As Sete Dores de Maria: Segunda Dor: Fuga para o Egito
A Santíssima Virgem recebeu a segunda ferida quando teve de partilhar das dores de todas as pessoas “deslocadas” no mundo, de todos os exilados, dos quais Cristo foi o primeiro. O ditador Herodes, temendo que Aquele cuja coroa era de ouro lhe tirasse a sua pobre coroa de metal dourado, mandou procurar o Menino Jesus apenas com dois anos, para o mandar matar.
Duas espadas são agora brandidas: uma por Herodes, que quer matar o Príncipe da Paz, de modo a obter uma falsa paz pelo reinado da força; a outra por Aquele que é a Própria Espada e que quereria ver o Êxodo levar, pelo contrário, da Terra onde vai refugia-se com Sua Mãe, o povo, cujos exercícios Ele outrora dirigiu. É José, de novo, o encarregado de proteger o Pão Vivo.
Se o Filho de Deus, em Sua natureza humana, e Sua Santa Mãe não tivessem sentido ambos a tragédia de milhões de seres que, na nossa civilização atual, são perseguidos por novos Herodes;
Se Eles não tivessem partilhado da experiência dolorosa dessas populações violentadas arrancadas à sua pátria e conduzidas pela força para as inóspitas planícies da Sibéria;
Se o novo Adão e a nova Eva não tivessem sido as primeiras pessoas deslocadas da História Cristã, então os infelizes refugiados poderiam levantas as mãos ao Céu para exclamarem:
“Não sabe Deus como e quanto eu sofro!”
Ou ainda:
“Nunca mulher nenhuma suportou tais dores!”
Foi por amor da Humanidade que Maria sofreu, com Jesus, as dores duma Terra inóspita. A Imaculada Conceição e a Virgem Maria tinham sido os dois muros que a separavam do mal.
Mas a espada fendeu os muros, abateu-os, e assim permitiu que Ela sentisse o que Ele Próprio sentiu na manhã da vida. Também Ela deve ter os Seus Pilatos e os Seus Herodes!
Jesus e Maria, na Sua fuga para o Egito, experimentaram em Sua bondade – infinita num, finita noutro – os dois efeitos psíquicos do pecado: o temor e a fuga. A não ser que seja vencido pelo perdão, o temor conduz à perseguição doutrem.
O desejo de fugir, a não ser que se transforme em regresso a Deus, faz soçobrar o homem no alcoolismo, no ópio, no hábito dos excitantes.
Ela os levará consigo para o Egito, a comer o pão da tribulação e da penitência. Quando o coração do homem não se sente como que em sua casa em Nazaré, quando ele deserta da realidade, pode ainda esperar, porque a Madona e o Seu Divino Menino o encontrarão, mesmo na fuga desvairada para os desertos do Egito e do Mundo.
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Nesta segunda dor de Maria, é nítido o quão ela sofreu para salvar o seu menino, Jesus.
Maria Santíssima, bela mãe de todos nós, recorreu às suas dores para nos salvar.
Façamos como Maria, amemos uns aos outros e sejamos conduzidos à santidade.
Por isso, neste sábado (17) faremos celebrar a Missa de Nossa Senhora das Dores pelos que Sofrem e Angustiados.
Peça a Virgem Maria que interceda pela sua vida e dos seus familiares e que possam suportar as dores .
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