.
Sobre a distribuição da Sagrada Comunhão sob duas espécies o abraço da paz e a atuação dos ministros extraordinários da Sagrada Comunhão nas celebrações Eucarísticas.
.
Desde o início do meu ministério episcopal em nossa Diocese de Barretos,
Observando como são distribuídas as sagradas espécies do Corpo e do Sangue do Senhor, o Rito do Abraço da Paz e a participação dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão no Rito da Comunhão, creio ser importante chamar a atenção dos irmãos padres, dos ministros e fiéis para o que a Igreja determina em relação a estas matérias.
No uso das minhas faculdades, na qualidade de moderador da Sagrada Liturgia na diocese e “Pontífice responsável pelo culto divino da Igreja particular” (Diretório para o Ministério Episcopal dos Bispos, n. 145), considerando a importância desta matéria, determino que, a partir da presente data sejam observadas em todas as paróquias, nas respectivas Igrejas Matriz e Capelas (Comunidades), Casas Religiosas e Casas de Formação, as seguintes orientações:
.
1) Sobre a Sagrada Comunhão sob duas espécies
De acordo com o que determina a Instrução REDEMPTIONIS SACRAMENTUM sobre alguns aspectos que se deve observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia , no que tange à comunhão sob as duas espécies (cf. nn. 100-107), sublinho que:
a) Não seja permitido ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no cálice, nem que receba na mão a hóstia molhada; ou seja, para a distribuição da comunhão eucarística é somente permitida a comunhão na boca (cf. n.104);
.
2) Sobre o Rito da Paz
De acordo com a Carta Circular da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, sobre o Significado Ritual do Dom da Paz na Missa, de 8 de junho de 2014, deve-se evitar nas celebrações eucarísticas alguns abusos:
– A introdução de um “canto para a paz”, inexistente no Rito Romano: Significa que o canto da saudação da paz não existe e deve ser retirado das celebrações. Pode haver a saudação, mas sem
o canto.
– Os deslocamentos dos fiéis para trocar a paz: basta saudar as pessoas que estão próximas, sem
se deslocar.
– Que o sacerdote abandone o altar para dar a paz a alguns fiéis: o padre não deve se distanciar do altar durante o rito da paz.
– Que em algumas circunstâncias, como a solenidade de Páscoa ou de Natal, ou Confirmação, o Matrimônio, as sagradas Ordens, as Profissões Religiosas ou as Exéquias, o dar-se a paz seja ocasião para felicitar ou expressar condolências entre os presentes: o rito da paz não é momento para dar “parabéns”, “feliz natal”, “feliz páscoa” ou qualquer outra saudação.
.
3) Sobre o ministério extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística
Será importante evidenciar que a função dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística, nas celebrações eucarísticas, é sempre de colaboração, e não de substituição.
Daí, não é permitido que o ministro ordenado sente-se durante a
comunhão eucarística deixando a distribuição da Sagrada Comunhão ao encargo dos ministros.
O primeiro a distribuir a Sagrada Comunhão é sempre o ministro ordenado, coadjuvado pelos ministros extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística; e não substituído por eles.
Quando há um maior número de ministros ordenados que os ministros extraordinários não desempenhem o seu ministério, dando àqueles que são ordenados a possibilidade de exercerem o seu ministério como lhes compete pelo sacramento da Ordem.
Esperando a compreensão e o acatamento destas determinações a partir da presente data, peço que sejam lidas aos fiéis nas missas do próximo final de semana.
Por favor, queiram providenciar cópias deste documento para os membros das Equipes de Celebração, os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística e àqueles cujas funções estão relacionadas com esta matéria.
A todos os que chegarem estas palavras invoco as bênçãos divinas e as luzes do Divino Espírito Santo, Padroeiro de nossa diocese.
Dado em Barretos, aos 04 de Agosto de 2015, Memória Litúrgica de São João Maria Vianney, Patrono dos Párocos.
.
Dom Milton Kenan Júnior
Bispo de Barretos
.
* * *
Fonte: http://fratresinunum.com/
6 Comentários
@Marcos Aurelio
Muito Obrigado
Sr . Marcos Aurélio Vieira
Procurarei estudar e me informar mais com estas exelentes informações que o Sr me indicou fico muito feliz e agradecido pelas informações e pdf obrigado!
Eu concordo e acho também o certo a Missa de nosso Senhor Jesus ser celebrada com o maximo de respeito e devoção! Eu tenho 31 anos nunca assistir que eu me lembre a uma missa Tridantina gostaria também de poder ver mas como?
Como podemos nós simples fiéis falar e fazer algo a respeito?
Sr. Rafael Marcos,
Bom Dia!
Referindo-se à Santa Missa celebrada segundo o rito tradicional (São Pio X), o senhor pergunta: “Como podemos, nós, simples fieis, falar e fazer algo a respeito?”
1) A primeira providência que a respeito da Santa Missa “nós, simples fieis” devemos tomar é procurar nos instruir bem sobre a Santa Missa: a) origem, razão de sua instituição por Nosso Senhor Jesus Cristo, requisitos para uma celebração válida, quais as condições para uma assistência bem feita, local de celebração (como deve ser as igrejas, etc.), como deve ser a participação de um fiel assistente, requisitos para a comunhão, etc.; b) Ritos – o que é o rito da Santa Missa, quais os diversos tipos de ritos na Igreja, etc.
2) Para lhe indicar um local onde o senhor poderá assistir uma missa no rito tradicional é preciso que senhor nos indique em que cidade reside. Diante dessa informação poderemos pesquisar um local mais próximo.
3) Em email à parte estamos lhe enviado o livro “Explicação da Santa Missa” escrito pelo Frei Martinho de Cochem, Capuchinho. Os ensinamentos que ele dá são evidentemente para a missa tridentina, pois na ocasião nem se imaginava na possibilidade de celebração num rito que não fosse aquele estabelecido pelo Concílio de Trento (1570). Somente depois de muita decadência é que foi possível estabelecer o chamado “Novo ordo” que proporciona tanta margem de abusos e que tem, por detrás, uma impostação teológica pelo menos dúbia.
4) Aqui estão alguns links pelos quais é possível assistir, no Youtube, a explicação pormenorizada da Santa Missa no rito tradicional.
https://www.youtube.com/watch?v=-5569Ouj4Uc
https://www.youtube.com/watch?v=UJb4d9nw_tA
https://www.youtube.com/watch?v=w5HHIPPIWfU
5) De fato, quem assiste, de modo conveniente e bem instruído, a Santa Missa no rito de São Pio V (tradicional) bem a diferença e superioridade em relação às celebrações “progressistas” ou “modernizadas”. Na missa tradicional há sacralidade, seriedade, compostura e o devido respeito, enquanto no rito novo torna-se muito difícil evitar que haja superficialidades, abusos e até sacrilégios.
Cordialmente,
In Jesu et Maria
Marcos Aurélio Vieira
Concordo plenamente com o que diz o senhor Bispo!
A Santa Missa é o momento em que vivemos o sacrifício de Jesus por nós. Como já disse nosso Papa Bento VI, “o que importa é a qualidade e não quantidade de fiéis”.
Algumas pessoas não aceitam orientações hierárquicas da igreja, mas quando resolvem seguir outras doutrinas fazem tudo o que seus pastores mandam, o que é dito é lei!
Missa é o momento de recolhimento e meditação do grande mistério da fé.
Não vejo nada de abuso ou absurdo, primeiramente que não existe comunhão em duas espécies na mão, ela deve ser SEMPRE direto na boca, NUNCA na mão e se possível o comungante segurando o sanguíneo para evitar que o vinho pingue e o “sangue consagrado” se perca, já em relação ao “abraço da paz” liturgicamente nunca existiu, o celebrante já pede e deseja a paz a todos, a assembléia reforça aos mais próximos, o próprio Papa Francisco vetou a farra do abraço e por fim, como ministro extraordinário da comunhão eucarística, acho ruim quando acontece mas a prioridade de distribuir a comunhão é sempre do ordenado, bispo, padre e diáconos. Aqui na minha diocese (Uberlândia) isso é comum e praticado.Paz e bem.
Bispo, o Senhor, com estas orientações, esta distanciando os fies cada vez mais da igreja e dos irmãos, uma coisa é orientar certos absurdos mas coloca-los em pratica não concordo
Sou católico praticante e veja essas orientações a igreja um absurdo
Esta é minha opinião
Grato