Todos que se tornaram Santos, ou que foram somente beatificados, passaram por alguma situação conturbada, por exemplo;
Padre Pio recebeu os estigmas, Santa Teresinha sofrera de um ataque neurótico, Santa Bernadete sofria de asma crônica, tuberculose, vômitos de sangue, e outros santos que vieram a passar por situações muito parecidas, nenhum deles, por mais que fosse a situação desistiu do seu amor por Nosso Senhor, ou abalaram sua fé.
Devemos seguir o mesmo exemplo, não é mesmo?
Irmã Lucia, conhecida por ser uma dos 3 pastorinhos, também teve o seu momento, apesar de não ser muito conhecido.
Afinal Nossa Senhora, a testava em diversos momentos, e em seu livro autobiográfico;
Ela conta o pior momento em que passou durante as aparições de Nossa Senhora, uma delas foi a descrença de sua mãe, e também a tentação do maligno sobre ela, e por mais que chegou a quase desacreditar, manteve sua fé em Nossa Senhora.
Confira;
No mês de Julho, a pequena Lúcia foi extremamente provada.
Até mesmo sua mãe não acreditava nas aparições e, por influência de um sacerdote, dizia;
“A sua filha que estas poderiam ser obra do Demônio.”
A descrição dos acontecimentos nas palavras da própria Irmã Lúcia:
“Quanto esta reflexão me fez sofrer, só Nosso Senhor pode saber, porque só Ele pode penetrar nosso íntimo. Comecei, então, a duvidar se as manifestações seriam do Demônio que procurava, por esse meio, perder-me.
E, como tinha ouvido dizer que o Demônio trazia sempre a guerra e a desordem, comecei a pensar que, na verdade, desde que via estas coisas, não tinha tido mais alegria nem bem-estar em nossa casa.
Que angústia que eu sentia! Manifestei a meus primos a minha dúvida.”
A Jacinta respondeu:
– Não é o Demônio, não! O Demônio dizem que é muito feio e que está debaixo da terra, no inferno; e aquela Senhora é tão bonita! E nós vimo-La subir ao Céu.
Irmã Lucia, relata que por tantas situações que vieram o ocorrer durante o mês, se sentia desmotivada.
Sua fé estava abalada, já que poucos acreditavam em suas palavras e passou a achar mesmo que era o Maligno agindo, para que ela agisse conforma sua vontade.
Certa noite, quando fora dormir, com pensamentos horrendos, ela relata:
-Vi o Demônio que, rindo-se de me ter enganado, fazia esforços por me arrastar para o inferno. Ao ver-me nas suas garras, comecei a gritar em tal forma, chamando por Nossa Senhora!
Após acordar não se lembra de absolutamente nada, nem o que responderá sua mãe, ainda assim, se sentia mais abalada, a ponto de querer se isolar, de sua família, vida e de seus primos.
Até que se encontrou com eles e decidiu que na próxima aparição de Nossa Senhora, que seria em 13 de Julho, não iria mais, com medo de ser realmente o Maligno atentando-a.
E seus primos também não iriam sem a presença dela.
Ela conta que ao acordar, no dia, sentiu-se impelida a ir, por uma força estranha, a que não me era fácil resistir
Fora isso, teve que estar presente num tribuna;
Contava com total apoio de seus pais, porém teve desmerecimento e sinais de desgosto.
E tudo isso porque não acreditavam que a mesma havia realmente visto Nossa Senhora.
Ela relata:
– Vendo que nada conseguiam, despediu-me, protestando que o havia de conseguir, ainda que para isso tivesse de tirar-me a vida.
Fonte: Memórias da Irmã Lúcia.