Há 54 anos entrava na eternidade o Santo Padre Pio de Pietrelcina.
Herdeiro espiritual de São Francisco de Assis, o Padre Pio de Pietrelcina foi o primeiro sacerdote a ter impresso sobre o seu corpo os estigmas da crucifixão. Ele é conhecido em todo mundo como o “Frei” estigmatizado.
O Padre Pio, que se chamava Francesco Forgione, nasceu na Pietrelcina, num pequeno povoado da Província de Benevento, em 25 de maio de 1887.
Pertencia a uma família humilde e desde muito menino Francesco experimentou em si o desejo de consagrar-se totalmente a Deus e este desejo o distinguia dos meninos de sua época.
Tal “diferença” foi observada por seus parentes e amigos.
Narra a mamãe Peppa: “Não cometeu nunca nenhuma falta, não tinha caprichos, sempre obedeceu a mim e a seu pai, a cada manhã e a cada tarde ia à igreja visitar a Jesus e a Virgem. Durante o dia não saia nunca com os seus companheiros.
Às vezes eu dizia: – “Francì vá um pouco a brincar”. Ele se negava dizendo: – “Não quero ir porque eles blasfemam”.
Do diário do Padre Agostinho de San Marco em Lamis, o qual foi um dos diretores espirituais do Padre Pio, soube-se que o Padre Pio, desde 1892, quando tinha apenas cinco anos, viveu já suas primeiras experiências místicas espirituais.
Ele via cotidianamente Nosso Senhor Jesus Cristo, Nossa Senhora e seu Anjo da Guarda. Só quando adulto descobriu que os outros não tinham essas aparições, que para ele eram rotineiras.
Ordenado sacerdote a 10 de agosto de 1910, teve assim início sua vida sacerdotal que por causa de suas condições precárias de saúde, se passou primeiro em muitos conventos da província de Benevento.
A partir de 4 setembro de 1916 chegou ao convento de San Giovanni Rotondo, onde ficou até 23 de setembro de 1968, dia de seu pranteado falecimento.
Hoje comemoramos o Jubileu de sua entrada no Paraíso.
Nesse longo tempo o Padre Pio iniciava seus dias despertando-se à noite, muito antes da aurora, se dedicava a oração e com grande fervor aproveitando a solidão e silêncio da noite.
Visitava diariamente por longas horas a Jesus Sacramentado, preparando-se à Santa Missa, e daí sempre tirou as forças necessárias, para seu grande trabalho com as almas, levando-as até Deus no Sacramento da Confissão.
Atendia confissões por até 14 horas diárias, e assim salvou muitas almas.
Um dos acontecimentos que marcou intensamente a vida do Padre Pio foi que se verificou na manhã do 20 de setembro de 1918, quando, rezando diante do Crucifixo do coro da velha e pequena igreja, ele recebeu o maravilhoso presente dos estigmas.
Os estigmas ou as feridas foram visíveis e ficaram abertas, frescas e sangrentas, por meio século.
Este fenômeno extraordinário tornou a chamar, sobre o Padre Pio a atenção dos médicos, dos estudiosos, dos jornalistas, enfim sobre toda a gente comum que, no período de muitas décadas foram a San Giovanni Rotondo para encontrar o santo frade.
Esta Editorial se tornaria interminável se pudéssemos contar todas as maravilhas, os sofrimentos, as violências diabólicas e as perseguições que sofreu nosso Santo.
Ou se fôssemos relatar todas suas obras de caridade, como o hospital que construiu em San Giovanni Rotondo, até hoje uma instituição de referência médica na Itália.
Se falássemos dos milagres… Dos milhares de milagres que foram registrados em seu processo de canonização…
De seus carismas de ler as consciências, de bilocação, de interferências na guerra, salvando soldados… e isso tudo sem sair do convento…
Se falássemos das conversões que operou no Confessionário, inclusive de pessoas famosas que há muito se haviam apartado da Religião…
Nenhum espaço bastaria…
Em setembro de 1.968, milhares de devotos e filhos espirituais do Padre Pio se reuniram em um congresso em San Giovanni Rotondo para comemorar o 50o, aniversário dos estigmas e celebrar o quarto congresso internacional dos Grupos de Oração.
Ninguém imaginou que às 2h30 da madrugada do dia 23 de setembro de 1968, seria o doloroso final da vida do Padre Pio de Pietrelcina.
Em 16 de junho de 2002, foi proclamado Santo, na Praça de São Pedro, pelo Papa João Paulo II, e passou a ser São Pio de Pietrelcina.
40 anos após sua morte, sua santidade foi confirmada ao fazerem sua exumação. O corpo do Padre Pio estava incorrupto, como se estivesse repousando e continua hoje exposto em seu Santuário, em San Giovanni Rottondo.
Qual era a missão do Padre Pio?
Um dia, conversando com seus irmãos capuchinhos, falavam como Deus suscita ao longo da História, santos com missões específicas para atuar nos males de cada época.
Como seus irmãos já o consideravam Santo, perguntaram-lhe de supetão: “E o sr. Padre Pio, qual sua missão?”
O santo se afastou um pouco para junto da janela, olhou para o firmamento, e respondeu depois de um curto silêncio: “Eu vim para os sacerdotes”.
Como interpretar essa frase?
Sendo o Padre Pio um santo de nosso tempo (muitos que nos leem já haviam nascido em 1968), ele veio para os sacerdotes de nosso tempo.
Parece que ele já antevia a crise moral de nossos dias e como a Igreja necessitaria de sacerdotes santos para atuar sobre as almas.
Mas não parece apenas… Ele sabia de tudo o que estamos vendo hoje.
Um testemunho teria contado em seu processo de canonização que Deus revelara ao Padre Pio tudo o que aconteceria na Igreja até o fim do mundo.
Ele viu portanto nossa época, nossas crises, nossas infidelidades e nossos pecados.
Ele viu, e vê, este momento em que você lê este post para glorificá-lo. Ele ouve suas súplicas, seus pedidos de graças.
O Padre Pio era um escravo do sacramento da Confissão.
Como dissemos, chegava a passar até 14 horas confessando, dando conselhos, orientando vidas, fazendo as censuras necessárias e, sobretudo, perdoando e convertendo milhares de almas, que tinham suas vidas inteiramente mudadas.
Essa união com os sofrimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo na Paixão, fazia com que durante a missa que celebrava ele sentisse todas as dores da Paixão.
Segundo um biógrafo, ele saia das missas exausto, com dores por todo o corpo e, além de precisar sustentá-lo, formavam em sua volta um cordão de isolamento, pois cada parte de seu corpo que era tocado, produzia dores terríveis.
O Padre Pio formou o primeiro Grupo de Oração, composto por aqueles que ele chamava de seu “Filhos Espirituais”. Para fazer parte do Grupo era preciso que o próprio Padre Pio os convidasse, pois queria ter um grupo de santos.
Aos seus filhos espirituais ele sempre dizia:
“Nunca os abandonarei. Estarei lhes esperando na porta do Paraíso, até que o último entre”.
O que nós devemos hoje pedir a São Pio de Pietrelcina, neste dia em que ele comemora 50 anos no Céu?
Devemos pedir a graça da conversão de nossas almas, a graça do arrependimento de nossos pecados, prometer espalhar sua devoção por todo esse nosso Brasil, que começa a conhecê-lo, e não deixar de fazer essa súplica:
“Santo Padre Pio, faça-me vosso Filho Espiritual, assisti-me até meu último suspiro nesta terra, e me espere na porta do Paraíso”.
***
Hoje é um dia muito especial e não poderíamos deixar de mencioná-lo.
Padre Pio foi um santo de milagres e ainda continua concedendo muitas graças aos seus devotos e filhos espirituais.
Então, acenda uma Vela especial e peça ao São Pio de Pietrelcina interceder pelas suas causas.
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Amém