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” Em 13 de junho de 1917 Nossa Senhora de Fátima me disse que nunca me deixaria.
Seu Imaculado Coração seria meu refúgio e o caminho que me conduziria a Deus; O que foi, ao dizer tais palavras, fazendo-nos penetrar no peito o reflexo que delas expedia.
Parece-me que, neste dia, este reflexo teve por fim principal infundir em nós um conhecimento e amor especial para com o Coração Imaculado de Maria.
Assim como das outras duas vezes, o teve, me parece, a respeito de Deus e do mistério da Santíssima Trindade.
Desde esse dia, sentimos no coração um amor mais ardente pelo coração Imaculado de Maria
A Jacinta dizia-me de vez em quando:
“Aquela Senhora disse que o Seu Imaculado coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá a Deus. Não gostas tanto?! Eu gosto tanto do Seu Coração! É tão bom!”
Já disse também como a Jacinta escolheu, entre a ladainha de jaculatórias que o Senhor Padre Cruz nos sugeriu, a de “Doce Coração de Maria, sede a minha salvação”.
As vezes, depois de a dizer, acrescentava, com aquela simplicidade que lhe era natural:
“Gosto tanto do Coração Imaculado de Maria! É o Coração da nossa Mãezinha do Céu! Tu não gostas tanto de dizer muitas vezes; Doce Coração de Maria, Imaculado Coração de Maria?! Eu gosto tanto, tanto”.
Às vezes, andava a apanhar as flores do campo e a cantar com uma música arranjada por ela no mesmo momento:
“Doce Coração de Maria, sede a minha Salvação! Imaculado Coração de Maria, converte os pecadores, livra as almas do Inferno!”
Extraído do livro: “Memórias de Lúcia”
Ambas eram completamente apaixonadas pelo Imaculado Coração de Maria, desde muito novas!