A Human Life International (HLI) promoveu em São Paulo, de 3 a 6 de novembro de 2011, no auditório do Colégio de São Bento, o II Congresso Internacional pela Verdade e Pela Vida que reuniu oradores pró-vida de diversas partes do mundo.
Depois da abertura proferida pelo diretor do colégio São Bento, Prof. Felipe Neri, o padre Shenan Boquet, presidente da HLI, alertou os participantes do evento para o fato de que a questão chave por detrás da “cultura da morte” é a rejeição a Deus e a falta de prática dos Mandamentos.
Muitas pessoas, disse ele, não são militantes conscientes dessa cultura anti-vida, mas de alguma forma participam dela ao utilizar métodos anticoncepcionais ou ter uma falsa compaixão ao pensar que se pode tirar a vida de quem sofre, em clara referência ao aborto de anencéfalos e à eutanásia.
O padre Shenan destacou que o controle de natalidade é contrário ao sacramento do matrimônio, tema este que outro conferencista, Matthew Hoffman, correspondente de América Latina da agência de notícias LifeSiteNews, tratou com mais detalhes. Para Hoffman, a origem do movimento homossexual se encontra no estilo de vida promíscuo entre heterossexuais, que fazem do outro um simples objeto de prazer e excluem da prática sexual a procriação como finalidade primeira. Esse desregramento dos heterossexuais facilitou o êxito da propaganda homossexual.
A palestra de Mons. Dr. Juan Carlos Sanahuja, formado em jornalismo pela universidade de Navarra e doutor em Teologia, foi sobre a nova “Religião Universal”, de fundo ecológica, que tenta impor uma uniformização política para o mundo e um mesmo regime de pensamento para todas as nações. “A ética judeo-cristã não poderá ser aplicada no futuro”, diz um documento da OMS citado por Mons. Sanahuja que surpreendeu o público presente com diversas outras citações extraídas de textos oficiais de órgãos ligados à ONU.
O conhecido padre Luis Carlos Lodi, presidente da associação Pró-Vida, de Anápolis, deu uma excelente conferência sobre os principais erros que os pró-vida precisam evitar, especialmente no uso de uma correta linguagem, não utilizando termos próprios aos abortistas; referiu-se também às principais armas que devemos utilizar nesse apostolado pela vida.
Houve muitas outras conferências e doutos palestrantes, como Dr. Jorge Scala sobre “ideologia de gênero”; Dr. Piero Tozzi sobre como o termo aborto nunca foi citado em Tratados Internacionais; Pe. Paulo Ricardo sobre como o marxismo cultural se infiltrou na Igreja; Raymond Souza sobre os três pontos fundamentais de combate à “cultura da morte”: rezar, estudar e agir”; e Dr. Mario Rojas sobre a assustadora queda demográfica mundial.
Enfim, o II Congresso Internacional pela Verdade e Pela Vida tinha como objetivo dar um panorama completo da “cultura da morte”, como essa cultura está ao nosso lado em muitos aspectos e como combatê-la com eficácia.