“Tenho esperança de que o Senhor, para glória da Santíssima Virgem, lhe concederá [à Jacinta] a auréola da santidade.

Ela era criança só nos anos. No demais sabia já praticar a virtude e mostrar a Deus e à Santíssima Virgem o seu amor, pela prática do sacrifício…

É admirável como ela compreendeu o espírito de oração e sacrifício, que a Santíssima Virgem nos recomendou…

Por estes e outros [fatos] sem conta, conservo dela grande estima de santidade”. (Lúcia falando de Jacinta.)

Quando brincavam, jacinta revelava às vezes caráter um pouco ignorante. Ao longo dos anos tornou-se gigante em virtude, e um modelo universal de sabedoria. 

Durante uma de suas brincadeiras com Lúcia e seu irmão, Francisco, perdeu uma “aposta” com Lúcia, com a mandou beijar e abraçar a imagem de Nosso Senhor três vezes:

“Por Nosso Senhor dou quantos abraços quiseres.”

Subiu em um banquinho para realizar, quando observou a imagem, sua visão ficou opaca ao ver o sofrimento de Jesus preso na Cruz e perguntou a Lúcia:
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– Por que está Nosso Senhor assim pregado na cruz?

– Porque morreu por nós, responde Lúcia.

– Conta-me como foi.

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Lúcia conhecia bem a Paixão, já que sua mãe a ensinara, com que fez Jacinta se apaixonar ainda mais por Nosso Senhor. Lamentou-se pelo sofrimento que O causamos. Começara a viver para não ultraja-Lo.

Em 1916 sua vida mudará completamente, junto de Lúcia e Francisco, deixaram para trás a vida despreocupada, pois o Anjo da Guarda apareceu:
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“Os corações de Jesus e de Maria estão atentos à voz de vossas súplicas.Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios. De tudo o que puderdes, oferecei um sacrifício ao Senhor em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores. Sobretudo aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar”.

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Desse dia em diante, tudo mudará para ela; as Visões de Nossa Senhora de Fátima, revelações do inferno. A perseguição por não revelar o segredo das visões.

Jacinta, após as Aparições, levou tão a sério sua missão de rezar pelos pecadores, que ficou atenciosa com várias graças místicas. A vossa reparação está intimamente ligada ao Coração Imaculado de Maria.

Quando Nossa Senhora mostrou o inferno aos três pastorinhos, disse-lhes:

“Vistes o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores; Para salvá-las, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”.

No dia 23 de dezembro de 1918 ela adoeceu, vítima da epidemia bronca-pneumonia. O mesmo que causou a morte de Francisco, que faleceu em 4 de abril com um sorriso angélico nos lábios.

Ambos ficaram sem comer e ofereciam a fome para Fátima. A imunidade estava em níveis baixíssimos, favorecendo a doença. 

Jacinta foi, a seu modo, uma missionária dessa devoção. Diz um autor que:

“O Senhor uniu Jacinta à sua Paixão dolorosa e às dores da Virgem do modo mais íntimo.

E todas as graças de consolo que recebeu das várias visitas de Nossa Senhora, não foram impedimento para que essa Paixão acerba tocasse os limites do martírio mais horrível.

Diríamos que, para ser modelo de vítima reparadora, Jacinta teve que passar por todas as noites dos sentidos e também do espírito sofrendo aquela temível solidão que ela tanto temia” (Pe. Joaquin Maria Alonso, Doctrina y espiritualidad del mesaje de Fátima, Arias Montano Editores, S.L., Madrid, 1990, pp. 333, 334).

Na sexta-feira, 20 de fevereiro, Nossa Senhora veio buscar Jacinta, que apesar de não ter completado os 10 anos, morreu abrasada no amor de Deus.

Santa Jacinta Marto, rogai por nós pecadores!

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