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O Dia de Pentecostes e os dons do Espírito Santo em Maria
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Hoje é Dia de Pentecostes, a Festa na qual celebramos a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em sua amada mãe, Maria Santíssima e outros discípulos.
É o abençoado momento em que a Igreja é apresentada ao mundo.
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“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles.
Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 1,1-4)
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Nesta data tão grandiosa para a Santa Igreja e para nós, entenda como os dons do Espírito Santo são manifestados em Maria.
Os dons do Espírito Santo
Os dons do Espírito Santo são hábitos sobrenaturais que dão às faculdades da alma tal docilidade que estas obedecem prontamente às inspirações da graça.
A diferença essencial entre as virtudes e os dons deriva da diferente maneira de operarem aquelas e estes: na prática da virtude, a graça nos deixa ativos, sob o influxo da prudência; o uso dos dons, ao invés, quando já chegamos a seu pleno desenvolvimento, requer de nossa parte mais docilidade do que atividade.
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Quais e quantos são esses dons?
São sete (Is 11, 2-3): sabedoria, inteligência, ciência, conselho, piedade, fortaleza e temor de Deus.
Deus dá, juntamente com a graça santificante, todos esses dons; dá-os, porém, a cada um em determinada medida. Só a Maria, por assim dizer, os deu sem medida.
A Plenitude dos Dons em Maria
a) Dom do Conselho
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Admirável foi esse dom em Maria, que é chamada pela Igreja a “Mãe do Bom Conselho”.
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Com efeito, a alma de Maria esteve sempre voltada para Deus, de quem recebia com suma facilidade todas as aspirações, motivo por que a Ela, mais de que a qualquer outro Santo, se podem aplicar as palavras: “Tua proteção será o bom conselho e a prudência te salvará” (Prov 2, 11).
b) Dom da Piedade
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Foi o dom de piedade que levou Maria menina a dedicar sua atividade ao serviço do Templo, que Ela, com a mesma terna piedade, venerava por cima de todas as coisas materiais. E que lhe inspirou uma veneração especial pela Sagrada Escritura, como pelas palavras pronunciadas por seu Filho Jesus, as quais “conservava todas em seu coração”.
c) Dom da Fortaleza
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“Se considerarmos, de um lado, a grandeza da obra a realizar-se, á que Maria fora predestinada por Deus e, de outro lado, as dificuldades inumeráveis que lhe competia afrontar, não por parte da carne, pois era imaculada, mas por parte do demônio e do mundo, veremos que teria havido motivo muito justo para Ela perder a coragem, se houvesse sido deixada entregue a suas próprias forças. […]
Mas, por meio da graça que lhe será dada quase sem medida pelos méritos de Jesus Cristo, seu Filho, Maria vencerá todas as dificuldades, todo perigo e cumprirá a árdua empresa de cooperar com Cristo, no resgate do gênero humano.
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Essa graça a tornará inarredável (firme), qual escolho em meio de um mar tempestuoso e fará com que Ela repouse em Deus como uma criança nos braços maternos” (LÉPICIER, 1. c.).
d) Dom do Temor
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Grande foi, na realidade, o temor de Maria, porém não foi nada servil. Com efeito, cheia como era da graça divina e tão pura, tão santa, que castigo poderia jamais temer?
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Nem ao menos houve propriamente nEla aquele temor chamado casto, o qual considera a possibilidade e o perigo de perder Deus com o pecado, pois sabia que, por uma assistência especial do Espírito Santo, não podia perder a graça; pelo que o temor de Maria, à semelhança do temor de que esteve oprimida a própria alma de Cristo, era um temor reverencial, produzido por um sentimento vivíssimo da majestade infinita de Deus e de seu infinito poder.
e) Dom da Ciência
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À Mãe de seu Filho, Deus não só concedeu uma vastíssima ciência das coisas sobrenaturais e naturais, mas infundiu também aquele instinto divino, com o qual Ela poderia apreciar com segurança o valor das coisas divinas e como todo saber humano converge para a fonte de toda verdade, que é Deus.
f) Dom da Inteligência
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“Como o Espírito se comprazia em escolher Maria para sua esposa, assim quis também adorná-la com o precioso dom de inteligência, para que, além da luz da fé que a iluminou acerca dos mistérios, Ela recebesse outros raios de viva luz, destinados a dar-lhe a inteligência dos mistérios divinos e especialmente daquele glorioso mistério que nEla devia realizar-se (LÉPICIER, 1. c.)”.
g) Dom da Sabedoria
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“Como Maria recebeu, mais que qualquer outra criatura, uma larga participação na virtude da caridade divina, assim também possuiu, com inigualável perfeição, o dom de sabedoria, pelo qual sabia discernir quase por instinto divino as coisas divinas das coisas do mundo, com aquela delicadeza de afeto própria de todo aquele ama, em todas as suas ações.
Essa celeste sabedoria encheu, em seguida, sua alma de uma doçura imensa e infundiu, por fim, em suas obras exteriores um perfume do paraíso, pois está escrito que “nada de amargo existe no trato da sabedoria e conviver com ela não causa tédio, mas consolação e alegria (LÉPICIER, 1. c.)”.
ROSCHINI, G. Instruções Marianas. Tradução de José Vicente. São Paulo: Edições Paulinas, 1960, p.176-181.
Fonte: Mulher Católica.org
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“Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.” 🙏❤️
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1 Comentário
Acredito e sempre acreditei desde pequenina na Virgem Maria pela sua pureza carnal e espiritual porque Jesus não poderia ter como mãe uma mulher qualquet, pois tinha que ser alguém que tínha essas virtudes , porque senão não poderia ser a mãe de Deus Filho.
É um mistério que a mim nunca pus em questão.
E para mais quando estou nalguma aflição é sempre a ela que eu recorro e sempre ouviu aasminhas preces.
Nossa Senhora de Fátima rogai pelo mundo inteiro.