Mais tarde, o Beato Bártolo se referiu a esse professor nos seguintes termos:
“Ó amigo de minha alma, que o Senhor pôs a meu lado em todos os momentos críticos e decisivos de minha vida”.
Tocado pela graça, Bártolo Longo, no dia da festa do Sagrado Coração de Jesus do ano de 1865, estando com 24 anos, foi à igreja do Rosário, em Nápoles, e lá foi se confessar com o Pe. Alberto Radante, dominicano.
Esse padre convenceu-se de seu arrependimento sincero, porém o aconselhou durante um mês, e só depois desse tempo é que lhe deu a absolvição e ele pôde receber a sagrada comunhão. Em seus escritos, relata:
“Foi como fazer de novo a primeira comunhão, foi como se eu tivesse recebido um segundo batismo”.
A Grande Missão
Bártolo Longo recusou vantajosas propostas de casamento, abandonou a carreira advocatícia e se dedicou ao estudo da religião. Por isso foi objeto de chacotas e deboches de seus antigos amigos.
Conheceu a condessa Mariana de Fusco, proprietária de terras no Vale de Pompéia.
Em 1872 tornou-se administrador das propriedades da condessa da Pompéia, e ficou impressionado com a ignorância religiosa dos camponeses da região.
Então dedicou-se à tarefa de catequizar particularmente crianças e adolescentes, especialmente através da divulgação do santo rosário. Era a reconquista espiritual do Vale de Pompéia que se iniciava.
Um dia, caminhando sobre às ruínas da antiga Pompéia, teve um profundo êxtase:
“enquanto refletia em minha condição, experimentei o profundo sentimento de desespero e quase cometi suicídio. Então ouvi um eco em meu ouvido e a voz de Frei Alberto repetindo as palavras da Santíssima Virgem Maria: ‘Se você procura a salvação, difunda o rosário. Essa é a promessa de Maria’. Essas palavras iluminaram a minha alma, caí de joelhos: se isso é verdade… não deixarei este vale até ter propagado Vosso Rosário”.
Devido à sua pregação, no ano de 1876 foi colocada a pedra fundamental de uma igreja dedicada à Nossa Senhora do Rosário. A nova igreja foi consagrada, em 1891, com o título de Rainha das Vitórias. Uma grande campanha de doações teve inicio e de toda a Itália, e de diversas partes do mundo vinham doações para o santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia.
Bártolo Longo, após a conversão, mudou seu nome para Bártolo Maria Longo, casou-se com a condessa de Fusco, que ficara viúva.
Além do santuário em construção e outras fundações, Bártolo e sua esposa criaram um instituto das Filhas do Sagrado Rosário de Pompéia e a Ordem Terceira do Rosário.
Bártolo Longo faleceu em 5 de outubro de 1926, aos 85 anos de idade, e sua obra já tinha atingido proporções grandiosas. O santíssimo tornara-se um centro internacional de propagação do rosário e fora elevado a categoria de Basílica Pontifica.
No ano de 2002, ano do rosário, João Paulo II fez referência ao beato Bártolo Maria Longo como o “Apóstolo do Rosário”.
Louvemos ao Senhor pelas maravilhas operadas na alma de nosso beato Bártolo Longo “o homem da Madona” e “apóstolo do rosário”.
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