Conheça como foi a Primeira comunhão da Irmã Lúcia
Passados 16 anos da morte da Irmã Lúcia, a 13 de Fevereiro de 2005, vamos conhecer um pouco mais da vida dessa pastorinha de Fátima. Vamos hoje conhecer melhor como foi vivida, por ela e pela sua família, o dia da sua primeira Comunhão.
Dizia a Irmã Lúcia que uma das suas características mais marcante na sua infância era a curiosidade. Não podia ficar na dúvida ou sem ver esclarecidas as suas questões.
A sua mãe era a catequista da aldeia; por isso, não guardava as dúvidas para si e quando a mãe, na catequese não as esclarecia, à hora de jantar bombardeava o seu pai com todas as suas perguntas até ficar esclarecida.
E o seu pai com toda a calma procurava responder-lhe e confirmar o que a mãe já havia dito.
Foi neste ambiente que a pastorinha de Fátima chegou ao dia da sua primeira Comunhão.
Como era costume do prior da aldeia, só recebia a Comunhão quem já tivesse 7 anos, fato que desgostou Lúcia, porque ainda só tinha 6.
Entretanto, como tivesse vindo um padre de fora para ajudar o prior na festa, e vendo-a tão chorosa perguntou-lhe o que se passava, ao que ela lhe respondeu.
Chamou-a e fez-lhe o pequeno exame que era costume fazer e percebeu que era uma criança preparada e consciente para a situação.
Perante o fato fala com o prior e assume a responsabilidade relativamente à pequena Lúcia, a qual se enche de alegria e entusiasmo.
Nessa tarde de sábado vai fazer a sua primeira confissão preparada pela mãe. Confessa-se a este padre de fora.
Conta a Irmã Lúcia este relato com alguma piada; eis apenas o que lhe diz a sua mãe no final da sua confissão:
“—Minha filha, não sabes que a confissão se faz baixinho, que é um segredo? Toda a gente te ouviu! Só no fim disseste uma coisa que ninguém soube o que foi”.
Este é um pequeno relato da candura e inocência vivida por esta criança simples e humilde. Conta um pouco mais à frente, o que lhe disse o padre no final da confissão:
“— Minha filha, a sua alma é um templo do Espírito Santo. Guarde-a para sempre pura, para que Ele possa continuar nela a Sua ação divina”.
Estas foram palavras que caíram fundo no seu coração e sempre procurou ser-lhe fiel ao longo da sua vida.
A noite que antecedia o grande dia foi passada em vigília, sem conseguir dormir pelo entusiasmo e a prepararem-lhe o vestido branco; nesta noite, diz, fez a sua primeira consagração a Maria.
A missa da sua comunhão é assim relatada pela própria pastorinha:
“Começou a missa cantada e à maneira que o momento se aproximava, o coração batia mais apressado, na expectativa da visita de um grande Deus que ia descer do Céu para se unir à minha pobre alma.
O Senhor Prior desceu por entre as filas a distribuir o Pão dos Anjos. Tive a sorte de ser a primeira. Quando o Sacerdote descia os degraus do altar, o coração parecia querer sair-me do peito.
Mas logo que pousou em meus lábios a Hóstia Divina, senti uma serenidade e uma paz inalterável;
senti que me invadia uma atmosfera tão sobrenatural, que a presença do nosso bom Deus se me tornava tão sensível, como se O visse e ouvisse com os sentidos corporais.
Dirigi-Lhe então as minhas súplicas:
— Senhor, fazei-me uma santa, guardai o meu coração sempre puro, para Ti só”.
Então, como vemos, o dia da sua primeira Comunhão foi extremamente marcante para a sua vida. Neste dia começa-se a definir muito daquela que seria futuramente uma das pastorinhas e videntes de Fátima.
É a própria Lúcia que o afirma e que diz: uma primeira Comunhão bem preparada e vivida marca para o resto da vida.
Para concluir diz-nos ela, em primeira pessoa, que neste dia, começa a desenhar-se nela um movimento de entrega a Maria e à vontade do Senhor. O resto da história vamos conhecendo aos poucos; ou, pelo menos, julgamos nós.
Fonte: Senza Pagare
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