Estas contribuem à debilitação dos princípios do direito natural e relativizam as leis, advertiu
Ao receber dia 13 de setembro, as credenciais do novo Embaixador da República Federal da Alemanha ante a Santa Sé, Walter Jürgen Schmid, o Papa Bento XVI ressaltou que “a Igreja não pode aprovar as iniciativas legislativas que implicam uma re-avaliação de modelos alternativos da vida conjugal e familiar”.
Em seu discurso o Santo Padre se referiu à próxima beatificação, em 19 de setembro em Münster, do sacerdote mártir do regime nazista Gerhard Hirschfelder e no ano 2011 a outros quatro presbíteros e se homenageará também um pastor evangélico.
O Papa disse que “contemplando estas figuras de mártires está cada vez mais claro e exemplar, como alguns homens, a partir de sua convicção cristã, estão dispostos a dar sua vida pela fé, pelo direito a exercer livremente suas crenças e pela liberdade de expressão, pela paz e a dignidade humana”.
Entretanto, continuou, “muitos homens se inclinam para idéias religiosas mais permissivas também para eles mesmos. Substituem o Deus pessoal do cristianismo, que se revela na Bíblia por um ser supremo, misterioso e indeterminável, que só tem uma vaga relação com a vida pessoal dos seres humanos”.
O Papa sublinhou que “estas idéias animam cada vez mais o debate na sociedade, especialmente sobre o âmbito da justiça e da legislação. Entretanto, se for abandonada a fé em um Deus pessoal, surge a alternativa de um ‘deus’ que não conhece, que não sente e não fala. Se Deus não dispuser de sua própria vontade, o bem e o mal já não são distinguíveis. O homem perde assim sua força moral e espiritual necessária para o desenvolvimento completo da pessoa. A ação social é cada vez mais dominada pelo interesse privado ou pelo cálculo do poder, em detrimento da sociedade”.
Bento XVI assinalou neste sentido que “a Igreja vê com preocupação a tentativa cada vez maior de eliminar o conceito cristão de matrimônio e de família da consciência da sociedade. O matrimônio se manifesta como uma união duradoura de amor entre um homem e uma mulher, que sempre está aberta à transmissão da vida humana”.
Neste contexto assinalou que é necessária “uma cultura da pessoa”, usando uma expressão de João Paulo II. Por outro lado, “o êxito do matrimônio depende de todos nós e da atitude pessoal de cada cidadão. Neste sentido, a Igreja não pode aprovar as iniciativas legislativas que implicam uma re-avaliação de modelos alternativos de vida conjugal e familiar. Estes contribuem à debilitação dos princípios do direito natural e portanto, à relativização de toda a legislação e também à confusão sobre os valores na sociedade”.
Referindo-se posteriormente às novas possibilidades da biotecnologia e da medicina, o Santo Padre insistiu no “dever de estudar diligentemente em que medida estes métodos podem servir de ajuda aos seres humanos e quando se trata, pelo contrário, de manipulação humana, de violação de sua integridade e dignidade. Não podemos rejeitar esta evolução, mas devemos estar muito atentos. Quando se começa a distinguir –e com freqüência isto acontece já no ventre materno– entre vida digna e indigna de viver, tampouco se salvará nenhuma outra etapa da vida, e muito menos a enfermidade e a velhice”.
O Santo Padre concluiu pondo de relevo que “a construção de uma sociedade humana requer fidelidade à verdade” e assinalou que “ao existir uma competência cada vez maior, os meios de comunicação pensam que estão obrigados a suscitar a máxima atenção possível. Por outra parte, o contraste em geral é notícia, mesmo quando vai em detrimento da verdade do fato. Isto é especialmente problemático quando as autoridades adotam publicamente uma posição, sem ser capazes de verificar todos os aspectos de forma adequada. Me alegro da intenção do Governo Federal para comprometer-se nestes casos”.
Fonte: ACI Digital
2 Comentários
15,setembro,2010 em 18:02
O Santo Padre o papa em sua santidade está certissimo em seus comentarios de não aprovar, por isso temos que rezar pela sua santidade para que o divino espirito santo ilumine cada dia de sua vida com sabedoria paz saúde e força muita e muita fé para vencer tudo e todos, que ele possa governar sem interferência dos demais.
O Santo Padre o Papa está muito certo com seus comentario, e nós temos a obrigação de resar na sua intenção, para que o espirito santo dê ele sabedoria e saude para que ele possa governar este mundo tão dilacerado como está..