Parte I
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2. A SAGRADA ESCRITURA
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a) Maria, profetizada e prefigurada no Velho Testamento como “Rainha”. No Velho Testamento, a Realeza de Maria foi profetizada e prefigurada. Foi predita por Davi, seu antepassado, no Salmo 44, quando, ao descrever as núpcias do Rei incomparável, o Messias, disse:
“Eis as filhas do Rei para te honrar — a Rainha está a teu lado, com ouro de Ofir… Cheia de glória é a real menina — pérolas e tecido de ouro são as suas vestes. — Sobre tapetes bordados, é levada ao Rei — atrás dela, as virgens, suas companheiras — são levadas a ti; — conduzidas com festiva exultação, — entram no palácio real” (Sl 44, 10-17).
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Esta Rainha, como a Esposa do Cântico dos Cânticos, em sentido alegórico e literal é, além da Igreja e de modo especial, Maria, o membro mais eminente da Igreja.
Esta Rainha, como a Esposa do Cântico dos Cânticos, em sentido alegórico e literal é, além da Igreja e de modo especial, Maria, o membro mais eminente da Igreja.
Foi prefigurada, em seguida, de modo todo particular, por Betsabé, mãe do Rei Salomão e por Ester, esposa de Assuero. No livro terceiro dos Reis (3, 19-20), conta-se que Betsabé dirigiu-se para onde estava o rei Salomão, seu filho, a fim de interceder a favor de Adonias.
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O Rei levantou-se, foi a seu encontro e, voltando a sentar-se, quis que, à sua direita, sobre outro trono, sentasse também sua mãe. E esta lhe disse: Venho pedir-te uma pequena graça.
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Não me deixes voltar abatida! — Pede então, minha mãe, respondeu o Rei, é muito justo que te satisfaça. — Eis uma esplêndida imagem do quanto aconteceu e de quanto acontece continuamente no céu entre Maria e seu divino Filho.
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Entretanto no céu no dia da Assunção, onde ia interceder por nós, seu divino Filho foi a seu encontro e a fez sentar-se à sua direita, sobre um trono vizinho ao seu. E, às preces da Rainha, o Filho Rei não nega nada.
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O Rei levantou-se, foi a seu encontro e, voltando a sentar-se, quis que, à sua direita, sobre outro trono, sentasse também sua mãe. E esta lhe disse: Venho pedir-te uma pequena graça.
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Não me deixes voltar abatida! — Pede então, minha mãe, respondeu o Rei, é muito justo que te satisfaça. — Eis uma esplêndida imagem do quanto aconteceu e de quanto acontece continuamente no céu entre Maria e seu divino Filho.
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Entretanto no céu no dia da Assunção, onde ia interceder por nós, seu divino Filho foi a seu encontro e a fez sentar-se à sua direita, sobre um trono vizinho ao seu. E, às preces da Rainha, o Filho Rei não nega nada.
Outra figura radiosa de Maria Rainha é Ester, esposa do Rei Assuero (Est 2, 17; 5, 3). “O Rei”, assim se lê, “amou-a mais do que a todas as outras mulheres, pôs em sua cabeça um diadema real e a fez Rainha, em lugar de Vasti. E ordenou que se fizesse um suntuoso banquete para todos os príncipes e todos os servos, no matrimônio e nas núpcias de Ester…
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E concedeu um feriado a todas as províncias, e distribuiu dádivas com munificência de príncipe… Ester revestiu-se com o manto real e penetrou no átrio interno do apartamento do Rei e se postou em frente da sala deste. O Rei estava sentado no trono, colocado no fundo da sala.
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Apenas Assuero a viu, apresentou-lhe o cetro de ouro que tinha na mão. Então, Ester aproximou-se e beijou a extremidade do cetro. E o Rei lhe disse: Que queres, Rainha Ester? Que pedes? Mesmo que pedisses a metade de meu reino, ser-te-ia dada”.
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O comportamento de Assuero para com Ester não é, porventura, uma pálida imagem do procedimento de Jesus, Rei dos Reis, para com Maria, Rainha das Rainhas?
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E concedeu um feriado a todas as províncias, e distribuiu dádivas com munificência de príncipe… Ester revestiu-se com o manto real e penetrou no átrio interno do apartamento do Rei e se postou em frente da sala deste. O Rei estava sentado no trono, colocado no fundo da sala.
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Apenas Assuero a viu, apresentou-lhe o cetro de ouro que tinha na mão. Então, Ester aproximou-se e beijou a extremidade do cetro. E o Rei lhe disse: Que queres, Rainha Ester? Que pedes? Mesmo que pedisses a metade de meu reino, ser-te-ia dada”.
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O comportamento de Assuero para com Ester não é, porventura, uma pálida imagem do procedimento de Jesus, Rei dos Reis, para com Maria, Rainha das Rainhas?
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b) Maria saudada como “Rainha” no Novo Testamento. Profetizada e prefigurada no Velho Testamento, Maria Santíssima é saudada como Mãe do Rei e, por isso mesmo, Rainha no Novo Testamento.
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É saudada como Mãe de um Rei pelo Arcanjo São Gabriel, na Anunciação. Falando-lhe, com efeito, do Filho que ela conceberá e dará à luz, diz:
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“E o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai e reinará eternamente na casa de Jacó” (Lc 1, 32). É saudada como “Mãe do Senhor”, isto é, do Rei dos Reis, por Santa Isabel, a qual, como nota o Evangelista, falava sob a moção do Espírito Santo; “cheia do Espírito Santo” exclamou: “Como me é dado que a Mãe de meu Senhor venha a mim?” (Lc 1, 44).
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Também no Apocalipse (12, 5), a Virgem Santíssima, a mulher vestida de sol e coroada com um diadema de doze estrelas é apresentada como Mãe de um Filho que deve governar todas as nações com uma mão de ferro. Isto posto, é muito pequeno e muito fácil o passo da “maternidade do Rei” para o título de “Rainha”. São, com efeito, expressões que se equivalem.
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É saudada como Mãe de um Rei pelo Arcanjo São Gabriel, na Anunciação. Falando-lhe, com efeito, do Filho que ela conceberá e dará à luz, diz:
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“E o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai e reinará eternamente na casa de Jacó” (Lc 1, 32). É saudada como “Mãe do Senhor”, isto é, do Rei dos Reis, por Santa Isabel, a qual, como nota o Evangelista, falava sob a moção do Espírito Santo; “cheia do Espírito Santo” exclamou: “Como me é dado que a Mãe de meu Senhor venha a mim?” (Lc 1, 44).
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Também no Apocalipse (12, 5), a Virgem Santíssima, a mulher vestida de sol e coroada com um diadema de doze estrelas é apresentada como Mãe de um Filho que deve governar todas as nações com uma mão de ferro. Isto posto, é muito pequeno e muito fácil o passo da “maternidade do Rei” para o título de “Rainha”. São, com efeito, expressões que se equivalem.
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[1] Cf. BOURASSE, Summa Aurea, vol. 9 e 10.
[2] Idem.
[3] L. c., vol. 10, col. 192-212.
[4] Cf. Dict. Archéol. Chrét., art. Mages, t. IX, col. 995.
[5] Cf. DELATTRE, Le culte de la S. Vierge en Afrique, Paris, 1907, p.5-6.
[6] Cf. MALE, L’art réligieux du XII siècle en France, 3ª ed., Paris, 1928, p.56.
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ROSCHINI, G. Instruções Marianas. Tradução de José Vicente. São Paulo: Edições Paulinas, 1960, p.111-114.
Fonte: Mulher Católica.org
1 Comentário
Não resta dúvida da realeza que tinha Maria, pois nos evangelhos vemos que ela era da descendiencia de Davi, rei de Israel.