A Igreja celebra hoje o dia de Nossa Senhora das Graças.
Em 1830, Nossa Senhora apareceu, em Paris, a Santa Catarina Labouré, então jovem religiosa, e lhe ensinou a devoção da Medalha Milagrosa.
Nessas aparições, Catarina afirmou que Maria lhe dissera que o mundo estava prestes a ser dominado por ‘males de toda espécie’.
A Mãe de Deus, segundo a santa, estava com uma veste branca e manto azul. Conforme relatou a religiosa, era de uma “beleza indizível”.
Os pés estavam sobre um globo branco e esmagavam uma serpente. Suas mãos, à altura do coração, seguravam um pequeno globo de ouro, coroado com uma pequena cruz. Levava nos dedos anéis com pedras preciosas que brilhavam e iluminavam em toda direção.
A Virgem olhou então para Santa Catarina e lhe disse:
“O globo que vês representa o mundo inteiro, especialmente a França e cada alma em particular.Estes raios são o símbolo das graças que Eu derramo sobre as pessoas que me pedem. As pérolas que não emitem raios são as graças das almas que não pedem”.
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O globo de ouro que a Virgem Maria estava segurando se desvaneceu e seus braços se estenderam abertos, enquanto os raios de luz continuavam caindo sobre o globo branco dos pés.
Nesse momento, formou-se um quadro oval em torno de Nossa Senhora, com as seguintes palavras em letras douradas:
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.”
Então, Maria pediu que Catarina mandasse cunhar a medalha, segundo o que estava vendo:
“Fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança”, prometeu a Santíssima Virgem –
A promessa se cumpre
A promessa efetivamente se cumpriu. Em março de 1832, quando iam ser confeccionadas as primeiras medalhas, uma terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa oriental, atingiu Paris. Mais de 18 mil pessoas morreram em poucas semanas. Num único dia, chegou a haver 861 mortes.
No fim de junho, as primeiras medalhas ficaram prontas e começaram a ser distribuídas entre os flagelados.
Na mesma hora refluiu a peste e tiveram início, em série, os prodígios que em poucos anos tornariam a Medalha Milagrosa mundialmente célebre.
Aparições de Nossa Senhora das Graças
A primeira aparição ocorreu em julho daquele ano, durante a qual a Virgem transmitiu mensagens sobre os pecados do mundo, a importância de Jesus Cristo como redentor e advertências sobre castigos iminentes.
A segunda aparição, em novembro de 1830, envolveu a instrução para criar a Medalha Milagrosa, com promessas de graças especiais para aqueles que a usassem com devoção.
A Medalha Milagrosa foi cunhada conforme as instruções da Virgem e se tornou um meio de bênçãos maternais, milagres e preparação para a definição dogmática da Imaculada Conceição em 1854. A devoção à medalha se espalhou rapidamente, acompanhada por numerosos milagres e conversões.
O Papa Gregório XVI e outros pontífices aprovaram e abençoaram a medalha, e a devoção se consolidou, contribuindo para a restauração da fé e dos bons costumes.
As aparições também incluíram previsões de acontecimentos futuros, como desgraças na França e a confirmação do dogma da Imaculada Conceição.
A devoção à Medalha Milagrosa foi amplamente aceita, e diversas graças foram associadas a ela.
A história destas aparições e a disseminação da devoção à Medalha Milagrosa são testemunhos de fé e da intercessão da Virgem Maria na vida dos fiéis.
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