Páscoa, a Solenidade das Solenidades! Clique aqui e entenda.
A Ressurreição de Cristo é a prova mais luminosa de sua divindade, porque só Deus poderia dizer:
“O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir” (Jo 10, 17-18).
A fé na Ressurreição de Jesus é, portanto, a própria base da fé católica, pois a Páscoa de Cristo — ou seja, sua passagem da morte à vida e da Terra ao Céu — é a consagração definitiva da vitória que a humanidade obteve, em Nosso Senhor, sobre o demônio, o mundo e a carne.
Para corroborar o que acima foi dito, acrescenta-se que a pregação do Evangelho se fundamenta na Ressurreição de Cristo, pois o Apóstolo São Paulo diz:
“Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.
Além disso, seríamos convencidos de ser falsas testemunhas de Deus, por termos dado testemunho contra Deus, afirmando que ele ressuscitou a Cristo, ao qual não ressuscitou (se os mortos não ressuscitam).
Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, é inútil a vossa fé, e ainda estais em vossos pecados” (I Cor. 15, 14-17)”.
A solenidade das solenidades
De fato, etimologicamente Páscoa significa ‘passagem’, e no Antigo Testamento era a festa judaica que celebrava a libertação do povo eleito da escravidão no Egito.
Depois da Ressurreição, o que os cristãos passaram a celebrar foi o trânsito de Nosso Senhor da morte à vida; e nós, remidos pelo seu preciosíssimo Sangue, celebramos a passagem da morte do pecado à vida da graça divina.
A virtude desses mistérios opera nos fiéis durante toda a sua vida, para fazê-los passar do pecado à graça; e depois, da graça à glória do Céu.
Como bem diz o Martirológio Romano,
“a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a carne é a solenidade das solenidades, e a nossa Páscoa”.
A Encarnação e a Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo são certamente festas importantíssimas, em seguida à Páscoa quanto à sua solenidade.
Embora cronologicamente sejam anteriores, elas dependem do ciclo da Páscoa, já que Deus se fez homem (Encarnação e Natal) para que todos nós pudéssemos participar de sua divindade (Páscoa).
Na Encarnação do Verbo a alma de Jesus nasceu para a vida divina, gozando da visão beatífica desde o primeiro instante do seu Ser; na sua Ressurreição, foi o seu corpo que entrou na glória de Deus. Da mesma maneira que Jesus iniciou sua vida mortal nascendo de modo milagroso do seio materno de Maria Santíssima, assim também Ele iniciou sua vida gloriosa ressurgindo milagrosamente do Sepulcro.
Por isso, além de ter sido a Ressurreição celebrada todos os domingos desde o início do cristianismo (contrariamente ao judaísmo, que ainda celebra o sábado), o acontecimento pascal foi instituído, já no século II, como objeto anual de uma celebração especial, enquanto o Natal só viria a sê-lo a partir do século IV.
Na Igreja primitiva, a Semana da Páscoa também era a grande festa dos que tinham sido batizados no Sábado Santo, os quais recebiam a Crisma nesse mesmo dia e faziam a Primeira Comunhão.
Durante sete dias, os ‘neófitos’ eram depois maternalmente instruídos sobre a Ressurreição, modelo de nossa vida sobrenatural, segundo o ensinamento de São Paulo: “Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus” (Col. 3,1).
O grande Domingo
O Tempo Pascal é, portanto, uma figura do Céu, uma irradiação da Páscoa eterna, fim último de nossa existência, que consiste em conhecer, amar e servir a Deus nesta Terra e gozar de sua Presença eternamente no Céu.
E a Igreja, que chorou na Semana Santa a Paixão de Nosso Senhor, tem na Páscoa um duplo motivo de alegria, sobretudo porque Jesus ressuscitou, mas também porque Ela então engendrou numerosos filhos pelo batismo.
Essa alegria nos faz gozar antecipadamente da nossa própria ressurreição e ingresso na pátria celeste, onde o divino Mestre nos preparou um trono.
A ele seremos conduzidos pelo Espírito Santo, que nos foi enviado por Ele na festa de Pentecostes, como se comemora cinquenta dias depois.
Resumindo todos esses conceitos, o Catecismo da Igreja Católica ensina:
“É por isso que a Páscoa não é simplesmente uma festa entre outras: é a ‘festa das festas’, a ‘solenidade das solenidades’, tal como a Eucaristia é o sacramento dos sacramentos (o grande sacramento).
Santo Atanásio o chama ‘o grande domingo’, tal como a Semana Santa é chamada no Oriente ‘a semana maior’. O mistério da Ressurreição, em que Cristo aniquilou a morte, penetra no nosso velho tempo com a sua poderosa energia, até que tudo Lhe seja submetido”.
Essa primazia da Páscoa tem repercussão no ciclo litúrgico. Enquanto o Tempo de Natal cobre apenas doze dias até a Epifania, o Tempo da Páscoa cobre os quarenta dias nos quais Nosso Senhor ressuscitado ficou na Terra até sua Ascensão, mais os dez dias até Pentecostes (que, em grego, significa quinquagésimo), e ainda a oitava desta última festa até a véspera da festa da Santíssima Trindade.
Durante todo esse tempo, o culto da Igreja ressoa com a alegria do ‘aleluia’, e em vez de os fiéis homenagearem a Santíssima Virgem com o Angelus, o fazemos com o Regina Cœli.
Fonte: Revista Catolicismo
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“Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.”
João 3,16