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I – O Paraíso Terrestre
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Nossa Senhora Desatadora dos Nós .
Um dos autores que tratam do assunto reuniu mais de cem aspectos de semelhança de Nossa Senhora com o Paraíso Terrestre, extraídos dos Padres da Igreja..
O Paraíso terrestre (Éden) é o jardim delicioso dado por Deus como morada a Adão e Eva, no momento de sua criação.
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O Gênesis assim o descreve: “O Senhor Deus plantou um jardim no Éden, e pôs ali o homem que tinha formado. E fez germinar do solo todo tipo de árvores –– formosas para se ver, e de frutos doces para se comer –– entre as quais estavam a árvore da vida e a árvore da ciência do bem e do mal. E, para regar o jardim, brotava desse lugar um rio que se dividia em quatro braços: o primeiro se chamava Fison; o segundo, Gion; o terceiro, Tigre; o quarto, Eufrates” (Gen. 2,8).
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Se Deus pôs tanto esmero e dispensou tantas riquezas, para a habitação do mero homem, seu filho pela graça, quanto cuidado não deveria pôr, e que riquezas não deveria dispor, para a morada do Homem-Deus, seu Filho por natureza?! Maria Santíssima é chamada “o Paraíso da Encarnação”.
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Semelhanças do Paraíso Terrestre.
Especifiquemos algumas semelhanças do Paraíso Terrestre com a Santíssima Virgem:
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Flores – O Paraíso Terrestre era adornado por formosíssimas flores, símbolos de virtudes da Virgem Santíssima:
Lírio ––> pureza;
Violeta ––> humildade;
Rosa ––> ardentíssimo amor de Deus e do próximo.
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Frutos das árvores do Paraíso – De modo semelhante representam os frutos do Espírito Santo, que com abundância se encontram na Santíssima Virgem. Nosso Senhor Jesus Cristo, a verdadeira árvore da vida, nasceu da Santíssima Virgem, como aquela nasceu da terra, e por Ela foi alimentado e feito crescer.
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Rio do Paraíso, dividido em quatro braços que o irrigavam – Um “rio de graças” inundou a alma de Nossa Senhora, fazendo brotar flores de virtudes e frutos de boas obras. As graças concedidas por Deus a Nossa Senhora, desde o seu primeiro instante, superarão as graças concedidas a todos os homens juntos, até o final da criação.
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II – A Arca de Noé
A Virgem Branca de Toledo .
A arca foi ordenada por Deus e construída por Noé (cerca do ano 2348 a.C.) para salvar o gênero humano, no dilúvio. De modo semelhante, Maria Santíssima foi pré-ordenada e criada para ser a co-redentora dos homens.
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O dilúvio submergiu tudo, homens e animais. Somente a arca do justo Noé salvou-se, e por meio dela o gênero humano. O “dilúvio” universal do pecado original envolveu todos os homens. Apenas Maria Santíssima –– arca mística, que deveria levar o novo Noé –– ficou imune, permanecendo imaculada. E por meio d’Ela salvou-se a “família humana”.
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Na arca salvaram-se animais de todas as espécies. Por meio de Nossa Senhora, verdadeira Mãe de Misericórdia e refúgio dos pecadores, os pecadores de todas as espécies – simbolizados nos diversos animais – se convertem e se salvam.
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Houve uma inundação contínua pelas águas, durante quarenta dias, levando a arca de Noé. As águas do dilúvio podem ser comparadas às graças espirituais. Assim, ao longo dos tempos, igualmente existe um contínuo crescendo de graças espirituais, obtidas pelos verdadeiros fiéis por meio dos sacramentos e das boas obras, aumentando cada vez mais a devoção à Santíssima Virgem.
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Com a inundação, a arca se elevou continuamente da terra. O que corresponde ao contínuo desprendimento de Nossa Senhora em relação às coisas terrenas.
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A altura vertiginosa que a arca atingiu (quinze côvados sobre o cume das montanhas mais altas) equivale ao ápice de santidade de Maria Santíssima, incomparavelmente superior à dos maiores santos.
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Fora da arca não houve salvação, senão afogamento. Fora de Nossa Senhora –– que está sempre junto de Nosso Senhor Jesus Cristo, causa de nossa Redenção, e subordinada a Ele –– não há salvação, e sim condenação eterna.
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III – A Pomba do Dilúvio.
As águas do dilúvio inundaram a Terra durante 150 dias. Então levantou-se um vento impetuoso e as águas começaram a diminuir, de maneira que no primeiro dia do décimo mês apareceu o cume das montanhas. Quarenta dias depois, Noé abriu a janela e enviou um corvo. Mas este não voltou.
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Enviou uma pomba, para saber se a terra já estava seca. Mas esta, não encontrando onde pousar, voltou à arca. Sete dias depois, Noé enviou novamente a pomba e esta regressou à tarde, trazendo no bico um ramo de oliveira. Noé compreendeu que as águas haviam baixado, e assim podia sair com toda sua família.
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Em Maria Santíssima encontram-se admiravelmente todas as características da pomba: candura da pureza, ternura da voz, afeição à soledade, doçura do olhar — manifestando fidelidade, modéstia e sacrifício; seus pés nunca pousam sobre imundície. Pelo que, saída do ninho, se não tem onde pousar, volta a ele; harmoniosa nas formas, sempre se apresenta com uma indefinível e atraente beleza.
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Candura da pureza – Em Nossa Senhora, essa candura está elevada ao grau máximo. Imune da culpa original, n’Ela não houve tampouco a mínima mancha da culpa atual ou de imperfeição. Seus pés — como os da pomba — não pousaram nunca sobre as “imundícies da terra” (impureza, falsidade, ganância, orgulho).
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Nossa Senhora é a Sede da Sabedoria: nenhuma mancha pôde insinuar-se n’Ela, porque a Virgem Santíssima é irradiação límpida da glória do Todo-Poderoso; é uma efusão da luz eterna, um espelho sem mancha da atividade de Deus e uma imagem da sua bondade; Ela é que forma os amigos e os intérpretes de Deus, porque o Criador somente ama a quem vive com a sabedoria..
Ela é, com efeito, mais bela que o sol e ultrapassa o conjunto dos astros; se a compararmos com a luz do dia, Ela é superior, porque à luz sucede a noite, mas contra Ela o mal não prevalece (Sab. 7, 25-30).(6)
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Doçura de voz – A “voz” da pomba é um gemido, como uma lamentação. A voz de Nossa Senhora, quando fala a seu Divino Filho sobre os pecadores, é uma manifestação de compaixão materna pelas nossas misérias, efeito da frágil humanidade. Exemplo da doçura de sua voz se encontra nas bodas de Caná.
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Atração para a soledade – A Virgem Santíssima viveu sempre oculta. Aos três anos de idade se recolheu ao Templo, e lá permaneceu até quando saiu para desposar São José. Em todos os seus atos teve sempre o espírito de recolhimento, de modo a fazer de seu coração um templo perene de Deus.
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Doçura do olhar – Seus olhos foram cheios de simplicidade e modéstia. Nela transpareceu sempre um vivo reflexo da doçura da felicidade celeste.
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Harmonia nos traços fisionômicos – Nossa Senhora possui uma harmonia de traços fisionômicos e morais que atrai, fascina e arrebata – conforme o caso, amedronta! – aqueles que A contemplam.
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Ramo de oliveira – A pomba regressou com um ramo de oliveira indicando que as águas haviam baixado. Maria Santíssima foi, para o mundo submerso no pecado, o “ramo de oliveira”, símbolo do fim do dilúvio espiritual e da aproximação da reconciliação do Céu com a Terra. Ou seja, de Deus com os homens..
Fontes: Os doze emblemas da Santíssima Virgem por Marcos Aurélio Vieira extraído da Revista Catolicismo
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“Deus quer estabelecer ao mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem abraçar, prometo a salvação”.
Prometeu a Virgem Maria nas aparições em Fátima
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Portanto, seja um Apóstolo de Nossa Senhora e contribua, para que o amor do Imaculado Coração de Maria consiga conquistas e converter as almas mais endurecidas.
Atenda esta importante súplica de Maria Santíssima, sem sair de casa.
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Muitas bênçãos certamente estão no seu caminho, só depende de você!
2 Comentários
Já sou devoto de Nossa Senhora de Fátima. Glória a Deus. Amém!!!
Amém!