Sempre me encheu de suave emoção e terna piedade esta popularíssima invocação, que tão repetidamente ouvimos ressoar, tanto nas catedrais, como nas modestas capelinhas das estradas:
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“Doce Coração de Maria, sede a nossa Salvação!”
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Nesta vida tão fugaz, tão cheia de ilusões e desenganos, de amarguras e reveses, de flores de alegrias e venturas que, passando, deixam apenas duros espinhos; nesta vida tão triste, no exílio deste mundo – o coração de nossa Mãe do Céu é, ao mesmo tempo, nosso refúgio, nossa consolação e nossa alegria.
Nesta vida tão triste, no exílio deste mundo – o coração de nossa Mãe do Céu é, ao mesmo tempo, nosso refúgio, nossa consolação e nossa alegria.
“Doce Coração de Maria, sede a nossa Salvação!”
Maria nos salvará.
“O servo de Maria – disse São Bernardo – não pode perecer”
Invoquemos sempre a nossa Mãe do Céu.
Não deixemos passar um só dia de nossa vida sem um obséquio, uma prática de piedade, ainda que uma simples “Ave-Maria”, em louvor à nossa Mãe do Céu.
Tudo será, um dia, recompensado.
Um piedoso exemplo:
Uma tarde, “Mons. Dupanloup”, o ilustre e santo bispo de Orleans, foi chamado para ministrar os últimos sacramentos a uma pobre tuberculosa. Ao vê-la martirizada de dores, num leito de miséria, conrrangeu-se-lhe o coração, do qual brotaram estas confortadoras palavras:
“Tenha coragem, minha filha, coragem e confiança em Nossa Senhora! Ela não a abandonará!…
Em resposta, disse-lhe, sorrindo, a moribunda, com uma expressão de doçura,calma e suave resignação:
‘Ah! Meu prelado, estou conformada. Não tenho medo da morte.
Há vinte e dois anos que recito o meu terço repetindo tantas vezes esta súplica:
SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, ROGAI POR NÓS PECADORES, AGORA E NA HORA DE NOSSA MORTE!
Como posso, pois, duvidar de que me não ajude agora a Santíssima Virgem?
Hei de morrer com Maria e Ela me há de levar ao Céu’”.
Ó doce esperança! Seja-nos permitida a felicidade de assim nos acharmos em nossa hora extrema!