As manifestações de dor pelos pecados dos homens transparecem em algumas das aparições de Nossa Senhora. Por exemplo, durante seu copioso pranto em La Salette, em 1846, Melanie, a pequena vidente, quis consolá-la. Quem de nós não gostaria de fazer o mesmo, e até de chorar com Nossa Senhora?
Melanie escreveu:
“Eu quis me jogar nos seus braços e dizer-lhe: ‘Minha mãe querida, não choreis! Quero Vos amar por todos os homens da Terra’”.
De fato, essa cena é própria a causar compaixão em qualquer coração verdadeiramente católico. A Virgem cobria o rosto com as mãos e as lágrimas lhe corriam pelas vestes.
Nossa Senhora chorava e lamentava, dentre outras coisas, pelos pecados decorrentes da não observância do descanso dominical, das blasfêmias e da degradação moral do clero, este último de uma gravidade muito maior.
Em Fátima, do mesmo modo, Nossa Senhora não se apresentou chorando de forma explícita aos três pastorinhos. Ela demonstrou apreensão pelos “erros da Rússia” que se espalhariam, bem como pelos sofrimentos que se abateriam sobre as nações e o Santo Padre.
Contudo, o pranto não manifestado em Portugal, durante as aparições, revelou-se a todo o mundo em 1972, na famosa lacrimação da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, em Nova Orleans, Estados Unidos.
Por que Ela quis demonstrar tanta tristeza nessa ocasião?
Não houve então qualquer mensagem para esclarecer a razão das lágrimas. O pranto da Imagem Peregrina teve como causa os mesmos motivos revelados nas aparições anteriores:
Os pecados individuais, os pecados coletivos e sua repercussão na crise interna da Santa Igreja. E esses pecados são constantes. Não deram sequer um momento de descanso ao coração dolorido da Mãe de Deus.
Eis três exemplos deles nos dias atuais. O melhor consolo que poderíamos dar à Mãe Celeste consistiria em evitar, em primeiro lugar, todo pecado individual. Se o fizermos, os pecados das nações e aqueles que são cometidos dentro da Igreja tornar-se-iam de algum modo menos frequentes e menos ofensivos a Deus e a sua Mãe Santíssima. O pressuposto de tudo que se escreve nesta seção são os lamentos – algumas vezes manifestados em lágrimas – da Virgem Santíssima diante da decadência do mundo contemporâneo. Decadência que é fruto de pecados individuais? Sim! Mas, especialmente, de seus reflexos sobre todas as esferas do agir humano: desde a sociedade temporal até dentro da Igreja.
Anos antes das aparições de La Salette, em 1830, a Mãe de Deus havia se manifestado a Santa Catarina Labouré.
Nas vezes em que se mostrou refulgente de raios de luz que brotavam de suas mãos, Nossa Senhora não chorou. Mas ao dizer as palavras:
“Os tempos são muito maus, calamidades se precipitarão sobre a França. O trono será derrubado. O mundo inteiro será transtornado por males de toda ordem”
A vidente notou que Nossa Senhora tinha um ar muito penalizado. As lágrimas da Virgem Santa aí não se manifestaram. Talvez tenham permanecido dolorosamente represadas no seu terno coração de Mãe, para não alarmarem demais Catarina sobre as crises políticas e sociais que se desencadeariam a partir da queda de Carlos X, Rei da França, naquele ano de 1830. De qualquer maneira, são lamentos causados pelas graves consequências do pecado contra instituições milenares da Cristandade. Com efeito, as revelações a Santa Catarina prenunciam, com décadas de antecedência, a revolução da Comuna de Paris (1871) e, mais remotamente, a explosão do comunismo na Rússia (1917). Tristes acontecimentos que deixaram até hoje seu rastro de destruição na civilização cristã.
Em Fátima, do mesmo modo, Nossa Senhora não se apresentou chorando de forma explícita aos três pastorinhos.
Ela demonstrou apreensão pelos “erros da Rússia” que se espalhariam, bem como pelos sofrimentos que se abateriam sobre as nações e o Santo Padre.
Contudo, o pranto não manifestado em Portugal, durante as aparições, revelou-se a todo o mundo em 1972, na famosa lacrimação da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, em Nova Orleans, Estados Unidos. Por que Ela quis demonstrar tanta tristeza nessa ocasião?
Não houve então qualquer mensagem para esclarecer a razão das lágrimas. O pranto da Imagem Peregrina teve como causa os mesmos motivos revelados nas aparições anteriores: os pecados individuais, os pecados coletivos e sua repercussão na crise interna da Santa Igreja. E esses pecados são constantes.
Não deram sequer um momento de descanso ao coração dolorido da Mãe de Deus.
Eis três exemplos deles nos dias atuais.
Um caso de pecado individual ocorreu em Brasília, onde um homem agrediu moralmente uma mulher em um ônibus coletivo no último mês de setembro. Curiosamente, este só foi mais um de vários casos similares — e mais brutais! — relatados nos últimos tempos nos jornais do País.
No Brasil, a recente tentativa de aprovar o aborto em determinadas circunstâncias pelo Supremo Tribunal Federal destaca outro exemplo de pecado coletivo. Esse fato evidencia a contínua degradação moral de uma nação católica, mostrando como decisões legais impactam profundamente os valores religiosos e morais da sociedade.
Dentro das próprias instituições da Igreja, observamos situações preocupantes, como a inauguração de um banheiro “unissex” na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Isso só foi possível com a autorização ou, pelo menos, a conivência de altas autoridades do clero católico.
Mas, o mínimo que se pode dizer é que tais autoridades não se importam com as diferenças naturais colocadas por Deus entre homens e mulheres, de onde provém a necessidade imperiosa de separar banheiros por sexo em locais públicos. Considerará Nossa Senhora tudo isso com indiferença?
Aliás, alguém seria capaz de relatar esses fatos a Ela enquanto chorava em La Salette, por exemplo? Não!
Se nós amamos a Virgem Santíssima, teríamos o desejo único de tentar consolá-la, a exemplo de Melanie. O melhor consolo que poderíamos dar à Mãe Celeste consistiria em evitar, em primeiro lugar, todo pecado individual.
Então, se o fizermos, os pecados das nações e aqueles que são cometidos dentro da Igreja tornar-se-iam de algum modo menos frequentes e menos ofensivos a Deus e a sua Mãe Santíssima.