A quarta aparição de Fátima ofuscada pelos pecados das autoridades. Clique aqui e entenda.
Como se sabe, a 4a. Aparição de Nossa Senhora em Fátima, não pode dar-se no costumeiro dia 13. As três crianças tinham sido presas pelo Administrador de Ourém para interrogatório, foram amedrontadas, sofreram ameaças de morte.
Acrescenta o Prof. Plinio:
“O primeiro comentário a se fazer dessa aparição é o seguinte: os Srs. veem a afirmação feita por Nossa Senhora de que se os meninos não tivessem sido levados pelo Administrador de Ourém à aldeia, o milagre (que se operaria na última Aparição) seria mais grandioso.
Quer dizer, estava prometido um milagre para que todos acreditassem, mas o milagre seria menos grandioso, por causa do crime praticado contra essas crianças.
Pressão moral sobre as crianças no Portugal laicizado e anticatólico…
“Os Srs. conhecem bem a pressão moral fabulosa que foi exercida contra essas crianças por esse Administrador de Ourém.
Portugal estava ainda naquele tempo, na febre da proclamação da república, que se dera alguns anos antes e da implantação da separação da Igreja do Estado, com uma onda enorme de laicismo.
E as pequenas autoridades locais, para serem promovidas pelo governo de Lisboa, procuravam manifestar o maior zelo possível na repressão não só de qualquer manifestação monárquica, mas ainda de qualquer manifestação católica.
“Com o correr das aparições, esse Administrador de Ourém, que era uma pequena autoridade municipal, resolveu fazer pressão sobre as crianças.
E então prendeu as crianças e para fazer com que elas confessassem que tudo não passava de mentira, chegou a essa crueldade: ele mandou chamar as crianças, uma por uma, para morrer.
E ele dizia: Lúcia vai ser morta, vocês dois não querem confessar o crime? Não quiseram. Então, vai outra, depois o terceiro.
E afinal de contas viu-se que todas as crianças mantinham, ainda que em risco de vida, mantinham a veracidade do que tinham dito.
“Nós podemos dizer que então o Administrador de Ourém foi uma coisa providencial, porque a sinceridade dessas crianças transparecia mais em virtude da infame pressão moral que tinha sido feita contra elas.
Foi exatamente nessa ocasião, que o Administrador de Ourém fez pressão sobre Jacinta para que ela gritasse: Viva a República.
E Jacinta, que era uma criança, não entendia nada, nem de monarquia, nem de república, teve para ele essa resposta negativa:
Ora vai tu, bolacha maria; morra a república, viva a monarquia. E resistiram heroicamente até à pressão do martírio.
“A Providência permitiu esse fato e dele tirou proveito. Mas vejam: qual é o poder de uma ação praticada por uma autoridade, ainda que uma autoridade pequena: esse milagre, que era um milagre que deveria ecoar no mundo inteiro e que devia aumentar a crença no que em Fátima ocorrera;
esse benefício, portanto, para o mundo inteiro, esse grau a mais para a glória de Nossa Senhora, isso não foi dado e não foi manifestado, por causa do crime do Administrador de Ourém.”
Quer dizer, como o poder público tinha cometido um crime contra as crianças amadas por Nossa Senhora, o milagre previsto não se fez. Os Srs. podem por aí imaginar quanto um ato de uma autoridade pública agrava a Nossa Senhora.
Fonte: IPCO.
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