O Pe. Alfred Loisy (foto), professor do Instituto Católico de Paris, comparava as curas de Lourdes com as que — segundo ele — “aconteciam outrora nos templos de Esculápio”, deus pagão da medicina.
Loisy morreu excomungado em 1940. Seu infame intento de desprestigiar Lourdes não teve maior sucesso que a dos céticos Ernesto Renan e Anatole France.
Houve, porém, ofensivas mais subtis. Em 1894, o habilidoso romancista e político socialista Émile Zola deu a lume a sua novela Lourdes, fortemente sentimental, inverídica e anti-católica.
Ela bem poderia servir de roteiro para as mais desavergonhadas novelas da TV de hoje. Pelo fato de achar que viu a Virgem, Bernadette é apresentada como uma “retardada de espírito e de corpo”, frustrada por não se realizar como mulher, esposa e mãe.
Outros personagens entram em cena: um jovem sacerdote que perdeu a fé e duvida de tudo em Lourdes; algumas miraculadas ludibriadas, mistificadoras ou maníacas, médicos trapalhões e inescrupulosos explorando a ignorância popular etc.
A novela passou de todas as medidas, e foi sepultada por um dilúvio de protestos.